Humberto van Lieshout (Padre Eustáquio) nasceu em Aarle–Rixtel, Holanda, em 03 de novembro de mil oitocentos e noventa. Sua família era de agricultores extremamente católicos. Humberto ajudava os pais nos serviços, ele possuia outros onze irmãos, viviam num ambiente muito religioso e por isso ele passou a se interessar pela vida religiosa, sendo sempre devoto ao Deus que toda sua comunidade acreditava. Seu primeiro contato com os estudo foi em mil novecentos e três, quando foi matriculado na escola de latim de Germet, e em mil novecentos e cinco foi transferido para a Congregação dos Sagrados Corações, uma escola católica. Alguns anos depois, em mil novecentos e treze ele iniciou oficialmente os seus estudos religiosos, primeiro ele começou o noviciado canônico, fazendo votos de pobreza, castidade e obediência, assim se tornou oficialmente membro da Congregação dos Sagrados Corações, adotando então o nome de Eustáquio, e passou a ser conhecido assim por seus irmãos. Após cursar filosofia teologia, foi ordenado sacerdote, e se tornou então padre, no ano de mil novecentos e dezenove. A partir desse ano, nos próximos cinco anos de sua vida se decidiu a trabalhar como auxiliar do mestre de noviços, e vigário paroquial, cuidava de uma comunidade de famílias refugiadas belgas.
Foi nomeado missionário na América do Sul pelos seus superiores, junto com outros dois padres Gil van den Boorgart e Matias van Rooy. Juntos, em mil novecentos e vinte e quatro chegou a Espanha para aprender espanhol. Um ano depois ele embarcava para o Rio de Janeiro.
Chegou no Brasil no dia quinze de julho de mil novecentos e vinte e cinco, juntamente com seus irmãos de Congregação. Já instalados assumiram a pastoral do santuário episcopal e da paróquia de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja e das paróquias de São Miguel de Nova Ponte e Santana de Indianópolis, todas pertencentes a Arquidiocese de Uberaba. Ele passou a ser o vigário paroquial. Pouco menos de um ano ele se tornou reitor do santuário da Nossa Senhora da Abadia e paroco das outras paroquias citadas, assumiu responsabilidade de conselheiro perante sua congregação aqui no Brasil, ele era alguém que se destacava por seu empenho em trabalhar.
Ele se destacou por ser alguém que além de religioso e ajudar a curar o espiritual dos seus seguidores, estou para ajudar nas enfermidades físicas. Carregava consigo um manual de medicina, que continha diversos remédios naturais para todos os tipos de doenças. Além de orar para as pessoas ele recomendava algum remédio natural que fosse fácil de adquirir e de se usar. Como naquele tempo os médicos eram mais raros, era comum que as pessoas das comunidades que ele atendia o procurassem para que ele receitasse algo. Ele por vezes também carregava consigo algumas ervas medicinais, tipo profundo interesse por esse assunto, testava plantas medicinais em casa para saber a segurança em oferecer ao pessoal da comunidade, era realmente dedicado a ajudar de todas as formas, além da espiritual.
Depois de um tempo ele foi transferido pra São Paulo, onde seguiu com seu trabalho. Ele tinha o costume de fazer bençãos no inicio da missa, de um reservatório na entrada das igrejas, seus fieis passaram a levar garrafas com água para que ele abençoasse. Acontece que se espalhou a noticia que água que ele abençoava era milagrosa, o caso ganhou muita repercussão fazendo ele ter que se mudar, pois causou grande alvoroço na cidade que estava, e seus superiores não aprovaram isso. Ficou um tempo recluso.
Mesmo assim ficou conhecido pelos católicos da época como santo, ao volta aos seus trabalhos foi enviado para Belo Horizonte, logo começaram a aparecer novos fieis pedindo bençãos e curas para ele. Um nome importante da época, prefeito da capital, Juscelino Kubitscheck, diz que havia sido consagrado com um milagre onde ele intercedeu por Padre Eustáquio, ao saber que ele estava na capital mineira, doou um terreno para ser feita uma Igreja dos Sagrados Corações. Nesse dia Eustáquio disse uma frase marcante “Não verei o fim da guerra. Comecei a igreja, mas não a terminarei”. Pouco menos de um ano depois, no ano de mil novecentos e quarenta e três, durante um retiro, padre começou a ter indícios de uma doença, dias depois encontrava-se com muita febre e aparência extremamente abatida. No dia vinte e três de agosto desse ano, dirigiu-se a igreja para rezar uma missa, e após o termino dessa desfaleceu no banco da igreja, os médicos foram chamados e constataram que ele tinha tifo, doença transmitida por picada de carrapato. A partir de então ele passou a rezar e chamar por seu amigo padre Gil. Proferiu novamente seus votos religiosos, disse:
“Eu, Eustáquio, conforme as Constituições, Estatutos e Regras, renovo os meus votos de pobreza, castidade e obediência como irmão da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, em cujo serviço quero viver e morrer. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Depois, a sós com seus dois confrades, disse em tom de alívio e de espera:
“Graças a Deus, estou pronto! Mas como demora o Padre Gil!”
Com a chegada de seu amigo Gil, ele o olhou e disse “Padre Gil, Graças a Deus!” , e morreu, naquele exato momento. Foi grande o luto de todos católicos por ele.
Seu processo de beatificação se deu inicio em mil novecentos e noventa e sete, cerca de cinquenta e quatro anos após sua morte, foi usado um caso de cura de um câncer de um devoto, essa cura foi constatada clinicamente e cientificamente, porém em seu processo há relatos de diversos casos de curas e milagres.
Orações:
Abaixo algumas orações a Padre Eustáquio:
“Bondoso Padre Eustáquio, grande amigo e benfeitor das almas sofredoras, alcançai-me por vossa intercessão junto a Deus a graça que tanto almejo…
*Eu renovo meus compromissos do Batismo de viver como bom cristão e desejo rezar e colaborar para que, em breve, sejais reconhecido como Santo, para a maior glória de Deus e da Santa Igreja.
Amém.”
“Bem Aventurado Padre Eustáquio, Missionário da Saúde e da Paz, rogai por mim e meu lar! Reze com fé e Jesus atenderá seu pedido! Jesus nos quer santos e perfeitos como o Pai. Não somos perfeitos e nem santos: o único é Deus e seu filho Jesus. Mas, não significa que ele não nos convide a santidade, segundo os documentos da Igreja e a Bíblia.”