Prática Religiosa Associada ao Menor Risco de Morte em Mulheres

A religião é um assunto bastante delicado de se tratar, ainda mais no Brasil que, apesar de ser oficialmente laico, ou seja, não ter uma religião a seguir, é um país essencialmente religioso, sendo que o cristão católico é o que está majoritariamente presente no Brasil. É considerada a nação com o maior número de cristãos católicos de todo o planeta.

Dentre o vasto espectro religioso espalhado pelo mundo (são contabilizados mais de 3 mil religiões em atividade pelo globo), o Cristianismo é o que desponta como sendo o maior grupo religioso em atividade no mundo, angariando pouco mais de 2,2 bilhões de pessoas. Seu poderio vem desde os primórdios de sua fundação, pelas mãos de Jesus Cristo que, segundo a Bíblia, é o filho que Deus enviou à Terra com o propósito de salvar a todos e levar ao povo as palavras de o amor de Deus.

Geralmente, as mulheres costumam ser mais religiosas que os homens. Comumente, vemos mulheres em missas, cultos e outras celebrações religiosas com mais fervor do que os indivíduos do sexo masculino. Nesse artigo, você vai conferir um pouco mais sobre a relação da religião para com a mulher, e os resultados da prática religiosa das mulheres sob olhar clínico de pesquisadores. Vamos lá? 

A Mulher e a Religião

A presença da mulher na religião é, há muito tempo, discutida entre os arqueólogos e historiadores. Isso porque, descobertas indicam que a figura feminina era muito cultuada em alguns povos, como o egípcio, que exaltavam a figura da mulher como deusas. Isso pode ser visto, também, pelos povos gregos, que cultuavam várias deusas mitológicas em suas religiões.

Podemos dizer que, a primeira manifestação feminina na religião foi com a adoração à Mãe Terra, ou seja, uma adoração ao planeta Terra e sua natureza, considerados vitais para a existência da vida humana, animal e vegetal no planeta. Isso poderia ser visto como uma sociedade matriarcal, na figura de uma Deusa, e não na tradicional sociedade patriarcal, na qual a figura prevalente é Deus. Dessas afirmações, pode-se retirar que a cultura da figura masculina ser superior à da feminina provém dessa relação religiosa, talvez.

Os povos antigos existentes foram os pioneiros em exaltar a figura da mulher no âmbito religioso, seja como deusas, como sacerdotisas, sociólogas, filósofas, matemáticas e até amazonas, sendo que essas últimas são famosas guerreiras de contos míticos. As relações matriarcais tiveram início, segundo consenso entre os historiadores, entre o período de 2 milhões de anos, até cerca de 10.000 antes de Cristo, onde a sociedade estava organizada com base na caça e coleta. Ou seja, eram nômades, de mudavam constantemente de local em busca de comida e melhores condições de sobrevivência. 

Naquela época, as mulheres que tinham papel de caçador e coletor, e ficava a cargo do homem cuidar do local de vivência e, também, dos filhos. Esse panorama só veio a mudar com o processo sedentário que viveu a sociedade anos mais tarde. Tal processo possibilitou que o homem pudesse se fixar em uma terra, domesticando animais para consumo e plantando cereais para sobreviver. Aprendeu a construir abrigos, ficando com a mulher o papel de guarnecer a edificação e a cuidar dos filhos.

As amazonas, um dos mais conhecidos mitos, eram mulheres guerreiras que foram citadas pelo filósofo Heródoto, que viviam numa região mais ao norte da Grécia, e que eram exímias lutadoras. Com o tempo, o termo “amazonas” serviu para identificar toda e qualquer mulher que se predispunha a guerrear por um interesse em comum. Em outros lugares, por exemplo, a amazona não só guerreava como também tinha papel fundamental na família. Algumas eram representadas portando espadas e a bordo de cavalos. 

A Prática da Religiosidade por Mulheres 

Depois dessa introdução da mulher na religião, vamos falar um pouco da prática religiosa por parte das mulheres. Como já dito no início desse artigo, as mulheres costumam ter mais apreço pela religião que homens. É comum ver em missas ou cultos uma grande presença feminina, todas com fervor em sua oração pessoal E, segundo algumas pesquisas, a prática da religião pode ser benéfico às mulheres.

Segundo estudos feitos pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a prática religiosa pelas mulheres, como ir a cultos ou missas, fez cair em 33% o número de problemas de saúde como cancro ou doenças cardíacas.

O artigo foi publicado na revista JAMA Internal Medicine, onde está escrito que a pesquisa vêm sendo conduzida desde meados do ano de 1996, e contou com mais de 74.500 mulheres, onde estavam reunidas aquelas que frequentavam assiduamente os eventos religiosos, aquelas que frequentavam menos de uma vez semanalmente e, também, aquelas que iriam de vez em quando. 

Passados 16 anos, mais precisamente, no ano de 2012, abriu-se um novo inquérito da pesquisa, na qual indicou que 13 mil das quase 75 mil mulheres já haviam falecido.  E, pode-se observar que as mulheres que frequentavam as missas regularmente tinham uma porcentagem 33% menor de morte do que aquelas que nunca frequentavam. Esse índice caía para 26% para as mulheres que iam menos assiduamente, e caia ainda mais, chegando a 23% para aquelas mulheres que iam somente às vezes para participar de algum culto ou missa.

No Brasil, por exemplo, podemos ver várias mulheres que são fieis às suas religiões. Muitas são as notícias de romarias e via sacras realizadas por algumas religiões a determinados lugares considerados por eles, como sagrados. Na cultura católica, por exemplo, é grande o número de romeiros que deixam suas casas para irem até a cidade paulista de Aparecida do Norte, para poderem venerar Nossa Senhora de Aparecida, que é considerada a padroeira do Brasil. Pode-se perceber que a maioria das romarias é composta majoritariamente por mulheres que, independente do meio de transporte (seja a cavalo, de carro ou até mesmo a pé), não deixam de comparecer até o Santuário para prestar homenagens à Nossa Senhora e agradecer por alguma graça ou conquista alcançada. Não é a toa que o Brasil é considerado um país religioso. 

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Categoria(s) do artigo:
Atualidades

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