Santo Antônio

A religião Cristã é, de longe, aquela que mais angaria devotos pelo mundo. Estiam-se que pelo menos 30% da população mundial (ou algo como 2,2 bilhões de pessoas) são fiéis do Cristianismo através de suas vertentes, nas quais podemos destacar o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa, as mais importantes vertentes cristãs dentre muitas, que são responsáveis pelo grande número de fiéis.

Dando uma atenção especial ao catolicismo, é a vertente mais importante das três destacadas anteriormente, por conta de sua influência que já ultrapassa milênios. Desde a sua criação por Jesus Cristo e a consolidação como religião oficial do Império Romano, a Igreja Católica Apostólica Romana (conhecida pela sigla ICAR) alcançou um status parecido com o de governamental. Isso porque a Igreja, ao passar dos anos, consolidando ainda mais o seu poder, participava de decisões importantes nos governos, além de controlar tudo e todos.

Somente com a ascensão de reformistas, no fim da Idade Média, é que a Igreja começou a perder um pouco de seus domínios, entrando em um período de decadência. Ainda assim, a Igreja hoje ainda exerce influência no mundo moderno, mas não mais como antes.

Uma das características da Igreja Católica é a veneração de pessoas que, em vida, fizeram algo de bom para a sociedade. São os santos e as santas. No artigo de hoje, iremos falar sobre um dos santos mais conhecidos existentes: Santo Antônio. Venha conferir algumas informações acerca de santo que é um dos personagens mais conhecidos das festas juninas. 

A Origem de Santo Antônio

Santo Antônio de Lisboa nasceu na capital portuguesa, Lisboa, no ano de 1191, em uma casa simples onde hoje esta erguida a Igreja de Santo Antônio.  A história de seu nascimento é conturbada, pois vários historiadores discordam das datas apresentadas para seu nascimento. Alguns dizem que tal acontecimento se deu no ano de 1195, outros já mencionam 1191, que e a data mais aceita atualmente.

Entretanto, outros historiadores argumentam que, para se resolver todos os entraves que se referem à data de seu nascimento, a data mais plausível para que o seu nascimento ocorresse é 1188. Para completar, praticamente nada se sabe sobre seu pai ou sua mãe. Por não terem sido citados em documentos históricos, apenas se supõe que seu pai e sua mãe sejam descendentes diretos de nobres de Astúrias e de comandantes importantes nas cruzadas, realizadas pela Igreja Católica com o intuito de catequizar outros povos. Inclusive acredita-se que Antônio não seja seu nome de verdade. Especula-se que seu nome seja, na realidade, Fernando. 

Os primeiros estudos de Santo Antônio foram na Igreja de Santa Maria Maior, sob os olhares atentos dos cônegos que administravam o lugar, que faziam parte da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho.

Mais tarde, já como um noviço, passou a fazer parte do Mosteiro de São Vicente de Fora, onde estavam guardadas verdadeiras relíquias científicas, além de artigos relacionados à medicina e outros afins de riqueza intelectual inestimável. O seu estudo científico pode ser evidenciado em suas anotações religiosas que possuem um alto teor científico. Logo depois de se aventurar no Mosteiro, pediu que fosse transferido para outro, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.

O seu intuito era aprofundar ainda mais nos estudos científicos e, também, evitar interferências externas, já que, constantemente, era visitado por seus parentes e amigos. Coimbra, assim como São Vicente de Fora, era referência em estudos bíblicos, e, assim, Antônio se especializou ainda mais, aprofundando suas pesquisas tanto científicas quanto religiosas. 

Quando da sua chegada ao Mosteiro de Coimbra, em 1217, conheceu missionários franciscanos que, em breve, iriam partir de Lisboa em direção à Marrocos, país localizado no extremo norte da África, a fim de levar até eles a palavra de Deus e a pregação do evangelho. O então Fernando, maravilhado com a possibilidade de pregar a simplicidade e o amor de Deus À outros povos, decidiu se unir aos franciscanos, e, sob a benção de Santo Antônio do Deserto, Fernando muda seu nome para Antônio, iniciando, simultaneamente, sua missão como mártir.

O primeiro lugar que escolheu para realizar sua missão era justamente o país marroquino. Chegando perto do destino, foi aconselhado a voltar, já que uma grave doença o acometera.  Antônio não digeriu bem a ideia do seu retorno para casa, já que estava determinado a converter e evangelizar as pessoas, fato que não se concretizou devido à sua doença. No caminho de volta, em alto mar, uma tempestade faz com que seu barco e de seus companheiros atraquem nas águas de Sicília, permanecendo por lá até a primavera do ano de 1221, saindo de lá em direção à Assis, com o objetivo de participarem do Capítulo de Ordem. 

Lá, Antônio teve um encontro com outra figura bastante conhecida no meio católico: São Francisco de Assis, que já contava com uma pequena gama de seguidores. A partir daí, Antônio foi designado para um eremitério em Montepaolo, localizada na província de Romagna. Lá, passou um ano e três meses para fazer exatamente o que ele queria: catequizar e evangelizar para o povo, passando todos os ensinamentos de Deus à todos aqueles que quisessem, além de passar por meditações e intensas disciplinas.

Depois desse período de isolamento em Romagna, Antônio se dirigiu a uma convenção que teria como objetivo a ordenação de novos frades. Na cerimônia, a presença de um pregador estava incompleta. Apesar de conhecerem pouco sobre Santo Antônio, os responsáveis pela organização solicitaram a ele que pregasse aos presentes. Santo Antônio assentiu, mostrando ao público um pouco de sua sabedoria ao falar sobre o Evangelho sucintamente, mas com simplicidade, que é o que ele sempre pregou.

Os últimos dias de vida de Santo Antônio se deram durante a páscoa do ano de 1231.  Sentindo-se doente, preferiu deixar a cidade de Pádua, para se refugiar em um eremitério nos arredores da cidade. Porém, percebendo que o seu fim estava próximo, tentou retornar à Pádua. Chegando à cidade, falece, a 13 de julho de 1231, sendo canonizado logo no ano seguinte. 

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Categoria(s) do artigo:
Religiosidades

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