A Beata Bárbara Maix possui uma história de amor e inspiração. Tão grande foram seus feitos, que ela foi beatificada pela igreja católica alguns anos após a sua morte, e diversas fiéis ao longo do mundo a colocam em suas orações para receber bençãos.
Se você necessita de uma graça especial, pode ser algo que irá contribuir para o alcance de tal graça interceder pela Beata Bárbara Maix, usando a seguinte oração:
Oração a Bem-Aventurada Bárbara Maix
Deus, Pai de bondade e misericórdia, que escolhestes BÁRBARA MAIX para cumprir sempre e em tudo a Vossa Vontade, especialmente junto aos mais necessitados, concedei-nos, Vós que conheceis nossas esperanças e sofrimentos, a GRAÇA de que tanto precisamos… (pedido)
Pedimos também por intermédio do Imaculado Coração de Maria a CANONIZAÇÃO de Vossa fiel serva a Bem- Aventurada Bárbara Maix.
Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.
Imaculado Coração de Maria, rogai por nós!
Bem- Aventurada Bárbara Maix, rogai por nós. Amém.
Se você não conhece a história dessa grande mulher, acompanhe abaixo:
Quem Foi Bárbara Maix?
Bárbara Maix
Nascida em Viena, no dia vinte e sete de junho de mil oitocentos e dezoito, Bárbara Maix foi uma religiosa que seguiu seu caminho até o Brasil, para que aqui pudesse realizar grandes feitos em prol do seu amor a Deus. Ela foi a fundadora da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria.
Biografia
Nascida em Viena, era filha de Joseph Maix e Rosália Mauritz. O trabalho de seu pai era como camareiro do imperador da Áustria da época, Francisco Carlos. Dessa forma a família vivia no arredor do Palácio de Schönbrunn. Apesar de parecer um bom serviço, a família não possuía boas condições de vida, sendo financeiramente bem precário. Com isso, muitos membros da família, irmãos de Bárbara, morreram ainda crianças por desnutrição. A infância de Bárbara foi difícil, e ainda muito jovem, com menos de quinze anos, perdeu seu pai e sua mãe. Na época era ela e mais quatro irmãs. Após a morte dos pais, perderam a casa que viviam, pois essa pertencia ao camareiro do palácio.
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, Bárbara não deixou se abalar, sabia que deveria viver de alguma forma, e a que encontrou foi fazer curso de moda. Aprendeu a arte do corte e costura e do bordado, dessa forma, ela começou além de realizar esses trabalhos, também a dar aula sobre eles. Bárbara também tinha a necessidade de se manter em oração, dessa forma, em seu tempo vago, passava na Nossa Senhora da Escada.
Foi durante os seus momentos em oração na igreja Nossa Senhora da Escada, que percebeu que estava destinada, e que necessitava a se dedicar ajudar a solucionar os problemas sociais que rondavam a cidade em que vivia. Ainda muito jovem começou a ser devota ao Imaculado Coração de Maria, seguindo os anos de forma a ajudar aqueles que necessitavam. Com vinte e cinco anos, em mil oitocentos e quarenta e três, conseguiu com o seu esforço pessoal, abrir uma pensão, ali ela abrigava jovens mulheres desempregadas que passavam por necessidades, ela tinha apoio do padre de sua cidade, para guiar aquelas mulheres espiritualmente. Logo no início conseguiu reunir dezessete jovens para serem ajudadas por ela.
Imagem de Bárbara Maix
Ela seguiu cuidando das jovens necessitadas por cerca de cinco anos, em mil oitocentos e quarenta e oito, Viena passava pela revolução liberal, período em que eclodiram diversas revoltas na cidade, e havia perseguição aos membros da igreja católica e de congregações religiosas. Devido a esse fato, Bárbara e as suas companheiras tiveram de deixar o local que viviam, eram no total vinte e uma mulheres. Elas seguiram para o porto decididas a embarcar para a América do Norte, enquanto aguardavam o navio que as levariam até lá, aportou um barco destinado ao Brasil. Bárbara entendeu isso como um sinal de Deus, e vieram ao país as jovens, acompanhadas do Padre Pöckl.
Chegada no Brasil
No dia oito de maio de mil oitocentos e quarenta e nove, emitiram seus votos religiosos, e fundaram oficialmente a Congregação do Imaculado Coração de Maria, que possuía vinte e dois membros. Bárbara recebeu o nome de Maria Bárbara da Santíssima Trindade.
Missão Religiosa
Mulher Segurando um Quadro de Bárbara Maix
Bárbara era extremamente comprometida com aquilo que acreditava ser sua missão religiosa, ela sentia ser seu dever cuidar dos pobres e necessitados. A Congregação acolhia a todas as mulheres que ali buscavam asilo, e reunidas naquele local eram cuidadas. Elas também tinham o trabalho de educar as mais jovens, e também cuidar dos doentes que apareciam. Nas primeiras vezes que começaram a fazer trabalhos pastorais, foram visitar colégios da região, onde encontraram crianças pobres, que na maioria das vezes não possuíam casa própria, e passavam por dificuldades, inseguranças e privações.
