Nossa Senhora da Agonia

A religião cristã é a maior do mundo em atividade no planeta atualmente. Com uma leva de mais de 2,2 bilhões de pessoas, o cristianismo abocanha cerca de 30% da população mundial, concentrados em suas vertentes, sendo as três principais: catolicismo, protestantismo e a Igreja Ortodoxa, sendo a primeira delas a maior e mais conhecida, talvez por ser a primeira vertente a existir.

Uma das características marcantes do catolicismo é a presença de imagens e esculturas que simbolizam pessoas que foram importantes para o desenvolvimento dos preceitos de Deus e Jesus para a sociedade. São chamados santos e santas, além de Nossa Senhora, que, segundo a  bíblia, é Maria, a mãe de Jesus, escolhida por Deus para gerar e exercer o papel da mãe de Cristo.

Como já dito, Nossa Senhora é a mãe de Jesus, Maria, e há várias representações dela na cultura cristã católica. Podemos dar um exemplo de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, que foi encontrada no rio Paraíba, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

Outra representação é a Nossa Senhora da Agonia, que é o tema do nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conferir um pouco mais sobre a história dela, além de algumas informações importantes a respeito de Nossa Senhora da Agonia. Vamos lá?

A Origem de Nossa Senhora da Agonia

Como já dito anteriormente, Nossa Senhora é a representação da figura da Virgem Maria, mãe de Jesus, como um ser divino e muito piedoso. Todavia, não há só uma representação de Nossa Senhora, e sim várias. Podemos comparar, por exemplo, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima. As duas remetem à Maria, mas cada uma é representada de uma maneira. Com Nossa Senhora da Agonia, não seria diferente. 

Ela começou a ser venerada no ano de 1751, na capela do Bom Jesus, localizada na cidade de Viana do Castelo, que está situada no litoral de Portugal. Curiosamente, Nossa Senhora de Fátima também tem ascendência portuguesa, tendo, inclusive, feito aparições a três crianças na cova de Iria, cidade lusitana de Fátima (daí o nome de Nossa Senhora de Fátima).

Assim como Fátima, Nossa Senhora da Agonia é bastante cultuada pelos portugueses, sendo que ela é considerada a padroeira dos pescadores.  Depois de alguns anos, em 1783, a instituição denominada Sagrada Congregação dos Ritos instituiu que, na capela do Bom Jesus, fosse celebrada, a todo dia 20 de agosto, uma missa solene em homenagem à Nossa Senhora da Agonia. Atualmente, a capela do Bom Jesus se converteu na Capela de Nossa Senhora da Agonia. Tal data também ficou marcada como um feriado municipal de Viana do Castelo, como forma de reforçar a devoção da cidade à Nossa Senhora. 

Vendo a enorme repercussão causada pela festa solene, que reunia milhares de fiéis a cada ano, foi realizada, pela primeira vez em 1861, a romaria, que nada mais era que uma semana inteira de festa dedicada à Nossa Senhora da Agonia, que tem duração de uma semana. A festa é celebrada na semana do dia 16 de agosto, e vai até o dia 20, que é o dia de Nossa Senhora da Agonia. Nessa festa, que se arrasta por quatro dias, é utilizado muito da cultura lusitana e costumes próprios da região onde está localizado o município de Viana do Castelo.

Durante a semana de festa, é possível ver os costumes e culturas estampadas nas roupas do povoado, nas músicas que são tocadas durante todo o dia, nas comidas tradicionais, entre muitos outros aspectos. A romaria é um sucesso, tendo, quando de suas primeiras realizações, presenças de até 50 mil pessoas. Logo depois do estrondoso sucesso, outros eventos foram anexados à festa litúrgica, com eventos que incluíam até mesmo a tourada (evento este que hoje é criticado no mundo inteiro pelo maltrato com os animais). Em 1906, já no século XX, é instituída a Festa do Traje, sendo que dois anos mais tarde, a Parada Agrícola é realizada em conjunto com as outras festividades relacionadas à Nossa Senhora da Agonia. 

Tais festas anexadas foram de suma importância para espalhar a festa de Agonia pela cidade toda, deixando de ficar restrita apenas ao arraial da Agonia. Atualmente, a festa litúrgica de Nossa Senhora da Agonia é uma das mais importantes de Portugal, juntamente com os festejos de Nossa Senhora de Fátima.

Segundo dados, as festividades da Agonia estão atraindo cada vez mais gente à pacata cidade de Viana do Castelo, onde, desde 2009, proibiu as touradas, para alívio dos defensores dos animais e revolta dos que apreciavam a prática. Mesmo assim, a festa continua sendo um sucesso.

Nos dias atuais, a festa apresentou várias coisas novas. Todos os dias da festa, mantendo a tradição nas datas, sendo compreendida entre os dias 16 e 20 de agosto existem várias exposições artesanais, shows de músicas com artistas conhecidos, desfiles e muita alegria do povo lusitano que é muito acolhedor. 

Nossa Senhora da Agonia no Exterior

Fora de Portugal, existem vários outros santuários dedicados à Nossa Senhora da Agonia.  No Brasil, por exemplo, na cidade mineira de Itajubá, existe o Santuário de Nossa Senhora da Agonia, que está localizado no bairro Pinheirinho, atrás do campus da UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá- que, por estar instalada em um morro, pode ser facilmente encontrada. Tendo uma estrutura totalmente inovadora, em formato circular, com o telhado e janelas na cor azul, o prédio do Santuário se destaca no cenário montanhoso da cidade.

Segundo o site oficial do Santuário, os trabalhos para a construção do templo tiveram início no mês litúrgico de Nossa Senhora da Agonia, ou seja, em agosto do ano de 1990, por força de vontade dos moradores do bairro Pinheirinho que tinham vontade de edificar uma igreja em homenagem à Nossa Senhora. Para tanto, receberam a ajuda de um senhor português que ganhou a nacionalidade brasileira, que se prontificou a doar um terreno que estava localizado em uma colina, no bairro. É hoje onde está edificada o Santuário da Agonia, reverenciado por várias pessoas da região. 

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Categoria(s) do artigo:
Santos

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