A religião é um dos assuntos mais complexos e polêmicos existentes. Diante do vasto espectro de religiões existentes (são contabilizados mais de 3 mil em todo o planeta), apenas algumas doutrinas tem uma grande legião de fiéis, como é o caso do Cristianismo.
O Cristianismo, por sua vez, é a maior religião em atividade no mundo hoje. É estimado que mais de 30% da população mundial (algo em torno de 2,2 bilhões de pessoas) são adeptas de alguma das três vertentes mais conhecidas do Cristianismo, que são a católica, a protestante e a ortodoxa, sendo a primeira delas a maior e mais conhecida. Talvez por ser a primeira vertente a iniciar suas atividades no planeta.
No entanto, outras religiões estão cada vez mais conquistando adeptos: é o caso do Islamismo, que é, depois do Cristianismo, a religião mais seguida do planeta. E é esse o nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conferir um pouco mais sobre a religião islâmica, bem como algumas informações interessantes sobre o tema. Vamos lá?
O Islamismo
O Islamismo, também chamado de Islão ou Islã, é uma religião monoteísta, que está infundada totalmente no Alcorão, que é o livro oficial do Islamismo. Tal livro é considerado pelos muçulmanos (aqueles que seguem os preceitos islâmicos) como uma publicação literal de toda a palavra de Deus, além de considerar Maomé, como o último profeta que existiu na Terra até hoje.
Os adeptos do Islamismo, ou seja, os muçulmanos, acreditam que Deus é incomparável e único, e, por conta de sua existência, a adoração a ele é um dever. Além disso, os muçulmanos argumentam que o Islamismo é uma religião universal, sendo que a sua fé, originada nos primórdios, foi dando sinais de sua existência em vários lugares e em vários períodos temporais diferentes, mas que, com o tempo, acabaram corrompidos.
Por meio de profetas como Abraão, Moisés e Jesus (que é o Messias dos cristãos), as mensagens e inscrições sobre o islamismo ganharam forma, mas, como já exposto, o tempo e outros agentes corromperam tais dados. Dizem ainda que o Corão (outro nome para o Alcorão) é a publicação mais completa no quesito de revelações finais de Deus. Os muçulmanos pertencem a duas denominações diferentes: a maioria é Sunita (algo em torno de 80% a 90%) e a minoria são os xiitas, representando cerca de 10% a 20% dos muçulmanos.
O maior país muçulmano do planeta é a Indonésia, cujo 13% de seus habitantes se dizem adeptos dos preceitos islâmicos, sendo que a maior parte dos muçulmanos, em comparação continental, está localizada na Ásia (25%). Ultimamente, a Europa, considerada o “mundo velho”, experimentou, nos últimos anos, um crescimento no número de pessoas que se diziam Islâmicos. Ao todo, 25% da população mundial é adepta das práticas islâmicas, algo em torno de 1,5 bilhão de pessoas no planeta.
O nome “Islã” provém do árabe, e significa submissão à Deus. Em árabe, o Islã é descrito como um modo de viver, ou uma religião propriamente dita. Antigamente, aqueles que seguiam os preceitos do Islão eram chamados de maometanos, mas, logo, o termo caiu em desuso pois significava que os seguidores adoravam a Maomé, e não a Deus, o que enfurecia e ofendia muitos fiéis. Por isso, foi adotado o termo muçulmano, que, em árabe, remete ao significado de aquele que se submete a algo, no caso, à Deus.
Voltando ao termo maometanos, os muçulmanos se ofendiam, já que o propósito da religião não era adorar a Maomé, mas sim respeitá-lo como um importante profeta. No entanto, a figura central religiosa islâmica é Deus. O ocidente, erronemante, achou por muito tempo que os muçulmanos adoravam Maomé, sendo que esse engano foi desfeito tempos depois.
A Importância de Maomé
Uma das figuras mais importantes do Islamismo, depois de Deus, é Maomé, considerado por quem segue a religião como o último profeta mandado por Deus. Para destacar a importância de Maomé no contexto islâmico, podemos fazer a seguinte comparação: Maomé é para os islâmicos assim como Jesus é para os Cristãos.
Segundo os relatos, Maomé nasceu no ano 570 d. C., em Meca, cidade hoje que é a sagrada para os islâmicos. Maomé se caracterizou por ser um profeta que pregava em Meca, pedindo a todos aqueles que ainda praticavam o politeísmo, ou seja, cultuavam vários deuses, parassem com tal prática e se convertessem ao monoteísmo, ou seja, a cultuação de apenas uma figura divina. Moisés não é visto como uma figura divina pelos muçulmanos, mas sim, como um ser humano. No entanto, para muitos fiéis do Islamismo, Maomé foi um dos mais perfeitos seres humanos que já passaram pela Terra.
O seu trabalho de conversão de fiéis foi tendo sucesso, fazendo com que muitas pessoas se convertessem ao Islã. No entanto, as autoridades máximas de Meca naquela época repudiavam a religião, passando a perseguir Maomé e seus seguidores. A elite de Meca na época temia que, com a intervenção de Maomé, o sistema social sofresse um colapso, pelas ideias de igualdade racial, com a pregação de uma religião monoteísta. Tal perseguição fez com que muitos muçulmanos imigrassem para outras áreas, sendo que a maioria dos fiéis era pobre e ex-escrava.
Depois de doze anos de perseguições, Maomé e seus seguidores resolveram se emigrar para um local, e lá fundar um estado sobre a jurisprudência Islâmica. E, assim, foi fundada a cidade de Medina (a cidade já existia, mas com outro nome). Lá, foi possível estabelecer uma autoridade islâmica sem a intervenção de outras pessoas. Tanto os convertidos da antiga cidade que passou a se chamar Medina, quanto os convertidos da cidade Meca, eram bem vindos na cidade.
Maomé passou os últimos 10 anos de sua vida pregando em Medina, além de cuidar de outros assuntos essenciais para o funcionamento da cidade religiosa. Morreu em 632, e, quando de sua morte, muito burburinho se formou para decidir quem iria ocupar o seu lugar como o líder da religião. Um amigo pessoal de muitos anos de Maomé, chamado Abu Bakr, foi escolhido o sucessor.
