A religião é um assunto que rende muita polêmica, visto que algumas de suas diretrizes e regras resultam em questionamentos variados. Uma das polêmicas que estão em evidência atualmente é a questão do aborto, sobre a sua legalização. Alguns protestam a favor, outros, geralmente ligados a religiões como o cristianismo, condenam veemente tal prática.
No caso do Cristianismo, um dos pecados que mais gera polêmica entre as pessoas é o caso da fornicação, ou seja, o ato sexual praticado antes do santo matrimônio. E é esse o assunto do nosso artigo de hoje. Nele, você saberá um pouco mais sobre tal pecado, e algumas informações interessantes acerca do assunto. Vamos lá?
A Fornicação
Palavra que muita gente, de início, não entende o significado, a fornicação nada mais é do que o indivíduo praticar o sexo antes de relacionar-se matrimonialmente com a sua parceira. Atualmente, podemos perceber que vários casais de namorados, noivos e até mesmo “ficantes”, mantêm uma ativa vida sexual, utilizando-se do pressuposto que ambos compartilham um amor, e, por conta disso, podem realizar o ato sexual sem nenhuma outra culpa.
O Cristianismo, no entanto, vê o ato com outros olhos. Segundo as instituições católicas, o ato de fornicar-se é um grave pecado, que infringe a sexta lei de Deus, que diz que tal ato é um grave ataque à sexualidade e a dignidade humana de ambos os sexos. Muitos padres relatam que, ao realizar confissões de jovens, ouviram de muitos deles que eles não consideravam o ato sexual antes do matrimônio um pecado, já que ambos estavam conscientes e felizes no momento. Isso é repreendido pelos sacerdotes, pois para eles a sexualidade humana, segundo a Bíblia, é somente para o bem da família, para a procriação e a educação dos filhos.
Esse relato dos jovens preocupa a instituição católica, já que esse pecado quebra totalmente a moral e os bons costumes da Igreja. A Bíblia, livro sagrado para os Cristãos, possui diversas passagens divinas que criminalizam o ato de fornicação.
- Em Atos dos Apóstolos 21,25, está registrado que todos os que desejam alcançar o reino dos céus devem se abster de tentações, incluindo a fornicação.
- Já em I Coríntios, 6,13, o trecho diz que o nosso corpo é propriedade do Senhor e não foi feito para a fornicação, que, portanto, deve ser evitada pelos cristãos.
- Em II Coríntios 12,21 podemos ler o trecho que diz que devemos chorar por aqueles que pecaram ao não realizar a penitência da impureza e cometeram o pecado da fornicação.
Apesar de muitos jovens religiosos não se atentarem para esse lado, existem outros que resolvem seguir as doutrinas da Igreja, relacionando-se sem envolvimento sexual. São aqueles que “escolheram esperar”, ou seja, estão esperando o matrimônio para, enfim, poder viver o amor de uma maneira mais intensa.
Devemos dizer também que a Igreja é contra os métodos contraceptivos existentes no mercado atualmente, como a camisinha (que, além de evitar a gravidez ainda protege contra várias DST’s, inclusive a AIDS), o anticoncepcional, a pílula do dia seguinte e muitos outros.
A Igreja diz que a luta do jovem contra os prazeres da carne é diária e cansativa, visto que as tentações do sexo sempre existiram, e muitos desses jovens acabam cedendo a tais prazeres. Além de ser um ataque à dignidade humana, a Igreja argumenta, com base nas passagens bíblicas, que o sexo não pode ser apenas um instrumento temporário de prazer entre duas pessoas, mas sim o complemento para transformar o amor entre duas pessoas que se uniram em matrimônio em um relacionamento integral.
O Outro Lado
Muita gente questiona esse pecado da fornicação, argumentando que nada há de errado em prolongar a intimidade com alguém que ela julgue adequado. Dizem ainda que a Igreja não deve controlar a vida das pessoas (coisa que acontecia muito na Idade Média), sendo que elas devem ter liberdade para agir conforme as leis. E, aproveitando o embalo, muitas pessoas, a maioria mulheres, pedem que as instituições religiosas parem de agir no meio político, incitando regras como a não legalização do aborto, tema esse que vem gerando muita polêmica e crítica tanto de quem apoia quanto de quem abomina.
É fato: o Congresso Brasileiro sofre uma grande influência de grupos religiosos, sendo que a maioria é evangélica cristã. São muitos os movimentos destes em Brasília para tentar barrar projetos que visam, por exemplo, permitir a adoção de crianças por casais homossexuais.
Paralelo a isso, existem vários outros casais que, religiosos e atentos com todos os mandamentos da Bíblia, resolvem namorar, mas evitam ter contato carnal até que se casem e se unam diante de Deus e do Padre na Igreja. Apesar de não ser costumeiro, o número de Jovens que decidem esperar o casamento para ter sua primeira relação sexual cresce, isso se deve ao fato da maior aproximação do jovem com a religião cristã, temendo a Deus e seguindo à risca a suas palavras na Bíblia.
Como o Jovem Religioso Pode Se Redimir de Tal Pecado?
Caso o jovem religioso que tenha cometido tal pecado se arrependa e decida pedir perdão a Deus, ele deve ir a uma Igreja mais próxima e pedir para conversar com o padre e, assim, realizar uma confissão. Nessa confissão, o jovem irá relatar esse e mais outros pecados que tenha cometido no cotidiano, mostrando seu claro arrependimento a Deus e pedindo piedade.
O Padre irá ouvir atentamente às preces do jovem, e, antes de perdoar o seu pecado, irá lhe aconselhar sobre como prosseguir com a sua vida para que não cometa mais esse tipo de pecado. Também irá instruir o jovem sobre as missas e como fazer mais sua presença na comunidade.
Por fim, ele irá perdoar, pelas mãos de Deus, os pecados do jovem, dando a ele alguma penitência a sua escolha (que pode ser fazer uma caridade a alguém, rezar um Pai Nosso ou uma Ave Maria, trabalhar em prol da comunidade, etc.).