A religião é um assunto de extrema importância ao mundo, já que, por meio dela, a sociedade veio se moldando e se tornando o que é hoje. Podemos dar um bom exemplo disso com a formação da sociedade moderna da Europa sob as mãos cristãs do catolicismo. Durante vários séculos, a ICAR- Igreja Católica Apostólica Romana- dominou a paisagem europeia no quesito religião, sendo que, na época das cruzadas e das Grandes Navegações, espalhou-se pelo velho e pelo novo mundo.
Por falar no catolicismo, é importante ressaltar que essa é a maior vertente do Cristianismo, sendo seguido de perto pelo Protestantismo e pela Igreja Ortodoxa. No mais, o Cristianismo angaria cerca de 30% da população mundial, ou algo como 2,2 bilhões de pessoas.
Abordando mais intimamente o catolicismo, que se caracteriza pela veneração a Nossa Senhora e a vários santos, sem tirar as grandes e primeiras importâncias, que são Deus e Jesus Cristo, iremos falar nesse artigo sobre uma das peças chave que está presente na bíblia e na narrativa de Cristo. Estamos falando sobre João Batista, o São João. Nesse artigo, você irá conhecer um pouco mais da vida dessa personagem que era importante para os preceitos bíblicos. Vamos lá?
A Origem e Infância de João Batista
João Batista, segundo dados históricos e a própria Bíblia, nasceu no ano de 2 antes de Cristo, sendo filho de Zacarias e de Isabel, a prima na qual Maria permaneceu durante três meses, para auxiliá-la, já que Isabel havia engravidado de surpresa. Era profeta, sendo que muitos cristãos o consideram como o introdutor da religião e do tom messiânico de Jesus, ou seja, ele anunciava que o Messias estava próximo. João, como já dito, tem muita importância, inclusive em seu nome, já que João significa “Deus é propício”. O sobrenome Batista advém de sua pregação sobre a necessidade de se batizar, tendo realizado vários batizados, todos no Rio Jordão. Além de batizar vários judeus, batizou também Jesus Cristo, quando este iniciou sua caminhada pública.
João Batista nasceu em uma aldeia que ficava localizada a pelo menos 6 quilômetros da cidade sacra de Jerusalém. Seu crescimento deu-se com todo o aparato e suporte dado pelos pais, que o educaram sobre os preceitos religiosos que seguiam. Aos seis anos de idade, foi decidido que Batista deveria ser educado segundo as normas comuns daquela época, ou seja, frequentar uma escola. Entretanto, em Judá, não havia uma instituição de ensino, o que fez os seus pais se encarregarem de ensiná-lo a escrever e a realizar leituras, além de ensinamentos regulares, como o trabalho.
Desde pequeno, João era visto como um consagrado perante Deus. Aos 14 anos, quando a maioria dos jovens de sua idade iria para sinagogas após terem completado o ciclo inicial de educação, Batista foi levado a uma escola de educação nazarita em Engedi, pois, como já se sabe, em Judá não havia uma escola.
João perdeu o pai nessa época, já que consta em documentos que Zacarias faleceu por volta do ano 12 d.C. Por conta de tal acontecimento, Isabel, que era dona de casa, ficou como dependente de João. Naquela época, era comum o filho mais velho tomar conta da casa na ausência do pai, seja por causa temporária ou permanente, esse último sendo o caso de Zacarias, pai de João.
Deve-se frisar que esse fator se aplicava somente aos casais que tinham mais de um filho, o que era diferente na família de João, já que ele era o único filho de Zacarias e Isabel. Antes desse acontecimento, João tinha feito votos de origem nazarita que implicavam no não consumo de bebidas intoxicantes – leia-se: bebidas alcoólicas, deixar a barba e cabelo crescerem, além de nunca poder tocar em pessoas falecidas. Para que tais votos fossem efetivamente aceitos, as oferendas necessárias foram entregues no templo em Jerusalém.
Por causa disso, João resistiu muito, e, depois de muito persistir, conseguiu evitar tocar seu pai após à morte. Isso mostra que João Batista era muito ligado Às tradições e, também, aos votos firmados por ele.
Engedi, para onde Batista foi mandado ao final do primeiro ciclo educacional, situava-se às margens do oponente Mar Morto, e era comandado por um homem cujo nome era Ebner. Batista levava uma vida bastante simples, trajando roupas feitas a partir de pele de camelo e um cinto de couro, além de se alimentar apenas de plantas e de mel silvestre- uma curiosidade é que, as plantas eram conhecidas como “gafanhotos”, sendo essas que eram do consumo de Batista- além de, claro, pregar por onde ia, as palavras de Deus.
Depois de completar o ciclo de educação, Batista passou a peregrinar pelos lugares, fazendo discursos e mostrando ao povo judeu que o Messias estava próximo. Chegou a ser chamado de reencarnação de Elias, fazendo referência ao profeta Elias, que também pregava a chegada de um Messias, enviado especialmente por Deus ao seu povo. A sociedade argumentava que o discurso de João se equiparava muito ao de Elias, e por isso atribuíram-lhe tal alcunha.
Os batizados naquela época não foram uma mera invenção de Batista – era uma cerimônia que ocorria regularmente – mas que foi reforçada por ele como uma maneira de se aproximar de Deus, redimindo de seus pecados e se tornando corpo da religião divina. Passou a batizar aqueles que o ouvia no Rio Jordão, hoje se tornando local para peregrinação cristã, onde muitas pessoas se batizam.
Ao batizar os Judeus, Batista batizou aquele que sempre reconheceu como Messias, o próprio Jesus Cristo. Ao completar 30 anos, e, iniciando sua vida pública, Jesus procurou João Batista para ser batizado. No momento do batizado de Cristo, João ouviu uma voz divina que dizia que este “era o seu filho amado, e nele coloco toda minha complacência”. E, nesse momento, uns casais de pombas saíram voando de dentro do rio, sinalizando que o Espírito Santo estava ali no momento do batismo.
João acabou sendo morto aos 28 anos a mando do Rei Herodias. Sua prisão e morte eram colocados como uma “revolução” por seus algozes.
