Filosofia da Religião

A religião é um dos assuntos mais polêmicos que existem no mundo atualmente. Isso porque, várias são as doutrinas e seitas que se declaram religiosas: estimativas apontam para mais de 3 mil entidades que se declaram religiosas.

Desse imenso campo religioso, três delas são a ponta do iceberg, ou seja, são as maiores e mais conhecidas no mundo todo: Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo, sendo a primeira delas a maior religião do planeta.

Isso se deve por conta da grande influência cristã no processo de formação da sociedade moderna europeia, já que, com a fundação do cristianismo, a seguida perseguição pelos romanos até a adoção do cristianismo como religião oficial do já decadente Império Romano, a doutrina cristã se fortaleceu, e muito, mantendo uma grande influência no mundo até os dias de hoje – embora tenha perdido muita força com o passar dos séculos- onde, qualquer decisão tomada por entidades cristãs – como as católicas, por exemplo- é alvo de especulação e mídia do mundo inteiro.

Tamanha é a influência religiosa no planeta, que muitos estudos são dirigidos com o intuito de entender essas profundas relações existentes entre a sociedade e o cunho religioso, bem como para compreender as consequências dessa aproximação.

A “filosofia da religião” existe, portanto, com o objetivo de tentar sanar todas essas dúvidas.  E é sobre isso que iremos falar no artigo de hoje. Aqui, você vai conferir um pouco mais sobre a Filosofia da Religião, bem como algumas informações relevantes sobre o tema. Vamos lá?

A Definição e Origem da Filosofia da Religião

A Filosofia da Religião nada mais é do que um ramo da filosofia especializada em investigar e sanar dúvidas a respeito da profunda ligação entre a religião e a sociedade, estudando a espiritual dimensão do ser humano a partir de uma perspectiva filosófica – que se baseiam na ética, na antropologia e na metafísica- para que, assim, possa retirar conclusões mais corretas. Em resumo, o papel da Filosofia da Religião é indagar: Afinal, o que é a religião?

O Estudo da religião por meio desta filosofia se configura na comparação entre as várias religiões existentes, buscando encontrar pontos em comum um com as outras, além de destacar, é claro, as suas diferenças.  O objetivo disso é encontrar elementos que denotem a “essência religiosa” que as pessoas religiosas possuem. Já num segundo momento, o estudo é direcionado para as línguas das religiões, comparando cada uma entre si e observando suas características e peculiaridades ao descrever algo sagrado e suas raízes que possuem características comuns entre si. Outro modo de estudo das religiões é começar do zero a construção do passado das religiões, para encontrar pontos, mais uma vez, comuns entre as doutrinas religiosas.

Apesar de a filosofia da religião não fazer distinção entre as religiões, ou seja, estando aberta para estudar todas aquelas que forem possíveis, até o século XX, a especulação de relações entre as religiões ficou fechada somente entre as questões pagãs, cristãs e judaicas, deixando de fora outras legendas religiosas, sendo algumas grandes, pelo número de seguidores, ou também pequenas.

O Que São Tais Proximidades Entre as Religiões?

As proximidades entre as religiões, tão discutida na filosofia que estuda as religiões nada mais são do que características comuns encontradas nas religiões. Por exemplo: Tanto o Cristianismo quanto o Islamismo aceitam que existe só um Deus. No entanto, as práticas de ambas as religiões se diferem uma das outras.

Pode-se perceber também que, no ocidente do planeta, todas as religiões – ou as mais expressivas- possuem uma característica em comum que é a crença em Deus, divindade esta que é vista pelas religiões em que Nele acreditam como o depósito de toda a bondade e humildade do universo, credenciando a Ele a autoria de tudo o que existe, tanto as coisas visíveis quanto as coisas invisíveis, além de Ele ser dotado de toda o senso de justiça existente, além de ser onisciente, ou seja, que sabe de tudo, e onipresente, que significa que Deus está presente em todo o lugar, à todo o tempo.

No entanto, as diferenças presentes entre as religiões, como a adoção do sistema monoteísta – que é a crença em apenas uma entidade divina- ao invés da politeísta – que aceita a adoração de mais de uma figura divina – é um prato cheio para os estudiosos da religião, já que tal medida pode fazer com que as pesquisas sejam mais abrangentes e possam relatar, enfim, as diferenças contundentes entre uma religião e outra.

Alguns estudiosos dizem que os estudos realizados profundamente nas religiões podem acabar com algumas dúvidas que há anos são procuradas as repostas, mas nunca foram obtidas. Além disso, muitos têm tomado cuidado ao estudar os movimentos populares religiosos, pois argumentam que tais manifestações têm um caráter delicado, por se envolver com as percepções emocionais de quem participa de tais correntes religiosas.

Filosofia da Religião Cristã

A religião cristã, como se sabe, é a maior do planeta, e a sua importância é gigantesca para mundo. Antigamente, a ciência e a fé eram “rivais”, já que, algumas coisas computadas pela ciência eram rispidamente negadas pela Igreja, o que gerou até mesmo perseguições à cientistas que se opunham aos ideias da Igreja.

Para resolver isso, foi criado, no século II depois de Cristo, a Filosofia cristã, que é um aglomerado de ideias e projetos que visavam aproximar a fé da ciência, fazendo com que as revelações científicas propostas pelos pesquisadores poderiam ser reveladas em comunhão com ideais religiosos. Era uma forma de aproximar ainda mais o povo da Igreja.

Muitos dos que defendiam a filosofia cristã diziam que a religião e a ciência tinham uma íntima ligação para com as outras e que isso fez com que fosse possível a criação de tal vertente filosófica. No entanto, muitos foram os pensadores atuais que mostraram ceticismo quando à filosofia, já que argumentavam que nunca houve, de fato, uma filosofia com os preceitos cristãos, argumentando que os pensamentos que a filosofia cristã possuía nada mais era do que os pensamentos da filosofia grega.

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Categoria(s) do artigo:
Religiões

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