Sufismo

A religião é um dos assuntos mais polêmicos de todo o mundo. Isso porque o planeta é essencialmente religioso. Isso pode ser comprovado pelo grande número de seitas e doutrina que se declaram como uma religião: há mais de 3 mil delas no planeta.  E, desse vasto leque religioso, três e destacam, sendo eles o Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo.

O Cristianismo, por falar nisso, é a maior religião do planeta, tendo em sua base de fiéis mais de 2,2 bilhões de pessoas, sendo esse número tão grande que corresponde a mais ou menos 30% da população mundial. Em segundo lugar, mas não muito longe, segue o Islamismo, que detém 21% da população mundial em seu número de adeptos e, mais longe um pouco, o Hinduísmo.

O Islamismo, por sua vez, é uma das religiões que mais crescem atualmente.  Os ideais islâmicos vem cada vez mais conquistando adeptos, sobretudo os que residem na Europa, sendo o país da França um dos redutos onde mais se encontram muçulmanos no continente.

No nosso artigo de hoje, iremos falar um pouco sobre o Sufismo, que é uma vertente islâmica muito conhecida entre os praticantes da religião. Além disso, você irá ficar dentro de assuntos interessantes relacionados à religião. Vamos lá?

Antes de Tudo, um Pouco do Islamismo

O Islamismo pode ser visto como uma das religiões mais seguidas e conhecidas de todo o planeta. Como já dito anteriormente, ela é a segunda maior religião, ficando atrás apenas do Cristianismo. No entanto, ela é a vertente religiosa que mais cresceu nos últimos tempos, se espalhando, praticamente, para todos os quatro cantos do planeta.

A religião islâmica tem como símbolos principais Deus, que é chamado de Alá por eles, além do profeta Maomé e o livro sagrado Alcorão. Maomé, portanto, pode ser considerado como o “Jesus” islâmico e o Alcorão, como a Bíblia, livro cristão que é o mais comercializado do mundo. Para se ter uma ideia, a cada 50 segundos, uma Bíblia é comercializada em algum lugar do planeta.

Os muçulmanos, como são chamados aqueles que professam a fé islâmica, acreditam que Maomé foi o último dos principais profetas que passaram pela Terra. Diferentemente de alguns pensamentos, Jesus também é visto pelos islâmicos como um profeta, mas sem a importância de Maomé, já que acreditam que o fundador do Cristianismo “preparou terreno” para a vida de Maomé, que se deu em 570 depois da morte de Cristo.

Para que o Islamismo seja praticado em sua plenitude, é necessário que os adeptos da prática sigam os pilares essenciais da religião, que são os seguintes:

  • Realizar orações cerca de cinco vezes ao dia;
  • Aceitar e recitar a crença, isso é, afirmar a sua posição de aceitação do Islamismo;
  • Dar esmolas aos templos;
  • Realizar peregrinações e visitas a Meca, pelo menos, uma vez por ano (esse pilar só é preciso fazer quem tiver disponibilidade financeira e/ gozar de boa saúde).
  • Ficar atento e seguir à risca o jejum no Ramadão.

É necessário salientar também que, assim como outras religiões, o Islamismo também possui várias vertentes, cada uma com alguma característica que diferencie das demais, mas sem desviar do foco principal, que a exaltação de Deus, Maomé e do Alcorão.

O Sufismo

O Sufismo é definido como uma vertente do Islamismo, considerada também como uma corrente mística e que contempla o Islão.  Os sufis, como são chamados aqueles que praticam os preceitos do Islão procuram, em seus encontros, exaltar uma união direta e bastante íntima com Deus, fazendo uso das práticas espirituais deixadas por Maomé, além de orações e jejuns. Outros meios de exaltarem a religião é por meio de danças e canções, cujas veracidades por parte da religião islâmica são alvo de contestação por alguns praticantes da fé islâmica.

Como já deve ser de conhecimento, o Islamismo é dividido em duas correntes principais, que são o xiismo e o sunismo. O sufismo, por sua vez, tem incidência maior nos sunitas do que nos xiitas.

Em um apanhado geral, o sufismo nada mais é do que uma ramificação do Islão, que tem por objetivo tratar dos aspectos que estejam ligados à prática religiosa e a ética que a envolve. Quando se fala em fatos internos, isso remete ao conhecimento dos variados níveis da espiritualidade, deixando o coração, fator primordial da alma humana, por último.

A história do sufismo é bastante antiga, onde se acredita que o mesmo teve até influencias cristãs em seu processo. O seu nome se dá pelo prefixo “suf”, que, segundo alguns estudiosos, significa “lã”, em árabe. Os pesquisadores descobriram também que os moradores da região da atual Palestina e Síria utilizavam essas vestes como sinal de humildade e simplicidade, no qual o produto originário das ovelhas também tinha significados espirituais para os islâmicos.

No entanto, não são todos os pesquisadores que partilham da mesma opinião. Alguns acreditam que “Suf” tenha origem da palavra árabe “safa” que remete a um estado de tranquilidade e pureza. Por mais que os estudos dos autores divergem entre sim, um consenso entre eles é que sufixo tem ancestrais no Egito Antigo, já que o árabe é uma mistura de línguas desse local que é um dos mais fascinantes em termos de antiguidade. Entretanto, não se pode confundir o fato de que o Sufismo seja oriundo da cultura egípcia, já que esse deve ser considerado como “atemporal”.

Em resumo, o sufismo tem se organizado em uma via de cunho espiritual da vertente islâmica, sendo que esse caminho fora trilhado por todas as virtudes e coisas boas que  o indivíduo tenha semeado pela sua vida. Esse caminho é denominado pelos “Sufi” como “dhirk”, que nada mais significa do que uma lembrança que remete a Deus.

O sufismo se iguala a tantas outras vertentes religiosas, mesmo as que não são islâmicas, por causa do seu lado místico e espiritual, já que, em toda religião, é comum a presença de tais vertentes que induzam o pensamento espiritual da pessoa, bem como o entendimento de sua missão mística no planeta Terra. Até mesmo no Cristianismo, há correntes espíritas que buscam unir os preceitos de Deus com as noções de reencarnação e a aceitação da existência de vidas passadas.

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Categoria(s) do artigo:
Religiões

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