Atonismo

A religião é um dos assuntos mais polêmicos existentes no mundo hoje. Isso porque, o planeta é essencialmente religioso, sendo mais da metade dos habitantes daqui adeptos de alguma seita ou doutrina religiosa. Para se ter uma ideia, mais de 3 mil doutrinas e seitas são consideradas religiões, sendo que a maior religião desse leque é o Cristianismo, seguido pelo Islamismo e Hinduísmo. Somente os cristãos e islâmicos já superam os 50% da população mundial.

Atonismo

Atonismo

Como já dito, o Cristianismo é, de longe, a maior religião de todo o planeta Terra, tendo mais de 2,2 bilhões de adeptos que estão espalhados para todos os cantos do planeta. E, a religião é dividida em várias vertentes, sendo as principais o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa, sendo que a primeira delas é a maior e mais conhecida, talvez por ter sido a primeira a existir. No entanto, a religião Islâmica vem apresentando uma grande taxa de crescimento durante os anos, o que pode torna-la maior que o Cristianismo em alguns anos.

O nosso artigo de hoje irá falar sobre uma religião que não é muito conhecida, mas também está presente em vários locais: o Atonismo. Aqui, você vai aprender um pouco mais sobre ele, bem como algumas informações interessantes sobre o tema. Vamos lá?

O Atonismo

O atomismo é a primeira religião reconhecida como monoteísta na história humana, (também conhecida por henoteísta) no qual a religião promovia a adoração do Deus Aton, que nada mais era do que o disco solar. Era comum, antigamente, associarem a estrela do sistema solar como uma divindade a ser respeitada e cultuada.

As primeiras referências a Aton como Deus aparecem em documentos escritos durante a XII dinastia do Egito, na história de Sinué. Quando da existência do Império Médio, Aton passou a ser apenas um dos vários aspectos do também deus sol Rá.  Relativamente sendo um deus obscuro, Aton foi se tornando cada vez menos importante durante a XVI Dinastia do Egito.

No entanto, antes de cair no esquecimento, o atonismo foi importante para vários segmentos egípcios. No reinado de Aquenatón, por exemplo, o deus foi o único elevado à uma divindade, não existindo outros, portanto, compartilhando do mesmo status de deus egípcio.

Entre os anos de 1348 e 1346 antes do nascimento de Jesus Cristo, Amenófis IV implementou em seu reinado no Egito o atonismo, instituindo, assim, Aton como o deus a ser louvado e idolatrado pelos seus súditos.  Antes, no entanto, o rei tinha dado carta branca aos outros deuses que eram louvados como deuses supremos, os chamados “deuses tradicionais”. Para que a mudança chegasse a todos os súditos, reafirmando a liderança de Amenófis, o nome de Aton passou a ser escrito em um formato de cartela que era reservado somente a faraós. Tal ação realmente conseguiu atrair a atenção de todos para o poder do novo imperador.

No quinto ano do reinado do faraó, foi erguida a capital Aquetaton, que, em egípcio, significa “Horizonte do Aton”, ou seja, outra clara referência ao deus do atonismo (hoje passou a ser conhecida por Amarna).  A prova da fundação da capital com esse nome está comprovada pelas existências de estrelas de fronteiras localizadas perto da cidade. Nessa mesma época de fundação da capital, o imperador mudou seu nome para Aquenáton, que significa “filho de aton”, em mais um ato para demonstrar que a religião tinha sido criada para ficar. O evento que marcaria o dia da mudança de nome foi realizada ,segundo os historiadores, no dia 2 de janeiro desse ano.

Já no ano em que se completavam sete anos que o imperador estava no poder, a capital foi transferida da cidade de Tebas para Aquenáton, ou seja, a construção do novo poderio econômico e político do reinado do imperador estavam concluídos.

Muito se tem especulado o porquê das mudanças tanto de nome do faraó quanto da capital, isso é, quando o poder econômico e político passou para a outra cidade que estava sendo construída. Muitos historiadores argumentam que a mudança tenha algum significado que esteja relacionado ao renascimento, ou seja, com as novas mudanças, o imperador estava propondo uma nova era de cultura, deixando para trás (matando) os outros costumes religiosos e econômicos.

No nono ano de governo, porém, que o atonismo viveu o seu apogeu. Naquele ano, sentindo que a mudança tinha sido concretizada com sucesso, o imperador ordenou que Aton fosse elevado ao posto de não somente divindade suprema, mas sim universal e maior do que todos os outros existentes. Com isso, os cultos a outros deuses passaram a ser proibidos pelo reinado. Para se ter uma ideia, nem a veneração de ídolos da época era permitida, independente do local da realização, se era em casa ou na rua. Era terminantemente proibido. Foi a partir daí que a vertente monoteísta, isso é, o culto a um único e poderoso Deus, passou a existir e perdurar até os dias de hoje.

O atonismo entrou em decadência quando o imperador, que já estava obcecado com a nova religião, passou a dar prioridade a assuntos ligados à doutrina do que os outros que tinham interesses de assunto importante para o funcionamento do Estado. Pela recusa do imperador em deixar a religião de lado, a administração do reino passou por uma grave e profunda crise, onde se faltaram alimentos, recursos, entre muitas outras coisas. Reis que pediam subsídios para os seus reinos não eram atendidos, justamente por essa ligação com a religião. Outro motivo pelo qual o imperador possa ter deixado de lado a vida administrativa foi o fato que sua esposa Nefertiti possa ter sucumbido a uma pandemia que atingiu a região em uma época do seu império, segundo alguns escritos daquele ano.

Somente com a morte do imperador, é que o Atonismo deu seu último suspiro, e caiu em desuso por completo.

Por conta de sua orientação monoteísta, o atonismo é ligado com várias seitas religiosas atuais, como o judaísmo e o cristianismo, na qual praticam o louvor e veneração a um só Deus, que julgam ser universal, que está presente em todos os lugares, tem o senso de justiça e, principalmente, é generoso.

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Categoria(s) do artigo:
Religiões

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