Santo Agostinho

A religião é um dos assuntos mais complexos que se tem notícia no mundo todo. Isso porque, o planeta é essencialmente religioso, haja vista as muitas doutrinas e seitas que se consideram religiosas – são mais de 3 mil- e estão em plena atividade no planeta.

Dentre esse variado leque religioso, três se destacam, como sendo as maiores: Cristianismo, o Islamismo e, mais longe, o Hinduísmo. O Cristianismo é a maior religião do planeta atualmente, com um total estimado de 2,2 bilhões de fiéis, algo em torno de 30% da população mundial.

O Cristianismo, por sua vez, é divido em vertentes, sendo que as três principais são o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa, sendo a primeira delas a maior entre todas, talvez por ser a primeira vertente a existir.

E, uma das características do catolicismo cristão é, além de adorar a Deus como o criador de todas as coisas, e reconhecer Jesus Cristo como seu filho e Salvador do mundo, é costume celebrar aquelas pessoas que, pela história da igreja, passaram e deixaram sua marca de fé e esperança num mundo melhor. São chamados “santos”. E, o tema do nosso artigo de hoje está intimamente relacionado com esse preceito: Iremos falar sobre Santo Agostinho.

Aqui, você vai conferir um pouco mais sobre a vida desse santo, bem como algumas informações interessantes acerca de sua vida. Vamos lá?

A Origem de Santo Agostinho

Agostinho de Hipona, como era conhecido Santo Agostinho antes de sua morte, era um teólogo e filósofo que nasceu Tagaste, Numídia (onde hoje está localizada uma cidade que faz parte da Argélia), sendo um dos mais importantes da sua época. Suas obras, que foram várias, contribuíram e muito para o desenvolvimento da filosofia e do cristianismo na porção ocidental do planeta, onde ele exercia papel de Bispo, em uma província romana localizada no nordeste da África, cujo nome era Hipona – daí o nome Agostinho de Hipona- onde escreveu obras como “Cidade de Deus” e “Confissões” que, até hoje, são alvo de muitos estudos. 

Muitos estudiosos que conviveram com ele diziam que, por suas mãos, conseguiu restabelecer a “antiga-fé”, que  começava a apresentar certo declínio com o passar dos anos. Foi por meio dele que os conceitos relacionados à Igreja Católica surgiram, passando a denominá-la como uma Cidade de Deus (daí o nome de seu livro).

O pequeno Agostinho nasceu no ano de 354 depois de Cristo, e era filho de Mônica, uma mulher cristã fervorosa, e Patrício, que era um pagão que acabou se convertendo ao cristianismo em seu leito de morte. Sua família tem várias descendências, como latinas e fenícias, mas, ao ponto de vista político, sua família já era romana, pelo menos, um século antes de Agostinho nascer.

Aos onze anos, ainda uma criança, foi mandado para uma escola em uma cidade que ficava a cerca de 30 quilômetros de Tagaste.  Ali, aprendeu um pouco mais sobre literatura e as obras e crenças pagãs. A sua curiosidade acerca da filosofia começou depois de ler o artigo perdido de Cícero, chamado “Hortêncio”. 

Quando atingiu a adolescente idade de 17 anos, Agostinho, ajudado por um amigo, mudou-se para Catargo, para estudar retórica. Nesse mesmo período, Agostinho decidiu seguir os preceitos maniqueístas, que foram o motivo de desespero e preocupação de sua mãe. Nesse meio tempo, também, Agostinho passou a viver aventuras que eram consideradas próprias de jovens da sua idade: Na época, os mesmos se enchiam de orgulho de suas aventuras sexuais, tanto com mulheres quanto com homens. Era o chamado estilo hedonista de vida, onde o prazer é uma condição humana de existência.  Uma conhecida oração de autoria de Agostinho tem origem nessa época, onde ele pedia a Deus continência e castidade, mas não naquela fase de sua vida.

Dois anos depois, aos 19, Agostinho engatou um romance com uma jovem de Cartago, mas, para mostrar a sua mãe que estava procurando alguém de sua classe social para casar, manteve o relacionamento com a jovem cartaginense em segredo por mais de 10 anos. Dessa relação, nasceu Adeodato, filho de Agostinho e a jovem que foi considerado muito inteligente pelos mestres da lei da época.

Anos mais tarde, retornou a Tagaste e começou a lecionar em escolas da região, sendo um exímio professor. No entanto, Agostinho sofria com os calotes intensos de seus alunos que, ao chegar no último dia de aula, simplesmente desapareciam. 

Converteu-se ao cristianismo, novamente, em meados do ano de 386, levando seu filho junto. Ambrósio, um sacerdote da época, foi o responsável por batizar pai e filho. Conta-se que Agostinho, ao ler a Bíblia, abriu exatamente em uma página com um trecho onde as “orgias e bebedeiras, bem como a cobiça da carne” deveriam ser deixadas de lado, para dar espaço a vinda de Jesus Cristo na vida dos homens. Tal citação caiu como luvas nas mãos de Agostinho.

Em 388, depois de completar sua apologia sobre a Igreja Católica, decide voltar à África, para residir de forma permanente. No entanto, ao embarcarem, Agostinho sofre uma triste perda: sua mãe, Mônica, falece. Isso não desanimou Agostinho, que, ao desembarcar em terras africanas, passou a viver das grandiosas posses de sua família. 

No entanto, tempos depois, outra perda acontece: Adeodato, depois de ficar muito doente, também vem a falecer. Tal fato fez com que Agostinho entristecesse profundamente. Depois da morte de seu filho, ele decide vender todas as propriedades da família e doar o dinheiro a instituições de caridade e a pessoas mais pobres. 

Depois disso, tornou-se um sacerdote muito conhecido, onde seus sermões e escritos encantavam muitas pessoas. Nos últimos anos de vida, trabalhou incansavelmente para que o povo fosse convertido. Existem mais de 350 sermões de sua autoria, todos fazendo promover a reflexão sobre a vida e a fé cristã.

Morreu em 430, depois de ficar muito debilitado. Foi canonizado com um grande apelo popular, sendo reconhecido como Doutor da Igreja Católica quase mil anos após sua morte, em 1298, pelas mãos do então papa Bonifácio VIII, que faleceu poucos anos mais tarde. 

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Categoria(s) do artigo:
Santos

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