Como Foi A Morte De Constantino? Quando?

Constantino I foi um Imperador Romano que revolucionou o mundo cristão quando se tornou o primeiro imperador romano católico. Ele criou a Nova Roma, que passou a ser conhecida como Constantinopla (em homenagem a ele) e se tornou a capital do Império Romano do Oriente por mais de mil anos. Onde era a antiga Constantinopla atualmente encontra-se a cidade de Istambul.

Quem Foi Constantino I?

Constantino I nasceu no dia 26 do mês de fevereiro do ano de 272, sob o nome de Flávio Valério Aurélio Constantino, na cidade de Naísso. Seu pai era o grego Constâncio Cloro, já a sua mãe, Helena, viveu na corte do Imperador Diocleciano. Um fato curioso é que esse imperador foi o que mais perseguiu cristãos durante o seu comando.

Antecedentes E Ascensão Como Imperador

O pai de Constantino era influente no Império de Diocleciano. Quando o então imperador decidiu reorganizar a estrutura do seu poder, ele dividiu o Império em quatro partes principais, concedendo a três homens diferentes o poder sobre tais partes. As divisões foram feitas da seguinte forma: Diocleciano controlava o Egito e as províncias Orientais, Maximiano a África Proconsular e a Itália, Galério a Ilíria e as regiões do Danúbio e ao pai de Constantino, Constâncio Cloro, a Bretanha, Gália e Espanha.

Essa divisão de forças culminou em uma guerra interna entre Galério, Maximiano e Constâncio quando Diocleciano morreu. O ano era 305 e Constantino já tinha idade para se juntar ao seu pai nas campanhas feitas contra os outros imperadores.

O pai de Constantino morreu durante as batalhas, no dia 25 de julho do ano de 306 os outros dois possíveis imperadores abdicaram do seu poder, e então Constantino I foi aclamado pelas legiões que ele comandava como Imperador. Apesar dessa ascensão, seu poder não foi reconhecido em Roma, já que o sistema de poder não permitia a sucessão hereditária.

Constantino I

Constantino I

O que fez com que alguns anos mais tarde, em 310, surgissem novos nomes com desejo de tomar o poder do Império, Maximiano uniu forças ao seu filho, e na outra ponta surgiu Licínio. Apesar de serem pessoas poderosas, Constantino I já havia consolidado o seu poder na Gália, Bretanha e Espanha. Logo ele se uniu a Licínio e derrotou tanto Maximiano quanto seu filho, Maxêncio, dividindo o império com o aliado.

Foi durante as batalhas por poder com Maxêncio que Constantino I se converteu ao cristianismo. Ele era um Imperador pagão, como todos os outros que o antecederam, porém, durante a sua preparação para uma batalha no ano de 312, teve uma visão de uma cruz flamejante com as palavras “sob o signo vencerás”. Nesse momento ele trocou o símbolo do escudo dos seus soldados, o substituindo por um monograma cristão.

Império Cristão E Construção De Constantinopla

Após sua vitória no ano de 313 ele oficializou o cristianismo como religião do Império, por meio do edito de Milão. Criou leis que protegiam os sacerdotes cristãos, que na época sofriam muito preconceito. Até esse momento os cristãos eram amplamente perseguidos, e quando ele mudou tal lei também mudou o alvo de perseguição, que alguns anos depois se tornariam os pagãos.

Constantino I governou como parceiro de Licínio até o ano de 324, quando as divergências entre as convicções deles se tornaram inaceitáveis. Constantino era totalmente contra as perseguições aos cristãos que Licínio promovia. Então, logo se declarou guerra entre eles, e Constantino I se tornou Chefe único do Império Romano.

O Império Romano foi seguindo cada vez mais as diretrizes cristãs, com o tempo Constantino I proibiu a morte de escravos por meio dos seus senhores, assim como restringiu o concubinato e o adultério, condenando tais práticas.

Na época também era comum o suplício da cruz (morte na cruz), que ele proibiu junto das batalhes de gladiadores.

Ele iniciou a construção de Constantinopla no ano de 326, já que Roma não era mais o lugar ideal para sedear a capital do Império Romano. A capital foi inaugurada no ano de 330.

