A religião é uma das essências do ser humano. Isso porque, mais da metade da população do planeta é adepta de alguma seita ou doutrina religiosa – estima-se que existam mais de 3000 delas espalhadas pelos quatro cantos do mundo.
E, dentre essas religiões, pode-se destacar o cristianismo, o islamismo e o hinduísmo, sendo que o primeiro destes é a maior religião de toda a Terra, tendo estimados 2,2 bilhões de seguidores em suas três principais vertentes: católica, ortodoxa e evangélica, sendo a primeira deles a maior de todas. Logo em seguida, vem o Islamismo, com pouco mais de 1,7 bilhão de pessoas e, logo atrás, o hinduísmo, que está chegando ao seu primeiro bilhão de seguidores.
Por falar em catolicismo, pode-se considerar que essa é uma das vertentes mais antigas do cristianismo, e a que tem uma grande influência no planeta, visto que, qualquer decisão tomada no Vaticano, que é a matriz oficial da Igreja Católica e considerado o menor país do mundo, é motivo de atenção por toda a mídia global.
Uma das características do catolicismo é, justamente, ter Deus como centro de tudo e Jesus como o principal mediador entre Deus e o homem. No entanto, a religião também reconhece aquelas pessoas que, de uma forma ou de outra, ajudaram a propagar a religião pelos mais diferentes locais do planeta. E, no nosso artigo de hoje, iremos falar sobre uma dessas pessoas. É a Santa Albertina. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre a vida dessa pessoa, bem como algumas informações pertinentes sobre o Santuário Santa Albertina, que está localizado na cidade de Santa Catarina. Vamos lá?
A História de Santa Albertina
Nascida em Santa Catarina, mais precisamente, no município de Imarui, na data de 11 de abril de 1919, a futura Santa foi batizada pelo nome de Albertina Berkenbrock. A exemplo de seus pais, Albertina foi educada durante toda a sua infância seguindo os preceitos católicos, o que acabou despertando o interesse da menina pelos costumes religiosos. Tamanho foi o gosto tomado pela religião que Albertina sempre se dispunha a ajudar o padre a rezar a missa no local onde morava, e também, tinha o hábito de se confessar com bastante frequência. Segundo fontes, Albertina disse uma vez que o dia mais feliz de sua vida foi quando ela concluiu a catequese e fez a sua primeira comunhão.
Albertina tinha grande devoção por Nossa Senhora, sempre dedicando rezas e terços para ela tanto na igreja da comunidade quanto em sua casa. Vale destacar que ela também ajudava seus pais na roça e em casa também, mas sem perder o otimismo e a fé, que, mesmo jovem, era bastante firme. Era sempre alvo de elogios por parte dos professores na escola, já que tinha uma admirável maturidade para as coisas. No recreio, por exemplo, gostava de ficar com aqueles que não tinham muitas condições financeiras, chegando a dividir o seu lanche com elas.
O martírio de Albertina acontece quando ela resolve ajudar seus pais a encontrar dois novilhos que se perderam nos campos. Um funcionário de seu pai, chamado Maneco, a acompanhou indicando onde os novilhos pudessem estar. Ao chegar ao local, Albertina nada encontrou; de repente, próximo dos arbustos, surge Maneco, que, já com segundas intenções com a garota, começa a tentar agarrá-la. Albertina, por trabalhar na roça, tinha uma relativa força, e tentou se proteger de todos os modos. A briga foi regada com bastante violência, até que a garota cai no chão depois de ser derrubada. Mesmo no chão, tenta uma nova investida contra Maneco, agarrando-se às suas calças. O funcionário, ao ver que ela estava irredutível, resolve desferir em seu pescoço um golpe de canivete, o que acaba por dar fim à vida de Albertina.
Para despistar, Maneco indica onde está o corpo da criança e acusa um amigo de trabalho como o verdadeiro culpado. Com isso, consegue se desvencilhar das amarras da cadeia (por pouco tempo).
Um fato que ocorreu durante o velório de Albertina é que Maneco, toda vez que se aproximava do caixão, o pescoço de Albertina com o ferimento começava a sangrar, só parando quando ele saia da sala.
O prefeito da cidade, então, resolve convocar o suposto assassino de Albertina para ele jurar, diante do seu corpo e com um crucifixo, que não tinha nada à ver com o crime. Ele o fez e, quando terminou de dizer que nunca tinha feito mal algum à santa, o seu ferimento parou de sangrar imediatamente.
Maneco, por sua vez, não conseguiu manter o disfarce por muito tempo, sendo preso apenas 2 dias depois de ter cometido o crime. Depois de capturado, o criminoso assumiu a culpa pelo crime, dizendo que só o fez porque Albertina não aceitou ceder às suas investidas. Ele foi preso, julgado e condenado, passando o resto de seus dias atrás das grades.
Depois desse relato, e dos sucessivos “sangramentos” de Albertina no pescoço durante o seu velório, muitas pessoas passaram a visita o seu túmulo, sendo que, tempos depois, ela foi transferida para a Igreja de São Luiz, onde suas ossadas se encontram lá até hoje. Muitas pessoas vão até a sua cripta agradecer, pedir ajudas, enfim. Várias coisas. Algumas pessoas argumentam que já alcançaram graças e pedidos por intercessão de Albertina, que está, cada vez mais, fazendo sua fama crescer.
Santuário Santa Albertina
Tamanha é a devoção das pessoas por Santa Albertina que, na sua cidade de origem em Santa Catarina há um santuário dedicado à ela, bem como um memorial em homenagem a Albertina. Os padres e sacerdotes responsáveis pela paróquia que abrange o Santuário de Santa Albertina dizem que a fama da beata só cresce no Brasil, o que demanda a reforma e ampliação de vários locais de apoio ao romeiro.
Estima-se que 500 devotos passem pelo santuário para pedir bênçãos a santa por dia, e que, nos fins de semana, esse número pode chegar facilmente aos 2000, podendo alcançar até 4000. A intenção do corpo administrativo é a construção de um novo santuário, mais moderno e com mais capacidade para atender aos romeiros.