O polonês Karol Józef Wojtyła entrou para a história da Igreja Católica como Papa João Paulo II, o Papa peregrino tendo viajado pelo mundo divulgando a fé cristã. Nascido em Wadowice no dia 18 de maio de 1920 faleceu no Vaticano em 2 de abril de 2005. O seu pontificado foi o terceiro mais longo da história tendo durado 26 anos, 5 meses e 17 dias. Apenas os papas São Pedro (37 anos de papado) e Pio IX (31 anos) superaram sua marca.
Um dos líderes mais relevantes do mundo durante sua atuação como Papa contribuiu para o fim do comunismo na Polônia e talvez em toda a Europa. Foi um grande baque o anúncio de seu falecimento em 2005. A seguir vamos contar um pouco mais sobre o falecimento desse grande nome da Igreja.
Como o Papa João Paulo II Morreu?
O falecimento de São João Paulo II, no dia 2 de abril de 2005, às 21h37, se deu em decorrência de um colapso cardiocirculatório consequência de uma infecção urinária que havia sido identificada anteriormente. A ocorrência se deu na noite anterior ao Domingo da Divina Misericórdia que curiosamente foi uma instituição do seu pontificado.
Nos últimos dias de vida o Papa estava com grande dificuldade para se alimentar tendo utilizado uma sonda nasal. Os especialistas que o atenderam acreditam que suas dificuldades respiratórias e para se alimentar eram devido a doença de Parkinson. João Paulo II tinha 84 anos de idade.
O Funeral do Papa João Paulo II
João Paulo II era um Papa muito bem quisto tanto pelos chefes de estado (75 compareceram ao seu funeral incluindo príncipes, presidentes e outras lideranças) quanto pelo povo, o que explica a população de Roma ter dobrado nessa ocasião. Levou mais de 24 horas para que o corpo do Papa pudesse ser visto pela população que compareceu. Houve um grande silêncio em plena Praça de São Pedro lotada.
Funeral do Papa João Paulo II
Últimas Palavras
De acordo com o relatório do Vaticano a respeito da morte de João Paulo II as suas últimas palavras foram proferidas em polonês. O Papa teria murmurado quase em forças, seis horas antes do seu falecimento, a seguinte frase em seu idioma natal: “Deixai-me ir à casa do Pai”. Para o jornal romano “La Repubblica”, um sacerdote polonês chamado Jarek Cielecki disse que a última palavra dita pelo Papa foi “Amém”.
Oração dos Fiéis
O Cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário pessoal de João Paulo II há mais de quatro décadas e então Arcebispo de Cracóvia, assegurou que o Papa ouvia a oração de milhares de fiéis que se reuniram para fazer vigília na Praça de São Pedro alguns dias antes do seu falecimento. Algo que certamente trouxe tranquilidade para o Papa na sua despedida.
Última Bênção
No dia 30 de março de 2005, uma quarta-feira, o Papa João Paulo II apareceu na janela para dar a bênção para os fiéis. Foi um momento marcante, pois o religioso estava sofrendo de déficit nutricional e fraqueza após ter passado por uma internação hospitalar.
No domingo anterior ele havia tentado dar a bênção “Urbi et Orbi”, porém, tebe grandes dificuldades em decorrência de seu delicado estado de saúde. A população que estava o observando na janela aplaudiu fervorosamente seu esforço. Infelizmente nenhuma das tentativas de bênção na janela obteve êxito, mas serviu para que a população de certa forma pudesse se despedir do Papa.
Papa João Paulo II no Fim da Vida
Concelebração da Missa em Agonia
No relatório do Vaticano consta que João Paulo II esteve de olhos fechados durante quase toda a realização da Missa de 31 de março de 2005. No entanto, quando chegou o momento da consagração o santo padre levantou sua mão direito duas vezes, quando se ergue o pão e o vinho. João Paulo II teria ainda feito um gesto demonstrando que tentava bater em seu peito enquanto era recitada a oração do Cordeiro de Deus. No mesmo dia o Papa recebeu o sacramento da Unção dos Enfermos pelo Cardeal Marian Jaworski que era seu amigo desde a juventude de ambos na Polônia.
Primeira Tentativa de Assassinato
No dia 13 de maio de 1981, o Papa João Paulo II, foi baleado com gravidade pelo atirador turco Mehmet Ali Ağca. Tendo perdido cerca de três quartos de sangue foi levado para a Policlínica Gemelli com chances de não se salvar. Sobre esse episódio o Papa disse que conseguiu passar pelo calvário com a ajuda de Nossa Senhora de Fátima.
No dia 2 de março de 2006, a Comissão Mitrokhin criada por Silvio Berlusconi para apurar o ocorrido concluiu que o atentado foi planejado pela União Soviética como uma retaliação do envolvimento do Papa no movimento de trabalhadores pró-democracia. O relatório concluiu que foi a inteligência militar soviética (Glavnoje Razvedyvatel’noje Upravlenije) a responsável e não a KGB. Em 1983 o Papa visitou o atirador na prisão e conversou com ele por cerca de 20 minutos.
Segunda e Terceira Tentativas de Assassinato
Em 12 de maio de 1982 (um dia antes da primeira tentativa de assassinato completar um ano) o Papa novamente foi alvo de um atentado, dessa vez um homem tentou esfaqueá-lo com uma baioneta durante sua visita a Fátima, em Portugal. O ex-padre espanhol Juan María Fernández y Krohn tentou ferir o Papa João Paulo II por acreditar que ele era um agente comunista a mando de Moscou.
Dessa vez os seguranças detiveram a ameaça, no entanto, o Cardeal Stanisław Dziwisz revelou que o Papa foi ferido sem gravidade, mas conseguiu ocultar esse fato para não causar comoção. Em 1995 o Papa foi um dos alvos da operação Bojinka, da Al-Qaeda, que seria realizada durante sua visita as Filipinas. Um homem bomba disfarçado de religioso deveria se aproximar de João Paulo II. Contudo, uma semana antes os terroristas foram presos após um incêndio acidental.
Canonização
Canonização de João Paulo II
Em 1° de maio de 2011, João Paulo II, foi beatificado e em 27 de abril de 2014 foi realizada a cerimônia de canonização. O seu processo de canonização foi um dos rápidos da história. O Papa João Paulo II marcou a história da Igreja Católica e do mundo com sua boa vontade e desejo de fazer o bem.
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