Constantino I foi um Imperador Romano que governou a partir do ano de 306 até a data da sua morte. Ele foi um líder muito importante que se destacou durante o período em que comandou Roma por possuir medidas diferentes daqueles que já haviam governado anteriormente. O papel de Constantino também foi muito importante para a Igreja Católica, já que ele estabeleceu medidas que tornou a religião legal dentro de Roma, o que fez ter novos adeptos e crescer dentro desse Império.
Para entender o papel de Constantino diante da Igreja Católica é preciso conhecer mais da história desse líder tão emblemático que viveu há tanto tempo atrás.
História de Constantino I
Também chamado de Constantino Magno ou Constantino, o Grande, o futuro Imperador nasceu no ano de 272, na cidade de Naísso, e viveu até o dia 22 do mês de maio do ano de 337, tendo o seu poder sobre o Império Romano durado pouco mais de 30 anos.
Para subir ao poder ele teve que derrotar outros dois imperadores, Licínio e Magêncio. Durante o seu governo ele batalhou contra diversos povos, como os alamanos, francas e sármatas. Era um líder que via resultados positivos para seu Império a partir da guerra, como era comum naquela época.
Ele construiu sua casa em Bizâncio, local que ele nomeou de Nova Roma, porém, ficou conhecida como Constantinopla em sua homenagem, e mesmo após a sua morte foi a capital do Império Romano do Oriente por mais de mil anos. Constantinopla estava localizada onde está atualmente a cidade de Istambul.
Constantino I
O poder de Constantino foi criado pouco a pouco, desde sua infância. Ele teve uma ótima educação, sua mãe era grega e ele se tornou bilíngue bem jovem, algo que era muito comum entre a elite romana. Logo ele passou a servir no tribunal do então imperador, Diocleciano. Mesmo ele tendo uma posição considerada de renome, a sua função no Império Diocleciano era similar a de um refém, isso não fez com que ele tirasse o melhor proveito possível da situação e fosse proclamado Augusto (o que no Império Romano significava um líder de extrema importância).
O início do seu reinado foi conturbado. Ele havia se declarado Augusto e sobrepôs o seu poder ao de Maximiano, que se tornou seu inimigo. Primeiro Constantino se casou com a filha de Maximiano para que eles se tornassem aliados, e isso o fez ser reconhecido tacitamente como Augusto. Porém, o filho de Maximiano, Magêncio, se declarou Imperador de Roma e tentou enfrentar Constantino.
Todos os conflitos que ele viveu fizeram com que se tornasse uma característica do governo de Constantino I as reformas militares. Para aumentar seu poder ele aumentou o número de tropas e criou um cortejo militar para o Imperador. Ele foi responsável por fundar Constantinopla que fortificou o Império Romano no Oriente, por isso ele é conhecido como um dos fundadores do Império nessa região.
Constantinopla
Outro importante acontecimento do seu governo foram as diversas construções nas quais ele investiu, inúmeras obras públicas e estruturais que repaginaram o Império, o modernizando e melhorando as condições de vida instituídas ali.
No ano de 337 ele percebeu que a sua morte estava próxima, chamando inclusive Eusébio de Nicomédia, que era de sua confiança, para que fossem feitos os seus sacramentos, ou seja, foi convertido oficialmente ao cristianismo. E assim ocorreu, ele morreu na cidade de Nicomédia, que atualmente é chamada Izmit, na Turquia.
Quem Foi Constantino Para a Igreja Católica?
Talvez um dos pontos mais importantes do governo do Imperador Constantino I seja a revolução do cristianismo que ele infringiu dentro do Império Romano.
Quando Constantino subiu ao poder, o cristianismo era visto como algo extremamente prejudicial, por isso, os imperadores que governaram antes dele perseguiam os cristãos. No início do seu governo ele deu liberdade religiosa à população e em 323 ele passou a estimular que os romanos praticassem o cristianismo. Apesar dessa não ter se tornado a religião oficial de Roma durante o seu governo, foi Constantino que deu o primeiro passo para que isso ocorresse no futuro.
