O termo religião é um dos mais polêmicos do mundo todo. Isso porque, a humanidade é essencialmente religiosa; acredita em um ou mais seres superiores que foram os responsáveis por criar a vida e tudo o mais que existe nesse infinito universo. Não é para menos considerar que o planeta é essencialmente religioso: existem, atualmente, mais de 3 mil doutrinas e seitas que se consideram religiosas.
Deste enorme leque religioso, destacam-se 3, que são o Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo, sendo a primeira religião da lista a maior do planeta, em número de seguidores. Estima-se que mais de 2,2 bilhões de pessoas no mundo todo são adeptas das práticas cristãs, ou estão vinculadas a alguma de suas várias vertentes, nas quais o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa são as principais. O Catolicismo, por sua vez, é a maior vertente cristã no mundo, e, também, é a primeira a existir, antes das reformas comandadas pelo monge Martinho Lutero, no final da Idade Média, e de outros levantes que tiveram como objetivo questionar os mandamentos da ICAR – Igreja Apostólica Romana- que, na época, tinha um poderio econômico gigantesco.
No entanto, algumas religiões possuem pontos em comum entre si. O pecado é um deles, e esse será o assunto do nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conferir um pouco mais sobre a pregação do Pecado, bem como algumas informações interessantes sobre o que é o pecado e como a religião o enxerga. Vamos lá?
A Definição de Pecado
O termo “pecado” pode ser definido como qualquer prática que esteja em desacordo com as diretrizes divinas ou de um conjunto de leis estabelecidas pelos homens a mando dessas mesmas entidades divinas. No caso dos cristãos, qualquer ato cometido pelo cristão que não seja afável aos olhos de Deus ou que não estejam de acordo com os escritos da Bíblia- que é o livro mais vendido de todo o mundo, além de ser sagrado aos cristãos – podem ser considerados pecados, e, portanto, o cristão deve procurar redimir-se de tais pecados, de vários jeitos: Indo à missa para pedir o perdão ou, até mesmo, confessando seus pecados a um sacerdote da Igreja.
No mais, a palavra “pecado”, em hebraico, nada mais significa do que “errar”. Ou seja, quem comete o pecado erra, mas não pode ser condenado para sempre por ter cometido um pecado. É necessário que essa pessoa reflita e veja que o pecado cometido não é o certo a fazer, buscando o “perdão” divino e tendo sempre em mente que o pecado é uma que irá acontecer sempre, mas cabe a ele, saber se esquivar dele o quanto puder.
Na visão judaica, assim como na da cristã, o pecado é um ato condenável, sendo considerado por eles como um ato, e não um estado do ser. Dizem ainda que é uma coisa no interior do homem o fato de sempre cometer o mal, e não o bem. Para eles, ainda, o pecado é uma opção do homem, visto que ele é dotado de liberdade para escolher as suas ações. Ressalta, porém, que, como já dito anteriormente, o ser humano tem uma inclinação para o mal, desde os seus primórdios e, por isso, o pecado não pode ser considerado uma falta moral, mas apenas um desvio repentino de caráter. É por conta disso, ainda, que Deus dá aos pecadores a chance de se arrepender e, por fim, concede a eles o perdão divino. O ato de se confessar a um sacerdote, como na doutrina católica, é semelhante ao estilo judaico, já que, ao se confessar e se arrepender de seus pecados, o indivíduo, por meio do sacerdote, consegue o perdão de Deus por conta de seus pecados.
Voltando ao lado católico, o pecado é visto por eles, também, como uma ofensa a Deus e ao amor intrínseco que ele dispensa a todos os seus seguidores. Aliás, quase todos os pecados estão descritos nas tábuas dos Dez Mandamentos que, segundo a Bíblia, foi mandada por Deus por meio de anjos ao profeta Moisés, que foi o responsável por libertar o povo hebreu da dominação escravagista e da humilhação imposta pelos egípcios, e, também, por conduzi-los até a Terra Prometida, viagem essa que perdurou nada mais nada menos do que 40 anos.
Além disso, é considerado que Jesus Cristo, filho de Deus para os cristãos e o fundador do Cristianismo morreu crucificado para salvar a humanidade do seu pecado original, os quais irão falar a seguir.
Os pecados na perspectiva católica são padronizados de acordo com a sua gravidade. Para isso, existem três tópicos nos quais cada pecado é relacionado. Confira:
Pecado Venial: O pecado venial é assim chamado por conta dos pecados cometidos leve ou gravemente, mas que não tenham tido totalmente a consciência ou o consentimento de quem o cometeu. Sendo assim, o pecador não quebra a sua aliança com Deus, mas, porém, enfraquece os laços de confiança que tem com Ele. Para isso, é necessário arrepender-se dos seus pecados por meio de orações ou diretamente com um sacerdote.
Pecado Mortal: O pecado mortal é o pecado mais grave da natureza cristã. Que é caracterizado quando o indivíduo pratica o ato pecaminoso com total e liberada consciência, sem se preocupar com suas consequências para quem causou o pecado ou mesmo para ele. Assim, segundo a Bíblia, se o pecador não se arrepender de forma sincera do que fez, pode ser condenado à vida eterna no inferno.
Pecado Original: O pecado original é o único pecado que está presente em todos os cristãos. Isso porque ele está enraizado na sociedade humana, que ocorreu quando Adão e Eva, os primeiros habitantes humanos do mundo segundo a narrativa cristã, desobedeceram a ordem de Deus e comeram uma fruta que era proibida por ele. No entanto, tal pecado é perdoado quando o indivíduo, geralmente bebê, é levado até a igreja para se batizar, onde, além de ser perdoado por esse pecado, renasce ao mundo por meio da Igreja e de Deus, tendo a religiosidade papel importante sobre a infância do batizado.