Todos sabemos que a religião é um dos baluartes da humanidade, sendo que ela é praticada milhares de anos antes de Cristo, principal figura cristã, nascer e, segundo a Bíblia, livro de maior vendagem em todo mundo, salvou o mundo dos seus pecados.
Estimativas apontam que possam existir mais de 3 mil religiões em atividade no planeta, e muitos deles são politeístas, ou seja, acreditam em mais de um deus. Muitas dessas religiões, inclusive, tem raízes indígenas, já que os nativos são conhecidos por cultuar diversas divindades e relacioná-las com acontecimentos corriqueiros da natureza.
Apesar desse grande contingente de religiões, a maior religião do planeta é o Cristianismo, onde, segundo estimativas, mais de 2,2 bilhões de pessoas são adeptas de algumas de suas vertentes. Logo em seguida, vem o Islamismo, cultuado por cerca de 1,8 bilhão de pessoas.
Por conta de seu tamanho atualmente, é válido pensar que a sua influência foi sendo construída por meio dos milênios. E, durante a Idade Média, a Igreja atingiu o seu ápice, tendo enfrentado um lento declínio que perdura até os dias de hoje.
Uma das características que distinguem o catolicismo das outras vertentes católicas é, justamente, o reconhecimento à pessoas que foram imprescindíveis para o crescimento da palavra de Deus entre as pessoas, seja por meio da pregação ou pela “entrega” aos dogmas da igreja. São os chamados santos ou santas.
Santa Valentina é uma dessas pessoas que dedicaram sua vida para fazer valer a palavra divina, e é o assunto desse artigo, no qual irá ser mostrado um pouco sobre a sua vida, e algumas informações bastante interessantes.
História de Santa Valentina
Diferentemente de outras santidades, não se sabe muito sobre a vida de Valentina, Só sabe-se que ela nasceu entre os anos de 200 e 300 depois de Cristo, e que foi criada segundo os preceitos de Jesus e que resolveu entregar a sua vida em amor a uma outra mulher, também cristã, de nome Thea. Sua morte ocorreu entre os anos de 208 e 310, na Palestina, época que esta era governada pelas mãos do imperador Maximiano. O livro “Mártires da Palestina”, de autoria do Padre Eusébio de Cesareia, relatou a grande compaixão de Valentina e demais cristãos que sacrificaram a sua vida em favor do próximo.
Nesse livro, também, o padre relata os diversos homens, mulheres e crianças que foram levados de sua terra natal, Egito, para a Palestina, para trabalharem como escravos. Ao chegarem lá, sofreram todo o tipo de tortura, incluindo a retirada de um dos olhos e o corte do tendão da perna esquerda. Não se sabe, exatamente, se foram somente os homens que tomaram tal punição ou, se, também, as mulheres e crianças foram incluídas nesse antro de maldades.
Tal acontecimento também foi direcionado a cristãos de Gaza, no qual foram surpreendidos enquanto celebravam a Eucaristia. Ao perceberem que os dois haviam sido capturados, outros cristãos residentes nas proximidades decidiram segui-los e, assim como o restante dos escravos, sofrer como eles estavam sofrendo. Nessa leva de cristãos, haviam duas mulheres: Valentina e Thea.
Theia enfrentou o tirano com mãos de ferro e por isso foi torturada das piores maneiras possíveis. Ao ver o sofrimento da irmã de religião, Valentina foi questionar o tirano, e se ofereceu para ser torturada junto com ela. Ao chutar um braseiro no local, depois de ser coagida a fazer uma oferenda a deuses pagões, uma clara ofensa ao que ela acreditava, ela foi jogada dentro dele pelos soldados, o que a fez ficar queimada em várias partes do corpo.
Incrivelmente, Valentina se levantou e, como se nada tivesse acontecido com ela, tornou a desafiar o tirano mais uma vez, o que provocou a sua ira. Para colocar um fim a vida de Valentina, resolveram queimá-la juntamente com Thea.
Segundo o Padre Eusébio, as duas moças não tinham nenhum atributo físico que as consideravam atraentes, eram virgens e obedientes aos pais, mas possuíam um grande caráter e força de vontade, o que surpreendeu muitas pessoas que as acompanharam durante o seu calvário. A compaixão de Valentina a Theia, aceitando sofrer junto com ela virou motivo de comoção, e foi a partir daí que as pessoas começaram a associar seu nome, Valentina, com coragem e persuasão (Valentina vem da palavra valente).
Depois da verdadeira prova de amor que Valentina dedicou a uma irmã, as pessoas passaram a venerá-la, como uma verdadeira protetora das mulheres, e foi, a partir daí, que chamou a atenção da Igreja Católica, sendo Valentina levada para a beatificação e, posteriormente, para a canonização. Hoje, Santa Valentina é considerada a protetora das mulheres, tendo o seu dia litúrgico comemorado a dia 25 de julho.
Palestina Hoje
Como visto no artigo, o Estado da Palestina já era bastante conhecido, por conta das dominações que se seguiram ao longo dos anos; hoje, não é diferente, mesmo passados mais de 1000 anos após a morte em massa de cristãos. No território da Palestina, encontra-se o Estado de Israel e a Jordânia, como forma de ocupar várias etnias ao mesmo tempo, com o propósito de não se existir mais conflitos, embora isso ainda não seja respeitado.
Oração a Santa Valentina
A oração a Santa Valentina, protetora das mulheres cristãs, está totalmente baseada na sua vida, e no seu ato heroico de compaixão pelo próximo. Além de relatar a sua luta pela irmã de religião, Thea, é solicitada a sua proteção para as adversidades impostas pela realidade, bem como a proteção junto a Jesus Cristo.
Essa oração foi composta logo depois de sua canonização pela Igreja Católica, e existem diversas igrejas espalhadas pelo planeta em devoção à Santa Valentina. No entanto, ela é mais venerada na Itália, com grande festa acontecendo nas cidades italianas onde a santa é venerada.
A oração para Santa Valentina deve ser realizada sempre, principalmente, quando a mulher precisar passar por alguma coisa que possa impactar sua vida, como cirurgias, viagens ou, até mesmo, coisas que acontecem no trabalho ou em casa. Dizem que Santa Valentina está sempre disposta a ouvir os seus fiéis e atendê-los. A oração pode ser conferida a seguir:
http://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santa-valentina/448/102/#c