Igreja Católica
A Igreja Católica passava por apuros em Roma, já que até então as perseguições aos católicos eram oficiais e generalizadas, sendo impossível professar a sua fé no local. Para criar a liberdade religiosa ele estabeleceu a lei que ficou conhecida como Edito de Milão, com isso, às perseguições aos católicos quase se findaram no Império Romano.
Após o estabelecimento da Edito de Milão a Igreja Católica passou por um intenso processo de expansão na região. Muito se discute sobre o motivo de Constantino ter decidido mudar a religião que ele seguia, alguns apontam motivos políticos, já outros acreditam que ele realmente se converteu. Não há uma resposta exata, no entanto, é importante evidenciar que ele teve um papel decisivo no futuro da Igreja Católica.
Suas medidas foram benéficas para a população, dando mais liberdade para os seus desejos. Além disso, os cristãos que haviam passado por perseguições e que tinham tido seus bens confiscados, conseguiram resgatar suas posses. Os sacerdotes cristãos passaram a ter o mesmo status que os pagãos, assim como os bispos da igreja, que estavam no mesmo nível dos magistrados e autoridades do Império, sendo também dispensados de pagarem impostos e outros encargos.
São Constantino
Constantino também restringiu alguns cultos pagãos que fugiam das diretrizes católicas, além disso, os cristãos passaram a serem reconhecidos como o restante da população, podendo ter funções dentro da sociedade que antes não lhes eram permitido. Logo, o Império Romano teve suas leis refeitas e cristianizadas, e o mesmo ocorreu com as diretrizes católicas, que passaram a seguir o que o Império desejava.
No entanto, essas medidas de Constantino acabaram por inverter o quadro social, e o povo pagão começou a ser perseguido, tinham seus bens confiscados e seus templos fechados. Tudo que envolvia símbolos pagãos acabou sendo reestruturado para se enquadrar ao catolicismo, o que deu início a um processo de perseguições que perduraria por anos, já que até os dias de hoje existe muito preconceito religioso dentro da sociedade.
A população romana passou por uma reforma também de caráter e valor, onde foram instituídas diversas regras de conduta moral. Foi durante o seu governo que alguns dogmas da Igreja Católica se firmaram para sempre, como a ideia de resguardar os domingos.
É possível definir Constantino como um dos promotores da Igreja Católica, sendo uma das figuras que mais contribuíram para que ela se tornasse tão poderosa como é nos dias de hoje. O reflexo das suas medidas foi visto de maneira direta quando a religião católica se tornou oficial do Império Romano no ano de 380.
A Igreja Católica Após O Governo De Constantino I
Após o seu governo a Igreja foi equiparada as demais religiões que existiam no Império Romano e os cristãos passaram a ter diversos direitos que antes lhes eram impedidos. No entanto, foi após ela se tornar religião oficial do Império Romano que passou por uma verdadeira transformação.
Aos poucos a Igreja Católica assumiu a organização do Império, primeiro a liturgia cristã passou a fazer parte de todo o cerimonial da corte. Foi-se aumentando drasticamente o número de bispos que existiam em Roma, surgindo novas paróquias. Antes do catolicismo se tornar oficial, só existiam paróquias nas áreas urbanas do Império, além disso, os bispos pararam de trabalhar e começaram a receber doações do governo para trabalhar, essas vinham de confiscos feitos sobre os pagãos.
Logo a Igreja Católica se expandiu geograficamente, sendo criadas paróquias cada vez em regiões mais distantes das urbanas, e em várias cidades. O clero passou a administrar o Império, além disso, essa era a única classe eu sabia ler e escrever. Nesse período o clero também passa a administrar várias obras sociais.
Certamente foi o pontapé inicial de Constantino, o Grande, que fez com que a Igreja conseguisse tais conquistas.
