A religião é um assunto que reúne muita polêmica na sociedade, desde os tempos em que apenas uma religião, no caso, a Cristã, comandava grande parte da sociedade dita “civilizada” do planeta. Por muitos séculos, a Igreja Católica Cristã dominou a Europa, ditando regras e transformando a sociedade toda em, praticamente, cristã.
Hoje, a Igreja Católica não tem a influência que a carregou durante os séculos, mas, ainda sim, tem peso sobre tudo e todos não somente no continente europeu, mas no mundo. O catolicismo faz parte do Cristianismo, que é, hoje, a maior religião do planeta, juntamente com o Islamismo e o Hinduísmo, de um total de 3 mil doutrinas religiosas.
Como deve ser de conhecimento de todos, o Cristianismo trata da vida de Jesus Cristo, que é o filho de Deus, que foi mandado por Ele à Terra com o propósito de apresentar a Palavra de Deus a todos que quisessem ouvir, tentando mostrar os lados corretos a se seguir e, no final, alcançar a glória eterna. No entanto, segundo a Bíblia, que é o livro mais vendido de todo o planeta, Jesus fui crucificado pelos Judeus, que não o reconheciam como sendo “O Salvador” esperado por eles.
O Cristianismo é dividido em três vertentes principais, que são o catolicismo, o protestantismo e Igreja Ortodoxa, sendo a primeira delas a maior. No catolicismo, uma das características é o reconhecimento de pessoas que, ao longo da história da Igreja, contribuíram de alguma forma para a propagação da palavra divina, seja por meio de ações sociais, bem como pregações realizadas, enfim. Uma dessas pessoas é Paulo de Tarso, que é o assunto do nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conhecer um pouco da história desse sacerdote que foi um dos mais importantes da história da Igreja, bem como algumas informações interessantes acerca dele. Vamos lá?
A Origem de São Paulo
Conhecido também por Apóstolo Paulo, Saulo de Tarso e Paulo de Tarso, São Paulo foi um dos mais importantes figuras cristãs, tanto por seu papel como apóstolo, como pelo se desempenho como um dos escritores da Bíblia. Suas obras mostram, majoritariamente, faces do cristianismo primitivo, que contrastam e muito com as publicações do Novo Testamento. O “paulinismo”, como era chamada a influência de Paulo no modo de pensar cristão foi um dos pontapés para que São Paulo conseguisse se tornar um apóstolo e, de quebra, conseguisse levar a palavra de Deus pelo império Romano que, naquela época, abominava e perseguia quem se declarava cristão.
Primeiramente chamado Saulo, o apóstolo era conhecido por perseguir cristãos e pregadores da palavra de Deus, na região de Jerusalém. Porém, em uma dessas perseguições que tinha como objetivo a prisão de cristãos em Jerusalém, Saulo teve uma visão com Jesus, onde em torno dele havia uma luz muito brilhante, fazendo com que ele ficasse cego temporariamente, recuperando-a três dias depois, quando Ananias o batizou e o fez converter-se ao Cristianismo, bem como pregá-lo ao povo.
Assim como Tiago, o Justo e Simão Pedro, São Paulo é considerado um dos alicerces do movimento cristão que começava a ganhar forma depois da morte de Jesus Cristo. Além disso, São Paulo (passando a adotar o nome de Paulo em detrimento de Saulo depois da visão que teve com Jesus Cristo) gozava de certas regalias, visto que ele possuía cidadania romana.
No Novo Testamento, existem 13 epístolas em seu nome, e, dentre esses 13, 7 são questionadas por diversos estudiosos, que argumentam que São Paulo não tinha escrito essas epístolas.
É importante lembrar que os apóstolos, como o próprio São Paulo, são divindades admiradas por todas as vertentes cristãs, não sendo esse tipo de veneração relegado somente aos católicos. Prova disso é a interpretação da obra deixada por São Paulo de dois lados distintos: Santo Agostinho, de um lado, e Martinho Lutero, de outro, onde ambas as ideias de opunham em alguns aspectos.
Nascido em Tarso, distrito esse que fazia parte da província de Mersin, onde hoje faz parte da porção meridional da Turquia Central, na data de 5 depois de Cristo, São Paulo, como já se sabe, não fazia parte a nenhuma seita específica e, por ter se tornado um funcionário romano, perseguia os cristãos até obter sinais de Jesus por meio de sonhos e sua cegueira temporária.
Depois que começou a enxergar a igreja por outros ângulos, Paulo – passou a se chamar assim depois dessa visão e da sua conversão ao catolicismo- começou a pregar para as pessoas em sua região e, depois, realizou viagens missionárias, sempre passando por vários países. Em sua primeira viagem, onde percorreu os países da costa do Mediterrâneo, fazendo paradas periódicas por ilhas do Mar Mediterrâneo. Com o sucesso de seus ensinamentos, foi realizada uma segunda viagem missionária, sendo essa a de maior duração, por ter passado por vários países da Europa. Anos mais tarde, uma Terceira Viagem Missionária foi realizada, fazendo com que Paulo passasse por localidades já conhecidas por ele antes em outras viagens com o intuito de reforçar os parâmetros cristãos.
Muitas pessoas pensam, erroneamente, que São Paulo chegou a ser um bispo de Roma, isso é, ocupar o cargo máximo da Igreja, que era o de Papa. Tampouco foi ele o responsável pela chegada do Cristianismo até a cidade de Roma, visto que quando São Paulo se aproximou da cidade, percebeu que lá já havia muitos cristãos.
Entre os anos de 55-70, depois que muito peregrinou e pregou a fé cristã em diferentes localidades, Paulo começou a ter problemas com Judeus que o achavam “radical demais” quando o apóstolo se posicionava contra tradições judaicas, como a circuncisão, por exemplo. Chegaram a romper relações com o apóstolo ao perceber outras ideias dele nas quais a comunidade judaica mostrava repúdio.
Depois dessas rusgas, Paulo acabou preso, e passou alguns anos em prisão domiciliar, foi solto, mas logo depois foi preso de novo. A Bíblia não tem um consenso definido sobre o que provocou a morte de São Paulo, mas acreditam que a morte do apóstolo ocorreu no ano de 60 depois de Cristo, durante o governo de Nero, imperador romano.