Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em vinte e seis de maio de mil novecentos e quatorze, Em Salvador, ela é mais conhecida como Irmã Dulce, ou Beata Dulce dos Pobres, também há chamavam simplesmente do “anjo bom da Bahia”, ela se destacou por suas ações de caridade e assistência social durante sua vida.
Desde criança Maria Rita rezava muito, ela tinha vontade de seguir a vida religiosa, porém tinha duvida se seu caminho era se casar, ela pedia então sinais a Santo Antônio (conhecido como santo casamenteiro). Porém aos treze anos de idade ela começou a visitar áreas carentes com uma tia, e passou então a manifestar maior desejo por seguir a vida religiosa, a partir de então ela passou a ajudar os mendigos, enfermos e qualquer necessitado que encontrava, levando-os inclusive para sua casa para melhor trata-los. Nessa mesma idade ela tentou entrar para o convento de Santa Clara do Desterro, por ser ainda muito jovem, ela então voltou a estudar, porém foi aos poucos transformando sua casa num centro de atendimento as pessoas necessitadas, com o apoio dos familiares. A casa ficou conhecida como “a portaria de São Francisco” pois em sua porta se aglomerava um grande número de necessitados.
Maria Rita se formou professora primária, no ano de mil novecentos e trinta e dois, e no ano seguinte entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, após seis meses de noviciado professou seus votos de fé, tomou o hábito de freira e recebeu o nome de Irmã Dulce, em homenagem a sua mãe. Em mil novecentos e trinta e quatro ela recebeu sua primeira missão religiosa, ensinar em um colégio mantido pela congregação em Salvador, além de ajudar as comunidades pobres.
Fundou em mil novecentos e trinta e seis, aos vinte e dois anos, com parceria do Frei Hildebrando Kruthanp, o primeiro movimento cristão operário da Bahia, depois fundou o Círculo Operário da Bahia, que tinha como função a defesa dos direitos dos operários, além da difusão das cooperativas e promoção cultural destes. No ano de mil novecentos e trinta e nove inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado para a educação dos filhos de operários.Para abrigar doentes ela invadiu cinco casas abandonadas, porém foi expulsa por cometer tal ato, assim ela passou a procurar locais onde ajudava os doentes, até que uma década depois, ela encontrou no galinheiro do Convento de Santo Antônio um local onde poderia abrigar os menos favorecidos. Atualmente o local abriga o Hospital Santo Antônio, que atende cerca de cinco mil pacientes diariamente, tendo um centro médico, social e cultural voltado para os pobres.
Ela também fundou a instituição filantrópica “Obras sociais de Irmã Dulce”, que é uma das maiores do país. Ela ficou conhecida em todo o país pelas suas obras. Em mil novecentos e oitenta o Papa João Paulo II veio ao país e a convidou para subir ao altar para receber uma benção especial, entregando-lhe um rosário e falando “Continue, Irmã Dulce, continue.” E ela realmente continuou com seus trabalhos, seu hospital foi crescendo cada vez mais. Em mil novecentos e oitenta e oito o então presidente do Brasil José Sarney a indiciou para o prêmio Nobel da Paz.
Em mil novecentos e noventa e um se encontrou novamente com o Papa, que a foi visitar no convento, já que ela se encontrava doente e acamada. Irmã Dulce morreu em mil novecentos e noventa e dois, por problemas respiratórios, nos últimos dias de vida ela tinha setenta por cento da sua capacidade respiratória comprometido. Todos os brasileiros e principalmente os baianos sofreram muito com sua morte.
No ano de dois mil o Papa João Paulo II a declarou como Serva de Deus. Em dois mil e nove ela foi reconhecida como venerável. Em dois mil e dez o corpo de Irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estágio do processo de beatificação, que foi anunciado em dezembro desse ano, quando foi confirmado um milagre ocorrido por meio da intercessão a ela, o milagre se deu por uma mulher sergipana, que após sofrer uma hemorragia pós parto já havia sido desenganada pelos médicos e se recuperou após pedir a irmã Dulce.
Oração a Irmã Dulce
“Senhor Nosso Deus, recordando a vossa Serva Dulce Lopes Pontes, ardente de amor por vós e pelos irmãos, nós vos agradecemos pelo seu serviço a favor dos pobres e dos excluídos. Renovai-nos na fé e na caridade, e concedei-nos a seu exemplo vivermos a comunhão com simplicidade e humildade, guiados pela doçura do Espírito de Cristo, Bendito nos séculos dos séculos. Amém”
Frases da Irmã Dulce
- “Tudo o que acontece no universo tem uma razão de ser; um objetivo. Nós como seres humanos, temos uma só lição na vida: seguir em frente e ter a certeza de que apesar de as vezes estar no escuro, o sol vai voltar a brilhar.”
- “Ame simplesmente, porque nada nem ninguém pode acabar com um amor sem explicação!”
- “Tudo se torna mais fácil quando se tem fé. Não uma fé oscilante, mas uma fé firme naquele que tudo pode e tudo nos concede.”
- “Obra de Deus não se interrompe, porque Ele não permite. Se foi Deus quem construiu o hospital, por que haveria de sofrer interrupção? Eu nada fiz, porque nada sou. Quem faz tudo é Deus, nunca se esqueça disso”
- “Habitue-se a ouvir a voz do seu coração. É através dele que Deus fala conosco e nos dá a força que necessitamos para seguirmos em frente, vencendo os obstáculos que surgem na nossa estrada”.
- “Procuremos viver em união, em espírito de caridade, perdoando uns aos outros as nossas pequenas faltas e defeitos. É necessário saber desculpar para viver em paz e união”.
- “O corpo é um templo sagrado. A mente, o altar. Então, devemos cuidá-los com o maior zelo. Corpo e mente são o reflexo da nossa alma, a forma como nos apresentamos ao mundo e um cartão de visitas para o nosso encontro com Deus”