Constantino I era um líder rígido e não tinha medo dos seus inimigos. No ano de 326 ele mandou matar o seu filho Crispo após descobrir que ele estava tramando planos para derrubar o poder do pai. Além de mandar matar seu filho, ele mesmo sufocou sua esposa Fausta em um banho quente, mandou matar se cunhado Licínio e também seu filho, todos familiares de Constantino I que tramavam contra o seu poder.

Como Foi a Morte De Constantino I? Quando?

Constantino I se manteve no poder por um pouco mais de 30 anos, ele morreu em Ancirona, região pertencente à Nicomédia, durante a Páscoa do ano de 337, no dia 22 do mês de maio.

O Imperador já se encontrava doente há algum tempo, ele estava completamente esgotado em virtude de toda a agitação que foi seu reinado. Ao longo dos anos ele teve que batalhar muito para conseguir manter o seu poder, havendo sempre inimigos que iam contra os seus ideais principalmente devido a sua devoção cristã que não era compreendida na época.

Constantino I faleceu antes de completar os seus 60 anos, ele foi sucedido no trono pelos três filhos que teve com a sua segunda mulher, Constantino II, Constâncio II e Constante I. Eles governaram juntos por um período, até que Constâncio II assumiu o poder sozinho.

Ilustração de Constantino

Ilustração de Constantino

No ano de morte de Constantino I ele estava em meio a uma batalha para reconquistar parte de Constantinopla que havia sido tomada pelos seus inimigos.

Um fato marcante na morte de Constantino I foi o seu batismo, que foi realizado somente no fim de sua vida, pelo bispo Eusébio de Nicomédia. Muitas pessoas apontam que sendo esse batismo tão tardio, Constantino I na realidade não seguia realmente a doutrina cristã, e a implantou durante o seu poder devido a questões políticas, no entanto, essa é a vertente de pensamento de apenas alguns estudiosos, já que outros acreditam na veracidade da conversão do imperador.

A veracidade da fé de Constantino pode até ser contestada por algumas pessoas, mas, uma coisa é fato, o seu batismo fez com que ele se tornasse venerado como um santo pelos cristãos ortodoxos, mesmo que durante o seu reinado ele tenha demonstrado algumas atitudes que poderiam ser consideradas pecaminosas.

A mãe de Constantino era totalmente convertida ao cristianismo, e certamente a sua influência na vida do filho foi forte nas suas decisões como Imperador. É fato que a sua conversão para cristão fez com que ele se aproximasse de pessoas extremamente influentes no período, como o bispo Eusébio de Cesareia, uma cidade da região da Palestina. É importante destacar que nesse período os bispos tinham uma posição realmente de poder e controle sobre a sociedade.

Outro fato que foi bem relevante durante o fim da vida de Constantino I foi o seu apoio ao arianismo, que consistia em uma doutrina que atualmente é considerada heresia, liderada por Ário, que era um presbítero de Alexandria. O arianismo pregava que a Santíssima Trindade Não era uma representação conjunta de Deus, ou seja, que Cristo, seu filho, não partilhava da mesma substância que o Todo Poderoso.

Constantino I havia convocado um concílio ecumênico universal na cidade de Niceia, onde ele condenou a prática do arianismo, no entanto, pouco antes de morrer ele foi batizado por um bispo ariano e apoiou a prática.

Qual Foi O Legado De Constantino I?

Constantino I se tornou extremamente conhecido: ele foi o último Imperador pagão e ao mesmo tempo foi o primeiro Imperador cristão de Roma. Atualmente há algumas críticas pela forma que ele governou e pela sede de poder e dinheiro que ele possuía.

Durante a Idade Média ele foi amplamente adorado, ele foi canonizado pela Igreja Ortodoxa e era apreciado quase como uma divindade. Foi durante o Iluminismo que o seu legado começou a ser analisado de maneira mais crítica e que ele passou a ser visto mais como um general, porém, ele é extremamente relevante, pois foi um dos fundadores do Baixo Império.

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Curiosidades

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