A religião é um dos assuntos que mais causam polêmica no mundo atualmente. Isso porque, a maioria da população humana é adepta de alguma seita ou doutrina considerada “religiosa”. Para se ter uma noção de quanto isso é significativo, vejamos que, no mundo hoje, existem mais de 3 mil doutrinas e seitas que são consideradas religiões.
Dessas religiões, três se destacam como sendo as maiores do planeta em número de fieis e influência: Cristianismo, Islamismo e o Hinduísmo. O Cristianismo, como muitos sabem, é a maior religião de todas, tendo um número de seguidores que corresponde a pouco mais de 30% da população mundial. O Islamismo vem logo atrás e, um pouco mais longe, o hinduísmo.
Pode-se dizer que essa influência toda do Cristianismo teve início quando a religião Cristã passou a ser tratada como uma aliada, e não mais como uma perseguida pelo Império Romano. Antes, a religião Cristã era vista como uma ameaça ao império de Roma, e os seus seguidores, inclusive o fundador, Jesus Cristo, passaram a ser perseguido, o que culminou na morte do líder da Igreja por meio da crucificação. Anos mais tarde, passados quase 400 anos da morte de Cristo, o Cristianismo foi promulgada como a religião oficial do Império Romano, que, apesar de confidenciar à Igreja um poder nunca antes possuído por ela, o Império já se encontrava em decadência moral e econômica e, em pouco tempo, ruiu.
Por falar em cristianismo, não podemos deixar de mencionar que é uma religião em que várias vertentes estão presentes, como o protestantismo, a Igreja Ortodoxa e o Catolicismo, sendo essa última a que possui maior influência no mundo atualmente, com sede em Roma, no Vaticano. Vale destacar que a cidade Italiana era a antiga capital do império Romano, antes de esse título passar para a cidade de Constantinopla.
No nosso artigo de hoje, iremos falar um pouco sobre São Afonso, um dos santos mais venerados pela Igreja Católica. Além disso, iremos falar algumas informações bastante interessantes sobre a vida de São Afonso. Vamos lá?
A Origem de São Afonso
Nascido Afonso Maria de Ligório, o homem que, anos mais tarde seria considerado um santo da Igreja católica, foi um bispo italiano da Igreja, que nasceu em uma família nobre que residia na cidade de Nápoles, na data de 27 de setembro do ano de 1696. Além de um sacerdote, Afonso se destacou como um escritor espiritual, teólogo e filósofo escolástico. Antes de se dedicar ao sacerdócio, Afonso se destacou em uma brilhante carreira no direito. Como sacerdote, publicou muitos livros, cartas e pensamentos, que, ainda hoje, são utilizados pela Igreja Católica, alguns, sobretudo utilizados frequentemente na época da quaresma.
Afonso nasceu, na verdade, numa cidade próxima à Nápoles, chamada de Marianella. Naquela época, tanto a cidade natal quanto Nápoles faziam parte do Reino de Nápoles, e Afonso era o rilho primogênito de mais sete irmãos. Passados dois dias de seu nascimento, na Igreja de Nossa Senhora A Virgem, recebeu o sacramento do Batismo. Cresceu no meio de todo o luxo e tranquilidade que uma família nobre lhe oferecia e, ao entrar na adolescência, aos 16 anos, foi matriculado em um curso de direito. Especializou-se e, como já dito anteriormente, teve um sucesso estrondoso em sua carreira. Apesar de todo o sucesso e fama que Afonso recebeu por seu trunfo na carreira, o futuro sacerdote não se sentia realizado em sua profissão; sabia que faltava algo a mais parasse sentir realizado. Escrevendo para um amigo também advogado, Afonso relatou que a carreira escolhida por ele era “infeliz” e que colocava sua vida em risco a todo tempo e que, para evitar morrer infeliz, ele iria buscar a salvação de sua alma. Isso veio a se concretizar quando, aos 27 anos, Afonso perdeu uma causa, algo que não acontecia há mais de 10 anos. Depois disso, ficou decidido a largar a área do direito.
No ano de 1723, quando já tinha largado de vez a profissão de advogado, Afonso passou por um longo e árduo processo de vocação e, enfim, decidiu se candidatar a noviço no Oratório de São Filipe Néri, objetivando se tornar um sacerdote, inicialmente, um padre. Apesar de esse ser o seu desejo, Afonso encontrou muita dificuldade de aceitação por parte de sua família, principalmente sue pai, que tentou, de todas as formas, desencorajá-lo de seguir a carreira religiosa. No entanto, depois de muito negociar, seu pai, finalmente, cedeu, mas com uma condição: Afonso poderia realizar os cursos necessários para o sacerdócio, desde que pudesse continuar residindo em casa. E assim foi. Em 21 de dezembro de 1726, quase que na véspera das festividades de Natal, Afonso foi ordenado padre, aos trinta anos, passando a viver, durante os primeiros anos de seu sacerdócio, em torno de jovens mendigos e deixados à beira da margem da sociedade. Ao perceber a frágil situação que os mais necessitados passavam nas ruas de Nápoles, e assustado também, já que, por ter nascido em uma família com boas condições financeiras Afonso nunca teve contato direto com a pobreza, o futuro santo da igreja se apiedou dos mendigos, e passou a desenvolver métodos de como ajuda-los. Durante esses projetos, surgiu as chamadas “Capelas Noturnas”, na qual o gerenciamento de tais capelas eram feitas pelos próprios mendigos, que ofereciam a eles locais de oração, de educação, de confraternização, lugar para tomar banho, troca de roupas ,e etc. O projeto deu tão certo que, quando Afonso veio a falecer, o projeto já contava com mais de 70 casas do tipo, que atendiam um total estimado de 10 mil pessoas.
Em 1729, Afonso decidiu sair de casa, passando a morar em um Instituto Chinês em Nápoles. Ali, começou a ter contato com experiências missionárias que o fizeram aceitar cada vez mais essa vocação interna, realizando diversas missões pelo interior do reino de Nápoles. E, em 1732, Afonso criou o a Congregação do Santíssimo Redentor. Foi ordenado bispo em 1762.
Morreu em 1 de agosto de 1787, sendo canonizado no ano de 1839 pelas mãos do Papa Gregório XVI e, hoje, é venerado pela Igreja Católica como sendo o santo dos confessadores.