Quem foi São Leopoldo Mandic?
Frei Leopoldo, cujo nome de batismo era Bodgan e que significa, Adeodato, isto é “dado a Deus”, na língua portuguesa, nasceu em uma cidade denominada Castelnovo, no dia doze de maio do ano de 1866, cidade esta que se situa na chamada Baía de Cátaro, nas proximidades da região da Damácia que, inclusive, sempre foi conhecida durante a antiguidade, principalmente, por abrigar e ser um dos centros de maior influência e de disseminação de variadas tradições do Cristianismo. E foi graças a esse histórico do local onde nasceu que a família do Frei Leopoldo se vinculou ao catolicismo de maneira bastante árdua e dedicada, inclusive.
Seus pais eram Carolina Zarevic e Pedro Mandic que, por sinal, tinham ascendência da nobreza antiga de Castelnovo, o que fortaleceu ainda mais a relação do futuro São Leopoldo à Igreja Católica. Ele era o caçula dos doze filhos desse casal, sendo, inclusive, o fisicamente mais fraco dentre eles, muito embora, por dentro, tinha uma das almas mais dedicadas à Deus.
Durante a primeira fase de sua vida, ele já demonstrava um grande apreço pelos assuntos que estavam relacionados à Igreja, bem como uma fé admirável desde a segunda infância. Isso se deu principalmente quando a Croácia se situava em um grande conflito de religião, que acabavam por gerar uma intensa disseminação de ódio e de intolerância entre as pessoas, o que se agravou nos tempos de guerra. Nesse período, ele chegou a dialogar com as pessoas sobre a importância e o poder da Igreja para amenizar as consequências da guerra, apaziguar e cessar os maus atos dos homens e o ódio entre os semelhantes.
Sendo assim, quando completou dezesseis anos de idade, ingressou para a linha franciscana da Igreja Católica e desde sempre dizia que a sua principal pretensão era a de trazer de volta para o Catolicismo aqueles que, ao longo dos anos, tinham se separado da religião.
A Previsão De Frei Leopoldo Sobre a Guerra
No dia 23 do mês de março do ano de 1932, o Frei Leopoldo, que se situava no mosteiro na cidade de Pádua previu um bombardeamento naquele local devido a entrada da Itália em uma guerra.
Cerca de doze anos após o Frei Leopoldo realizar essa previsão, exatamente em 14 de maio do ano de 1944, a cidade de Pádua foi, de fato, infelizmente bombardeada, o que atingiu, inclusive o mosteiro. No entanto, o que chamou a atenção foi o fato de uma parte desse mosteiro ter permanecido em uma situação intacta mesmo após o fim das chamas, que era justamente um local onde se encontrava uma imagem representando a Nossa Senhora das Graças, exatamente como havia previsto o Frei anos antes.
Coincidentemente ou não, esse aposento onde havia a imagem de Nossa Senhora das Graças era exatamente onde o Frei Leopoldo ouvia durante cerca de quarenta anos, as confissões de milhares de fiéis arrependidos de seus atos.
Com o tempo, Frei Leopoldo acabou cativando as pessoas e fazendo nome devido aos conselhos que dava a diversas pessoas, de diversas classes sociais, chegando a salvar famílias e a estreitar laços através da resolução de problemas com extrema sabedoria. Ele ainda era bastante conhecido pela sua bondade extrema, uma vez que ele tentava com toda a sua dedicação ajudar a todos que lhe procuravam.
Sobre a Morte de Frei Leopoldo
No ano de 1942, em 30 do mês de julho, Frei Leopoldo já sentia que estava prestes a falecer e então seguiu até a capela que existia na enfermaria e, de maneira súbita, caiu ao chão e em seguida foi transportado para um leito onde, ainda mantendo plena a sua consciência, recebeu a chamada Unção dos Enfermos. Em seguida, repetiu as orações Ave Maria, seguida de Salve Rainha, por três vezes seguidas. Após esse momento, disse a seguinte frase: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria”, fechando os olhos, em seguida e, por fim, falecendo.
Após esse acontecimento, diversas pessoas da cidade e até mesmo de cidades vizinhas saíram clamando que um santo havia morrido, sendo que diversas pessoas acabaram se deslocando para conduzir um cortejo triunfante em sua homenagem. Foi no ano de 1963 que o corpo de Frei Leopoldo, incorrupto, acabou sendo levado a uma pequena capela que foi construída exclusivamente para este fim, ao lado da cela onde ele costumava receber as confissões dos fiéis arrependidos.
Após alguns anos de sua morte, Frei Leopoldo foi então canonizado, se tornando, então, São Leopoldo Mandic. Quem o canonizou foi o Papa João Paulo II, em uma cerimônia que ocorreu no ano de 1983, sendo que anos antes, em 1976, o então Papa Paulo VI já havia proclamado Frei Leopoldo como bem-aventurado.