Missões Mundiais

A história da humanidade começou milhares de anos atrás. Mas, por conta de vários fatores, só começamos a conhecê-la, de fato, com a invenção da escrita, fato que ocorreu ‘apenas’ há três mil anos. De lá para cá, muito se foi documentado sobre os costumes e culturas dos povos da época. Foi aí que a religião começou a ter relevância.

Tendo muitas variações de região para região, os movimentos religiosos passaram a ter grande significado nos séculos seguintes ao nascimento de Jesus Cristo (fundador do Cristianismo). Monoteístas, politeístas, enfim, o leque religioso é vasto, contendo cerca de três mil delas em prática no mundo. 

A maior religião atualmente é a cristã, que angaria nada menos que 2,2 bilhões de fieis, divididos em suas três vertentes principais, que é o catolicismo, o protestantismo e a igreja Ortodoxa, sendo a primeira delas a maior e mais seguida. O Brasil, por exemplo, é a nação com maior número de católicos no mundo (curiosamente, o estado não possui religião oficial).

Algumas dessas religiões promovem missões pelo mundo com o intuito de levar a países, ou comunidades isoladas, a palavra religiosa e algum alento, como mantimentos e roupas, para ajudá-los. Nesse artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre esses movimentos, e o impacto deles para o mundo. Vamos lá?

As Missões Religiosas Pelo Mundo

Apesar de ter sido por meio do apóstolo Paulo de Tarso que as missões religiosas deram os seus primeiros passos, podemos considerar que as missões religiosas mundo afora começaram com os desdobramentos que sucederam as descobertas de novas terras, a oeste da Europa: A chegada dos espanhóis à América. Sim, estamos falando do início das Grandes Navegações, onde as grandes potências marítimas da época – os espanhóis, os portugueses e os ingleses- começaram a reivindicar colônias nas terras achadas.

Logo após os primeiros anos se estabelecendo no novo continente, as missões jesuítas começaram a desembarcar no território americano. Antes mesmo da vinda deles às Américas, os próprios colonizadores enxergaram a necessidade de “catequizar e educar” os nativos, com a imposição da religião e de seus costumes aos indígenas, por considerarem que eles eram selvagens e cabia aos europeus tirá-los dessa selvageria e os transformar em civilizados.

As missões Jesuítas tiveram início nos anos de 1930, chegando ao território colonizado por Portugal na América – o Brasil- no ano de 1534. Posteriormente, chegou a outros lugares, como o Peru – em 1567- em terras mexicanas – em 1572 –e, na Nova França – a atual Guiana Francesa – apenas na década de 1610. Isso mostra a demora no fato de o projeto missionário se solidificar e, por fim, se estruturar no novo continente. 

O objetivo dos Jesuítas eram, além de levar a palavra de Deus aos nativos, transformá-los em cívicos cristão-europeus, modelando-os tal qual a imagem da sociedade europeia da época. Isso, contudo, sem retirar dos índios a sua pureza e sua ingenuidade, já que vários dos costumes deles eram considerados impróprios pelos europeus. Portanto, seus vícios e malefícios foram conservados pelos missionários.

Os indígenas eram pacíficos e, ao primeiro contato com os brancos europeus, os colonizadores resolveram estabelecer laços de amizade, o que facilitou o trabalho dos missionários e, consequentemente, dos interessados nas riquezas presentes no novo território. Para conseguir chamar a atenção dos nativos, aprenderam com eles a sua linguagem e seus costumes, uma tática que foi se revelando certeira com o passar do tempo, pelos indígenas estarem cada vez mais catequizados.

As missões jesuíticas viviam em regime comunitário, onde cada um na aldeia tinha uma determinada tarefa. As artes, ensinadas pelos missionários aos nativos, foi um método de aproximação, na qual surtiu sucesso. Vários índios descobriram seu dom para a arte, o que resultava em trabalhos esplêndidos – apesar de o modelo a ser seguido fosse o europeu – surtindo o resultado esperado pela Companhia de Jesus, que era responsável pelas missões jesuíticas. O objetivo jesuíta era que os índios mantivessem suas tradições e costumes, em consoante com as pregações da nova Fé mostrada a eles, e que o convívio continuasse pacífico. 

Sua organização foi tamanha que até recebeu críticas de setores que eram opostos à política praticada pelos jesuítas ao catequizar os índios. Boatos indicavam que, por sua organização e influência, tanto nas colônias portuguesas quanto nas espanholas, a cúpula jesuíta tinha a pretensão de fundar um império independente, o que iniciou a sua derrocada. Vários movimentos começaram a difamar o movimento jesuíta, o que culminou em sua expulsão das colônias dos anos de 1750 para frente, época onde os jesuítas já estavam totalmente firmados e com vários tentáculos colonizadores pelos territórios coloniais e, no ano de 1773, a ordem jesuítica foi extinta.

Atualmente, os jesuítas estão presentes no planeta, mas não mais somente como missionários. Sua presença é bastante forte por onde passaram, sendo as suas instalações e estruturas consideradas patrimônios mundiais, como ruínas de uma instalação jesuíta no estado brasileiro do Rio Grande do Sul e uma igreja na cidade de Tucson, nos Estados Unidos. 

Missões Religiosas Atuais

As missões propostas atualmente pelas religiões em nada têm a ver com o caráter colonial de outrora, mas sim levar aos mais necessitados e isolados a esperança, através da doação de roupas, mantimentos e de proporcionar a educação por meio de instituições educacionais subsidiados pelas entidades religiosas.  A catequese, apesar de ter perdido o posto de principal fator para as missões, ainda está presente, levando àqueles que estão dispostos a ouvir um pouco sobre a palavra de Deus.

Uma dessas instituições é a Batista Brasileira, que mantém a Junta de Missões Mundiais, com sede na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro. Sua intenção é quebrar as barreiras de missão, levando o conforto e a palavra de Deus a quem precisa. Estima-se que exista mais de 1600 missões em andamento por todo o mundo.

A Igreja Católica também possui missões pelo mundo, como levar atendimento médico e alimentos a pessoas carentes da África, além de, também, manter doações a várias instituições filantrópicas espalhadas pelo mundo. O trabalho deixou de ter como principal objetivo a religião, e passou a ser mais engajado em ações humanitárias. 

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Categoria(s) do artigo:
Religiosidades

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