Padre João Schiavo – Milagres

Quem foi Padre João Schiavo?

Nascido na Itália, no dia oito de julho de mil novecentos e três, em Sant’Urbano de Montecchio Maggiore. Filho de pais humildes vivia junto de mais oito irmãos, seus pais eram Luiz e Rosa. Desde muito jovem se mostrou interessado na religiosidade, sempre seguindo no caminho da igreja, no ano de mil novecentos e dezessete com apenas quatorze anos, entrou para a Congregação de São José. Dois anos mais tarde mudou-se para Volvera, para a  Congregação dos Josefinos de Murialdo, e passou a focar seus estudos em teologia e filosofia, foi com apenas dezesseis anos que fez sua primeira Profissão Religiosa.

Foi ordenado padre muito jovem, com apenas vinte e quatro anos, no ano de mil novecentos e vinte e sete. O padre seguiu então no seu caminho religioso, porém ele tinha um sonho maior, que pode ser realizado quatro anos mais tarde, o de ser missionário. O seu destino era o Brasil, chegou no país no dia cinco de setembro de mil novecentos e trinta e um, se estabeleceu primeiramente no Jaguarão (no Rio Grande do Sul). Pouco tempo depois, no dia vinte e cinco de novembro, mudou-se para Caxias do Sul (também no Rio Grande do Sul), na região chamada Ana Rech, onde passou a se dedicar a formação e animação dos futuros membros da sua Congregação, a Congregação dos Josefinos de Murialdo.

Os seus próximos anos no Brasil foram dedicados a sociedade, dedicando-se principalmente ao jovens e pobres da sociedade, fundou diversas instituições: Abrigo de Menores São José, em Caxias do Sul; Obra Social Educacional, em Porto Alegre (Partenon e no Morro da Cruz, respectivamente); Abrigo de Menores em Pelotas e Rio Grande (RS); Colégio Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Araranguá (SC). Durante os anos, foi professor da Escola Normal Rural Murialdo, ainda em Ana Rech. Depois, no ano de mil novecentos e trinta e cinco, mudou-se para Galópolis,  onde ficou encarregado de dirigir tanto uma escola como quanto toda a paróquia. Em mil novecentos e trinta e sete estava a frente da direção do Colégio Murialdo, e da coordenação dos padres josefinos. Fundou no ano de mil novecentos e quarenta e um o Seminário Josefino de Fazenda Souza, fundou também projetos como Associação das mães apostólicas. Com tantos anos no Brasil, pode-se dizer que a ele se deve a maior parte das Obras Josefinas no Brasil, e sabe-se que ele dedicou sua vida a isso.

Um marco em sua vida foi também ser co-fundador da Irmãs Murialdinas de São José, em Caxias do Sul, o grupo hoje é uma grande organização mundial, isso ocorreu no ano de mil novecentos e cinquenta e seis, depois disso ele saiu dos seus cargos de poder, mas continuou se dedicando a comunidade e principalmente ao grupo das Irmãs Murialdinas. Adoeceu no final do ano de mil novecentos e sessenta e seis, resistiu por alguns meses, mas já muito debilitado faleceu no dia vinte e sete de janeiro de mil novecentos e noventa e sete.

Porém o padre já era muito conhecido naquela época, e diversas pessoas já o consideravam santo, então vamos falar do seu milagre:

Para se tornar santo na igreja católica não basta apenas ter a fama entre o povo. O processo inicia-se com a analise das virtudes ou martírio (morrer por uma causa maior) , no caso do Padre João Schiavo o processo correu em relação a sua vida e virtudes, o seu processo se iniciou somente no ano de dois mil e um, o processo de análise não é fácil, e durou cerca de dois anos, aqui deve-se analisar minunciosamente toda a vida do religioso. Com o término desse processo a pessoa se torna Venerável, João Schiavo só se tornou Venerável no ano de dois mil e quinze, o papa Francisco analisou seu caso e o decretou Venerável.

O segundo processo é a beatificação, nesse momento é necessário comprovar um milagre ocorrido por sua interseção, se comprovado a pessoa se torna beata. O processo do padre João Schiavo foi aberto no ano de dois mil e nove, e concluído no ano de dois mil e dezesseis.

Qual Foi o Seu Milagre da Beatificação?

O milagre que deu ao Padre João Schiavo a beatificação ocorreu com Juvelino Carra. No ano de mil novecentos e noventa e sete, Juvelino foi para o hospital com uma dor no estomago. Lá notou-se que o seu problema era laparotomia, e ele foi diretamente encaminhado para uma cirurgia de emergência. Ao ser aberto para a realização da cirurgia os médicos notaram que o caso não era o que eles esperavam, se tratava de uma trombose mesentérica venosa superior aguda, assim eles desistiram da cirurgia e encaminharam o paciente para UTI, já avisado que o caso era grave e o que poderiam fazer era simplesmente esperar pela morte. O médico avisou a família, e todos ficaram extremamente desesperados, a mulher de Juvelino encontrava-se com um santinho do Padre João Schiavo na mão, então agarrou-se a ele e passou a orar em prol do seu marido, ela pedia ““Pe. João, tu deves sarar meu marido, tu deves ajudá-lo, tu deves reconduzi-lo para casa…”. O seu marido seguiu na UTI, mas ao invés da morte esperada pelos médicos, ele foi passando a apresentar melhoras significativas. Em apenas sete dias ele estava curado, sem sequelas, e recendo alta para sua casa. Foi tirado o depoimento dos familiares e da equipe médica da época, além de analisar o estado de de saúde de Juvelino, ficou comprovado que ele apresentava um quadro de saúde perfeito e que sua cura não tinha uma explicação médica possível.

Atualmente sua sepultura se encontra na Fazenda Souza em uma capela com seu nome, onde todo dia vinte e sete é celebrado uma missa em sua memória. Além do milagre comprovado de Juvelino, é atribuído ao Padre João Schiavo diversas outras graças concedidas por sua intercessão tanto dentro do Brasil como em países diferentes, como na Argentina.

Oração

“Ó Santíssima Trindade,
nós vos bendizemos
pelos dons que concedestes ao
Venerável Padre João Schiavo.
Concedei-nos a graça de imitá-lo
no seu zelo apostólico e
de viver plenamente a nossa
vocação cristã,
na fé e na disponibilidade
em cumprir à vontade do Pai.
Glorificai ó Deus, o vosso servo
nesta terra, atendendo, por sua
intercessão, os pedidos de graças
de que temos necessidade.
Amém.”

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Categoria(s) do artigo:
Santos

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