Na época em que ela viveu no Brasil, o cuidado a essas pessoas mais necessitadas não era responsabilidade do Estado, por isso notava-se uma carência daquelas pessoas ainda maior do que vemos nos dias de hoje. Além do mais o pais passava por epidemias de diversas doenças e agravavam-se as consequências da Guerra do Paraguai. Madre Bárbara assumiu a missão de prestar serviços em diversos Asilos do Império, sendo eles o Asilo de Niterói, O Asilo de Pelotas e o de Porto Alegre, dessa forma as Irmãs da congregação cuidavam das vítimas da guerra e dos empestados. Em mi oitocentos e cinquenta e quatro assumiram um orfanato em Niterói, chamado Asilo Santa Leopoldina, nome dado em homenagem a mãe do imperador.
Apesar da Madre Bárbara ser um exemplo que todos desejavam seguir, algumas poucas pessoas começaram a criar problemas em relação ao seu comando, dividindo de certa forma a comunidade que haviam criado. Durante algum tempo houveram lutas e diversas contradições, até que em certo momento as Irmãs do Asilo de Pelotas decidiram separar-se da Congregação, motivadas por suas opiniões contrárias a posição da fundadora.
Em Porto Alegre, as Irmãs da Congregação foram chamadas para dirigir um Recolhimento, onde eram cuidados recém-nascidos que foram abandonados por seus pais. Algumas das pertencentes a Congregação alegaram que os métodos impostos pela Madre Bárbara eram demasiados rígidos, eu que ela extrapolava suas funções, dessa forma se juntaram e apresentaram acusações contra a Fundadora da Congregação ao Dom Sebastião Dias Laranjeira, que era Bispo do Rio Grande do Sul. O Bispo decidiu então fazer uma visita canônica ao Asilo Providência, em dezembro de mil oitocentos e setenta, e lá decidiu nomear uma nova superiora local.
Com dessas críticas infundadas, e do sofrimento a que Madre Bárbara foi exposta, devido a ser acusada pelas suas próprias Irmãs, ela aceitou esse fardo, e deixou a cidade de Porto Alegre, deixando aquelas irmãs cartas, onde oferecia a todas o seu perdão.
Apesar de todo esse transtorno, a Congregação do Imaculado Coração de Maria se espalhou pelo país, crescendo a sua boa fama pelas ações daquelas irmãs. Aumentou assim a demanda de pessoas que as procuravam, sendo admitidas várias novas integrantes para ajudar nessa bonita missão.
Bárbara Maix Junto a Criancinhas
Após partir de Porto Alegre, no dia trinta e um de dezembro de mil oitocentos e setenta, Madre Bárbara se instalou no Rio de Janeiro, e assumiu a Escola Doméstica, que era destinada a acolher jovens mulheres órfãs. Permaneceu ali até o mês de fevereiro de mil oitocentos e setenta e três.
Morte
Madre Bárbara Maix faleceu na cidade do Rio de Janeiro, primeiro local que ela conheceu no Brasil. No seu último mês de vida, morava numa casa emprestada com outras quatro religiosas. Apesar de jovem, ela possuía apenas cinquenta e quatro anos, sua saúde era frágil, pois era acometida por problemas de asma, e também problemas cardíacos.
No dia dezessete de março de mil oitocentos e setenta e três, após uma missa, Bárbara se sentiu um pouco mal, foi levada para a casa e sentou se na sua cadeira de braços, ali faleceu com um sorriso nos lábios.
A partir de sua morte, suas acusadoras reconheceram que erraram com ela. Foram encontrados entre as correspondências que Madre Bárbara guardava, uma carta onde uma de suas Irmãs, Madre Jacinta, havia contado a verdade sobre os ocorridos que levaram a retirada da Fundadora como superiora geral, retratando-se e pedindo perdão a ela, e enviado às autoridades eclesiásticas e ao Imperador. Bárbara recebeu essa carta e a guardou, para que evita-se a humilhação de suas Irmãs.
Em mil novecentos e cinquenta e sete, os restos mortais de Bárbara Maix foram transportados para Porto Alegre, e colocados na Capela de São Rafael, no centro da capital.
Beatificação
O Processo de Beatificação deu início no ano de mil novecentos e noventa e três. Mas foi somente em vinte e nove de abril e dois mil e três que ele recebeu a aprovação da comissão histórica da Congregação da Causa dos Santos. Depois disso, veio o decreto de suas virtudes heroicas, no dia três de julho de dois mil e oito.
Para finalizar o processo de beatificação é necessário que se comprove um milagre, a aprovação do milagre que levou a beatificação de Bárbara Maix ocorreu no dia vinte de sete de março de dois mil e dez.
O milagre em questão ocorreu no Rio Grande do Sul, no ano de mil novecentos e noventa e quatro. Onorino Ecker era uma criança de quatro anos de idade, que sofreu queimaduras de terceiro grau enquanto brincava com os irmãos. O menino foi levado a pé para o hospital, que ficava a cerca de quinze quilômetros de sua casa. Ao chegar no hospital sofreu convulsões, e seu caso foi dado como perdido. Uma enfermeira que estava presente era membro da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, e iniciou junto aos pais do garoto uma novena em intercessão da fundadora Bárbara Maix. A criança se recuperou de forma extraordinária, recebendo alta no mesmo mês, e totalmente curado.
A celebração de sua beatificação ocorreu no dia seis de dezembro de dois mil e dez, na cidade de Porto Alegre, presidida pelo elo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, o arcebispo Dom Angelo Amato.
