Nascido no ano 6 a.C., Jesus Cristo é um líder religioso cuja vida e ensinamentos estão registrados no Novo Testamento da Bíblia. Ele é a figura central do cristianismo e é considerado como a encarnação de Deus por muitos cristãos de todo o mundo, seus ensinamentos são seguidos como exemplo para uma vida mais espiritual.
Os cristãos acreditam que ele morreu pelos pecados de todas as pessoas e ressuscitou dos mortos após 7 dias. A maior parte da vida de Jesus é contada através dos quatro Evangelhos do Novo Testamento da Bíblia, conhecidos como os evangelhos canônicos, escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João.
Saiba mais sobre Jesus Cristo e sua história.
O Nascimento de Jesus
Maria, a mãe de Jesus, era uma virgem que estava prometida a José, um carpinteiro. Ela é conhecida como Imaculada Conceição, pois gerou e deu a luz a ele sem nenhuma mácula (mancha), ou seja, era virgem e continuou virgem, já que seu filho foi obra do Divino Espírito Santo.
De acordo com o Evangelho de Mateus, Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande, que, ao saber de seu nascimento, se sentiu ameaçado e tentou matá-lo. Ele ordenou que todos os meninos de Belém com menos de dois anos fossem assassinados. Mas José foi avisado por um anjo e levou Maria e a criança para o Egito até a morte de Herodes. Depois disso, o carpinteiro voltou com sua família para a cidade de Nazaré, na Galileia, onde eles se estabeleceram.
Infância de Juventude de Jesus
O Evangelho de Lucas relata que, aos12 anos de idade, Jesus acompanhou seus pais em uma peregrinação a Jerusalém e acabou se separando deles. Ele foi encontrado vários dias depois em um templo, discutindo assuntos com alguns dos anciãos de Jerusalém. Durante todo o Novo Testamento, há referências de Jesus trabalhando como carpinteiro na juventude. Acredita-se que ele começou sua missão religiosa aos 30 anos, quando ele foi batizado por João Batista, que, ao ver Jesus, o declarou o Filho de Deus.
Depois do batismo, ele foi para o deserto da Judeia para jejuar e meditar por 40 dias e 40 noites. A tentação de Cristo é narrada nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas (conhecidos como os Evangelhos Sinóticos). O diabo apareceu e tentou Jesus três vezes, uma vez para oferecer transformar uma pedra em pão, outra para lançá-lo para fora da montanha, onde os anjos iriam salvá-lo, e, por fim, para lhe oferecer todos os reinos do mundo. Em todas as três vezes, Jesus rejeitou a tentação do diabo e o expulsou.
A Missão de Jesus
Jesus voltou para a Galileia e fez viagens para as aldeias vizinhas. Durante este tempo, várias pessoas se tornaram seus discípulos. Uma delas foi Maria Madalena, que é mencionada pela primeira vez o Evangelho de Lucas e depois em todos os quatro evangelhos na crucificação. Apesar de não ser mencionada no contexto dos “12 discípulos”, ela fez parte do ministério de Jesus desde o início até a sua morte e ressurreição. De acordo com os evangelhos de Marcos e João, Jesus apareceu a Madalena pela primeira vez após sua ressurreição.
O Primeiro Milagre
De acordo com o Evangelho de João, como Jesus estava começando seu ministério, ele e seus discípulos viajaram com sua mãe, Maria, para um casamento em Caná da Galileia. O vinho acabou e o anfitrião da festa foi até a mãe de Jesus para pedir ajuda. Na primeira tentativa, Jesus recusou-se a intervir, mas depois ele se arrependeu e pediu a um servo para lhe trazer frascos grandes e cheios de água. Ele transformou a água em um vinho de qualidade superior a qualquer outro servido durante o casamento. O Evangelho de João descreve o evento como o primeiro sinal de glória de Jesus e da crença dos discípulos nele.
Após o casamento, Jesus, sua mãe, Maria, e seus discípulos viajaram a Jerusalém para a Páscoa. No templo, viram cambistas e comerciantes que vendiam produtos. Em uma rara demonstração de raiva, Jesus derrubou as mesas e, com um chicote feito de cordas, expulsou-os, declarando que a casa de seu Pai não é uma casa para os comerciantes.
Os Evangelhos Sinóticos
Os Evangelhos Sinóticos mostram a viagem de Jesus pela Judeia e Galileia, usando parábolas e milagres para explicar como as profecias estavam sendo cumpridas e que o reino de Deus estava próximo. Como a notícia sobre os ensinamentos e curas realizados por Jesus se espalhou, mais pessoas começaram a segui-lo.
Jesus continuou a pregar sobre o reino de Deus e cada vez mais pessoas passaram a segui-lo e começaram a anunciá-lo como o filho de David e como o Messias. Os fariseus ouviram isso e o desafiaram publicamente, acusando-o de ter o poder de Satanás.
Perto da cidade de Cesareia de Filipe, Jesus conversou com os seus discípulos. De acordo com os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, ele perguntou: “Quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus abençoou Pedro, aceitando os títulos de “Cristo” e de “Filho de Deus”, e declarou que a proclamação foi uma revelação divina de Deus. Jesus, então, proclamou Pedro para ser o líder da igreja e avisou os seus discípulos sobre a conspiração dos fariseus contra ele e de seu destino que era sofrer e ser morto, apenas para ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia.
Menos de uma semana depois, Jesus levou três dos seus discípulos para uma alta montanha, onde eles poderiam orar sozinho. De acordo com os Evangelhos Sinóticos, o rosto de Jesus começou brilhando como o sol e todo o seu corpo brilhava com uma luz branca. Então, os profetas Elias e Moisés apareceram e Jesus falou com eles. Uma nuvem brilhante surgiu em torno deles, e uma voz disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; ouvi-lo”. Este evento, conhecido como a Transfiguração, é um momento crucial na teologia cristã. Ele reafirma a identidade de Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Todos os quatro Evangelhos Sinóticos descrevem última semana de Jesus em Jerusalém, antes de sua crucificação e ressurreição.