O assunto religião é um dos mais abordados em rodas de debates no Brasil e, quem sabe, até mesmo no mundo. Isso porque a religiosidade é uma essência humana. Tamanha é a influência da religião na sociedade, que a maior parte da população segue alguma doutrina ou seita que são consideradas religiões.
O Cristianismo é a maior religião das mais e 3 mil existentes, e é seguida pelo Islamismo e pelo Hinduísmo. A religião Cristã angaria mais de 30% da população mundial – algo em torno de 2,2 bilhões de habitantes- dividida entre as suas vertentes, nas quais podemos destacar as três maiores, que são o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa.
Apesar de o Cristianismo ser a maior religião do mundo atualmente, outras vertentes vêm apresentando um crescimento com o passar dos anos. É o caso do Islamismo, que é a segunda maior religião do mundo. E, no nosso artigo de hoje, iremos falar um pouco do Xiismo, que é uma das várias vertentes islâmicas. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre elas, além de, claro, obter algumas informações interessantes acerca dela. Vamos lá?
A Origem do Xiismo
O Xiismo é, segundo pesquisas, a segunda maior vertente islâmica, ficando atrás apenas dos sunitas, que é o maior ramo e angaria 84% dos muçulmanos, enquanto que o xiismo fica com a parcela restante, de 16%.
Uma das diferenças entre os xiitas e os sunitas é que a primeira vertente considera que Ali, além de primo, genro de Maomé, é o seu legítimo substituto. Sobre os três califas sunitas que assumiram a liderança islâmica após a morte de Maomé, os xiitas os consideram ilegítimos.
A divisão entre os muçulmanos xiitas e sunitas se deu na época da sucessão de Ali, por conta de divergências na escolha do novo representante da liderança islâmica.
A dispersão geográfica dos xiitas no mundo é bastante grande, tendo eles presença em todos os lugares do planeta. O país do Irão, por exemplo, tem quase toda sua totalidade de habitantes convertidos para o Xiismo islâmico; já em Omã, por exemplo, dos mais de 3, 1 milhões de habitantes, apenas 31 mil são adeptos do xiismo islâmico, algo em torno de 1% da população.
Grandes populações xiitas podem ser encontradas na Arábia Saudita, no Líbano, no Bahrein, no Iêmen, no Azerbaijão, entre muitos outros lugares.
Assim como o cristianismo, que é dividido em vertentes, o xiismo também tem ramos principais dentro dele. Podemos destacar os ismaelitas, os zaiditas e os Xiitas dos Doze Imames. Tais movimentos existem dentro do Xiismo porque há uma grande dificuldade em aceitar alguns dos preceitos pregados por algum movimento específico dentro da religião, assim como acontece no cristianismo.
Os zaidistas, por exemplo, acreditam que Zayd, irmão de al-Baquir, é o Imã legítimo, ao contrário do restante dos muçulmanos, que creditam tal posto a al-Baquir. Por conta disso, os muçulmanos que acreditam em Zayd como o verdadeiro Imã, são chamados de zaidistas. No entanto, os muçulmanos que não reconheciam em Zayd uma autoridade, continuaram convivendo pacificamente com os outros xiitas por um certo tempo.
Para quem não sabe, Imã é a palavra que designa os principais líderes religiosos do Islamismo que em algum período, ocuparam o lugar que foi de Maomé, no início da seita. Assim aconteceu também com os ismaelitas, que não concordaram com algumas escolhas de Imãs tanto do lado dos Xiitas dos Doze Imames. Atualmente, quando se fala em xiitas, refere-se somente aos Doze Imames, pois eles são maioria dentro do Xiismo.
Por falar neles, os Xiitas dos Doze Imames acreditam em um Imã que está oculto por ora e, num momento propício, retornará. Tal momento seria, segundo os xiitas, quando o fim do mundo se aproximasse. Tal Imã é Muhammad al-Mahdi, que, embora esteja oculto, segundo os xiitas, ainda manda mensagens aos seus fieis. Alguns acreditam que, quando o tempo do Imã chegar, ele regressará á humanidade, acompanhado do Profeta Jesus (É o mesmo Jesus do cristianismo, mas no Islamismo, ele é um profeta assim como os profetas que vieram antes de Jesus, poiso verdadeiro messias, para eles, foi Maomé).
Uma Breve Introdução Sobre o Islamismo
O Islamismo, como já é de conhecimento, é a segunda religião com o maior número de fieis, perdendo apenas para o Cristianismo. Também segue o sistema monoteísta, assim como a vertente cristã, ou seja, há apenas uma entidade divina, no caso, Alá (Deus, para os cristãos).
Por também ser uma religião abraâmica, o Islamismo divide algumas semelhanças com outras seitas religiosas. Os muçulmanos, que são os fiéis islâmicos, acreditam que, a adoração à Deus é uma obrigação, pois a ele é atribuído tudo o que existe no planeta. Além disso, eles acreditam que a religião islâmica existe há muito mais tempo do que se imagina, acreditando que mensagens divinas relacionadas à religião islâmica apareciam com frequência nos povos da antiguidade.
Como já mostrando antes, Jesus é visto pelos muçulmanos como mais um profeta a mando de Deus para anunciar o verdadeiro messias, que é Maomé. O país com o maior número de muçulmanos do mundo é a Indonésia, onde cerca de 13% dos habitantes de tal nação se declaram seguidores do Islão. Estima-se que, no mundo, haja 1,57 bilhão de seguidores do Islamismo, algo em torno de 23% da população mundial, e é uma das seitas religiosas que mais crescem no planeta.
Expandiu-se para vários países, sobretudo após a morte de Maomé. A religião chegou até os países nortistas da África, adentrou uma porção da Europa. A cidade sagrada para os Islâmicos é Medina, para onde Maomé e seus seguidores fugiram, por conta de perseguições por causa de suas crenças.
O Alcorão é outra parte fundamental da religião muçulmana. O livro é tão importante para os islâmicos quanto a Bíblia é importante para os cristãos. É de lá que todos os ensinamentos e as leis islâmicas são retirados. Os templos islâmicos, mais conhecidos como mesquitas, carregam uma riquíssima arquitetura islâmica, com formas e cores que deixam qualquer um admirado. No Brasil, existem várias dessas mesquitas.