A religião é um dos assuntos mais complexos existentes hoje em dia. Isso porque, com a vasta gama de religiões em atividade no mundo (são contabilizados mais de 3 mil religiões), falar apenas de uma ou duas religiões em específico é um trabalho bastante árduo.
Uma das religiões mais conhecidas no mundo é a cristã, divida entre várias vertentes, nas quais podemos destacar a católica, a protestante e a ortodoxa, sendo a primeira delas a mais conhecida e com o maior número de adeptos.
Toda essa influência cristão-católica no mundo pode ser explicada pela atuação da ICAR, a Igreja Católica Apostólica Romana no mundo dentre os primeiros séculos depois do nascimento de Cristo até os dias de hoje. Apesar de, na Idade Média, com as reformas protestantes em pleno vapor, a Igreja ter perdido parte de seu prestígio, ela ainda hoje tem bastante importância no cenário mundial. Quaisquer decisões tomadas no Vaticano, que é a sede oficial da Igreja Católica, é alvo de atenções por parte de toda a mídia especializada.
Falando no catolicismo, uma de suas características é a veneração de santos, que são vários. Os santos são as pessoas que se destacaram em sua missão de evangelizar e levar a compaixão e o amor de Deus àqueles que mais precisavam. E um desses era São Pedro. Nesse artigo, você vai conhecer um pouco mais dessa figura que é uma das mais importantes da narrativa cristã, bem como também da bíblia. Vamos lá?
A Origem de São Pedro
São Pedro, também conhecido como São Pedro Apóstolo, foi um dos doze discípulos de Jesus Cristo, e, também, considerado o primeiro Chefe da Igreja Católica, ou seja, o primeiro Papa. Além disso, é o papa com o maior tempo de pontificado: em torno de 37 anos.
Pedro – cujo nome verdadeiro era Simão- nasceu na localidade de Betsaida, na Palestina, no século I a.C, mais precisamente no ano 1 a. C. A mudança de nome de Simão para Pedro, segundo a narrativa católica, vem de Jesus Cristo. Pedro, em grego, significa pedra, e isso faz alusão sobre uma famosa frase proferida por Cristo a seus discípulos: “sob a rocha edificarei a minha Igreja”, e, ao comparar Simão a uma rocha, induz a pensar que Simão seria a rocha onde Jesus edificaria sua Igreja, passando, assim, a se chamar Simão Pedro. Mas já os protestantes cristãos argumentam que o nome “Pedro” deriva da “Confissão de Pedro” feita por ele para Jesus.
Quando cresceu, Pedro levou uma vida como a de qualquer cidadão de sua época. Vivendo em Cafarnaum, ganhava a vida como pescador. Era considerado um empresário, por ter, juntamente com seu irmão, André, uma sociedade com Tiago, João e o pai destes, Zebedeu, que mantinham uma frota de barcos especializados em pesca. Era casado, tendo supostamente um filho, e sua esposa sendo parte de uma rica família, morando em uma casa própria. Segundo as descrições, a casa estava localizada em uma vila romana, na cidade de Cafarnaum.
O seu contato com Jesus deu-se quando esse lhe pediu que emprestasse um de seus barcos para que ele pudesse pregar a alguns transeuntes que estavam do outro lado do rio. Simão, então, resolveu ceder a ele um de seus barcos, o ajudando a chegar até o outro lado. Depois de realizada a pregação, Jesus disse a ele para desenrolar as redes e ir pescar até as águas mais profundas do rio.
Simão, que havia acabado de limpar e de guardar as redes, disse a Jesus que já o tinha feito na madrugada, mas não tinha conseguido sequer um peixe. Jesus o encorajou e, por fim, obedeceu-o e foi a pesca, juntamente com seus companheiros. Ao jogar as redes nos locais indicados por Jesus, a quantidade de peixes pescados era tanta que as redes começaram a rebentar, fazendo com que ele pedisse a ajuda de seus companheiros, que também tiveram suas redes danificadas.
Ao presenciar o milagre, Simão, em um gesto humilde, colocou de joelhos a frente de Jesus, e pediu que ele se afastasse dele, por conta de ser um pecador. Jesus, ao reconhecer a humildade presente em Simão, o encorajou a segui-lo, pois tinha planos para que ele se tornar-se um “pescador de homens”. Apesar de estar descrito na bíblia como seguidor de Jesus, há evidências de que, assim como seu irmão André, Simão teria sido seguidor de outro personagem chave para o Cristianismo: João Batista.
Simão Pedro também nutria uma amizade grandiosa com João Evangelista, que perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus aos Céus, quando um paralítico foi curado nas portas de um templo na cidade sacra de Jerusalém.
A Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa defendem a tese de que Pedro teria feito o episcopado na cidade de Antioquia, e, assim, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma, ou seja, o primeiro papa da Igreja Católica. Juntamente com Paulo, outros apóstolos importantes para a história do Cristianismo fundaram a Igreja de Roma, fato considerado histórico por ter sido feito pelas mãos de dois apóstolos, e não apenas pelas mãos de um. A comunidade de Roma passou a ser chamada de Santa Sé pelos católicos, até se transformar no Estado do Vaticano, que é o menor país do mundo em termos de território, já que ocupa, praticamente, um quarteirão na cidade de Roma, na Itália.
Pedro encontra-se sepultado nos interiores da Basílica de São Pedro, sendo que seu túmulo foi encontrado no ano de 1950, por historiadores e arqueólogos. O local onde seus restos estão possuem desenhos e uma inscrição em grego, que diz que “Pedro está Aqui”. Restos de ossos de um homem com idade estimada entre 60 a 70 anos, envoltos em um tecido com fios de ouro, aumentam a probabilidade de ser, realmente, o apóstolo.
Hoje, o Vaticano conta com vários órgãos que trabalham em variados setores da Igreja, desde o econômico até o social. Com o econômico, podemos citar o Banco do Vaticano, responsável por administrar as doações recebidas pela Igreja. No social, as ações realizadas em locais pobres com o dinheiro do Vaticano são geridas por órgãos específicos da Instituição.