O assunto “religião” é um dos que mais causam polêmica no mundo atualmente. Isso porque, o mundo é essencialmente religioso, com a presença de mais de 3 mil doutrinas que são consideradas ordens religiosas. Desse vasto leque religioso, três se destacam, como sendo as maiores: o Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo.
Dessas três, a maior religião e a que mais se destaca é, exatamente, o Cristianismo, que é a maior religião do planeta, seguida de perto pelo Islamismo, e, depois, pelo Hinduísmo. Apesar de a religião fundada por Jesus Cristo ser a maior do mundo, ela têm entrado em declínio desde o fim de sua influência na Europa, abrindo espaço para outras religiões, como o Islamismo, que é a religião que, cada vez mais, angaria seguidores no planeta.
Com uma estimativa de 2,2 bilhões de seguidores, o Cristianismo é dividido em várias vertentes, sendo três as mais conhecidas e seguidas: o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa, sendo a primeira delas a mais seguida. O Brasil, por exemplo, é o país com o maior número de católicos de todo o planeta, embora o protestantismo tenha avançado tanto no país tupiniquim como em outros países.
No entanto, como já dito, o leque de religiões é imensa e, portanto, existem muitas outras entidades religiosas com números até significativos de seguidores, mas, com a predominância das três ordens religiosas no mundo e as suas respectivas influências, outras religiões acabam sendo desfavorecidas. Um exemplo de religião pouco conhecida em alguns locais do planeta é o Babismo, que é o tema do nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre essa religião, bem como algumas informações importantes sobre ela. Vamos lá?
A Origem do Babismo
O Babismo é uma religião de origem Persa que foi fundado no ano de 1844. O nome “Babismo” é uma versão ocidental para a verdadeira nomenclatura da religião, que é “Báb”, sendo que esse nome significa “porta”, já que a religião se considera como um meio de entrada para o conhecimento da Verdade Divina.
Os seguidores do Babismo eram, inicialmente, caracterizados como observadores dos ensinamentos do islamismo. Ou seja, pode-se dizer que os seguidores do Babismo podem ter encontrado as vertentes necessárias para o Babismo no Islamismo. Os Babis têm Maomé como o seu líder, tendo como lema o seguinte: tudo aquilo considerado lícito por Maomé, será considerado lícito até o dia do Juízo. A mesma coisa tinha validade para as coisas ilícitas: se algo é ilícito, assim vai ser até o dia do Juízo.
No entanto, isso perdurou por apenas 4 anos, já que em 1848 o seu fundador declarou que ele era, na verdade, o Imã islâmico prometido que seria enviado por Alá no fim dos tempos. Com essa nova virtude a seguir, o Babismo passou a ter uma nova feição, pautada na revolução e em reformas.
A reação com essa reviravolta nas diretrizes do Babismo foi quase que imediata. Os seguidores e defensores do Babismo passaram a serem perseguidos nas ruas nas ruas, humilhados, agredidos e mortos por islâmicos que não aceitavam os rumos que a religião havia tomado. Estima-se que, nesse período de revolução promovida pelo Babismo, cerca de 20.000 simpatizantes da religião tenham sido mortos por outros religiosos islâmicos. O seu líder, também chamado por Báb, foi morto de modo público, em uma praça. Os seus restos mortais foram recuperados posteriormente, sendo que hoje elas repousam tranquilas em uma urna dourada na baía de Haifa, em Israel.
Como já dito anteriormente, a revolta de outros setores do islamismo contra o Babismo foram, em maioria, por conta das atitudes revolucionárias e liberais tomadas pela religião. Liderada pelo Imã, a doutrina passou a alterar algumas tradições naturais dos islâmicos, como, por exemplo:
– A religião lutou pela abolição da obrigação de as mulheres terem de usar o véu;
-permitiu que os fiéis pudessem usar tatuagens ou anéis, sendo liberada, também, a construção de lápides para os seus entes queridos;
-pleiteou a construção de novos locais de adoração em lugares que não o possuíam;
-as leis de divórcio, patrimônio e herança foram reformadas pelos babis;
-A Lei da Pureza também passou por modificações, onde passou a ser permitido que os homens trajassem seda e ouro;
-Regulamentação de um novo calendário, no qual o “ano” passou a contar com 19 meses, tendo, cada mês, 19 dias cada. Nesse novo calendário, o ano passaria a ter 361 dias, ante 365 – ou 366 se o ano for bissexto- do calendário gregoriano, ou seja, um é praticamente igual ao outro.
-A casa do Imã, que ficava localizada na cidade persa de Shiraz, passou a ser um templo de adoração.
Apesar de várias propostas, muitas delas nem foram postuladas, muito devendo ao ministério bastante curto do seu criador.
Os praticantes e simpatizantes do Babismo diziam que as mudanças e reformas consideradas “bruscas” e que a religião promovia tinha como objetivo finalizar um Charia Islâmico e, com as novas mudanças, fazer nascer um novo Charia. E, enquanto pode ministrar a sua doutrina aos povos, o Imã dizia que Deus o havia escolhido para preparar a Terra para a chegada de um ser superior e muito mais divino que ele.
Atualmente, os adeptos do Babismo são muito poucos, justamente, por conta das perseguições a que foram submetidos e, também, por conhecerem outras vertentes do Islamismo a qual passaram a fazer parte.
O Islamismo no Mundo
Como já dito, as três maiores religiões do planeta são o Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo. E, embora o Cristianismo lidere, com certa folga, como a maior religião do mundo, a que mais vêm crescendo em números de fiéis é o Islamismo. Estima-se que 1,7 bilhão de pessoas são adeptas do Islamismo, sendo que os números de adeptos crescem ano a ano. Isso pode ser explicado com a decadência do Cristianismo, que começou ainda no fim da Idade Média, quando ela perdeu grande parte de sua influência na Europa. No Brasil, por exemplo, existem vários templos religiosos dedicados ao Islamismo e aos ensinamentos do Alcorão, que é o livro escrito por Maomé – e é o equivalente da Bíblia para o Cristianismo- onde estão as normas e regras da religião islâmica.