Santo Justino

O Cristianismo é, de longe, a religião com o maior número de adeptos do mundo. Abocanhando uma fatia que equivale a 31% da população mundial (ou 2,2 bilhão de pessoas), a religião tem início há muito tempo, pelas mãos de Jesus Cristo.

Além disso, o Cristianismo é dividido em três vertentes principais, nas quais podemos destacar o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa, sendo a primeira delas a com maior número de seguidores, por conta de ser a primeira vertente existente.

E, uma das características do catolicismo é, além da adoração a Deus e a Jesus Cristo, o reconhecimento a pessoas que, ao longo da história da religião cristão-católica, doaram sua vida para servir a Deus, fazendo a palavra De ele acontecer entre a sociedade. E é o caso de Santo Justino, ou São Justino, que é o tema do nosso artigo de hoje.

Nesse artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre a vida de São Justino, bem como a sua entrada na vida religiosa. Vamos lá?

A Origem de Justino

Flávio Justino, que, em latim, era chamado de Flavius Justinus, nasceu no ano de 100 depois de Cristo, em Flávia Nápoles, na Cisjordânia, em pleno Império Romano, sendo a cidade de Flávia Nápoles a atual Nablus.

Quando entrou na infância, Justino foi instruído usando os preceitos históricos, poéticos e retóricos. Logo após se tornar jovem adulto, mostrou gosto pela filosofia, passando a se dedicar aos estudos platonistas e etoicistas. 

O seu primeiro contato com a religião aconteceu pelas mãos de um homem idoso, o colocando em uma discussão onde os problemas filosóficos de Justino estavam sendo vistos. Ao revelar tais problemas, o homem mostrou a Justino um pouco da história de Jesus Cristo, além de falar sobre os primeiros profetas que pisaram aquele chão, que tinham por objetivo pregar a palavra de Deus e anunciar ao povo a chegada de um messias, que seria o próprio Cristo, falando à Justino como uma testemunha “fiel á verdade”. Além disso, mostrou ao jovem Justino que, todas as profecias ditas pelos profetas se realizaram com Cristo, provando que os testemunhos eram verdadeiros.

Nesse momento, Justino viu seu corpo entrar em um estado de fogo, o levando a admirar todos os profetas e aqueles que simpatizavam com os preceitos defendidos por Jesus Cristo enquanto esteve a Terra para catequizar os povos. E, depois disso, concluiu que espalhar a religião cristã pelo mundo era o seu dever e, portanto, começou a seguir os preceitos cristãos, passando a cursar Teologia. Mesmo assim, continuou com sua vestimenta que permitia a sua identificação como filósofo, continuando a passar seus ensinamentos à estudantes em Éfeso e, logo em seguida, em Roma. 

As Intenções de Justino

Justino tinha como intenção mostrar aos filósofos que Jesus Cristo era, de fato, o Logos que a comunidade filosófica sempre falava. Logos, por sua vez, nada mais significava que “razão”, ou seja, Jesus era a razão a qual os filósofos tanto procuravam e, portanto, deveriam seguir os seus preceitos.

Na realidade, o logos era destinado às pessoas escolhidas por Deus, mas cabia a elas despertarem essa “semente” em suas vidas. Por isso, muito se difere em ter a semente e ter, realmente, o logos.

Depois disso, Justino começou a crer que a filosofia grega foi feita sob medida aos preceitos religiosos praticados por Jesus, começa a pregar que todos os cristãos deveriam “se servir” das alegações filosóficas gregas, onde mostrava uma posição clara à favor da Igreja Antiga  aos preceitos filosóficos gregos, ao invés de apoiar às práticas pagãs.

Por falar nos pagãos, Justino condenava veemente a prática dessa religião, pois tinha certeza que os seus princípios destoava dos princípios cristãos, que ele considerava que era a “verdade absoluta”. A partir daí, surgiu uma corrente filosófica no qual Deus era a origem de tudo, atribuindo os deuses e toda a crença pagã a verdadeiros mitos. 

Os Pensamentos de Justino acerca dos Eventos na Religião Cristã

Justino, como se pode ver, era um fervoroso defensor do cristianismo católico, condenando veemente outras religiões as quais ele considerava “mentirosas”. Assim ,ao se virar completamente à fé cristã, Justino desenvolveu pensamentos sobre os mais vários ritos cristãos existentes. Veja:

O Batismo: Segundo Justino, o Batismo tem importante função, que é a de aproximar a unidade da Igreja, isto é, Deus, do seu povo. Por isso, todos aqueles que se considerassem cristãos deveriam ser batizados, para que os pecados cometidos fossem absolvidos e os batizados pudessem, enfim, renascer em uma nova vida, com Deus e Jesus Cristo.

O Culto Cristão a Deus: Ao citar em seu discurso uma passagem da Bíblia, o livro cristão que é mais comercializado do planeta, Justino atenta ao fato da importância de se cultuar perpetuamente à Deus, em templos dedicados especialmente para isso.  Os trechos tirados por Justino da Bíblia fazem referência à Última Ceia praticada por Jesus com seus discípulos, onde ele dizia que, a divisão do pão e do vinho era uma maneira de sempre se lembrar de Cristo. Justino entendeu que isso era um pedido divino, e, portanto, enalteceu a importância do culto à Deus. 

Maria: Justino confirmava o que a bíblia dizia: Jesus era filho de uma virgem, que se chamava Maria. E que ela era descendente direta do Rei Davi, uma importante figura presente na religião cristã.

Eucaristia: Um dos pontos cruciais da missa católica, a eucaristia é vista por Justino como uma forma de manter a aliança entre Deus e os homens, e que ela só seria ministrada àqueles que tivessem sido batizados e remidos de todos os pecados cometidos; além de entender a verdade por qual cerca a religião e o rito eucarístico. Na prática, para que uma pessoa possa receber a comunhão, é necessária que ela seja batizada e faça a catequese para, só depois, estar apta a receber o corpo (pão) e o sangue (vinho) de Jesus Cristo.

Tamanha era sua admiração pela Igreja, Justino foi perseguido e morto em 165 d.C, sendo decapitado como mártir. Tamanha era o seu trabalho pela Igreja que o mesmo foi canonizado e elevado ao posto de São Justino. 

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Categoria(s) do artigo:
Religiosidades

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