Qual Era a Religião dos Gentios?

Na Bíblia o termo gentio refere-se a todos os não-israelitas, a palavra deriva de gens que em latim significa família ou clã. Gentios são todos os povos que não eram judeus, inclusive os judeus não podiam se casar com gentios pelo fato de que eles não adoravam a Deus. Ressaltamos que na Bíblia há vários exemplos de gentios que se converteram e se tornaram tementes a Deus, de forma que fica claro que existia essa opção para eles. Continue lendo para entender melhor quem eram os gentios e qual era a religião deles.

Gentios: Podiam Conviver Com os Judeus

A Lei de Moisés proibia que os estrangeiros fossem maltratados pelo povo judeu de maneira que podiam conviver com os israelitas, morar entre eles e até fazer negócios. No entanto, os gentios não podiam entrar no templo, caso um estrangeiro fosse convertido e circuncidado poderia vir a ser integrado a comunidade e seus bisnetos seriam judeus com pleno direito.

Como os judeus possuem regras bastante rígidas em relação a sua alimentação não comiam na casa dos gentios, esses povos comiam alimentos considerados ‘impuros’ pelos israelitas. Havia certo distanciamento por parte dos judeus em relação aos gentios por acreditar que a convivência muito intensa com eles poderia contaminá-los com a vida afastada de Deus.

Gentios na Bíblia

Bíblia Sagrada

Bíblia Sagrada

Como já mencionamos na Bíblia há exemplos de gentios que se converteram e se tornaram tementes a Deus assim como tem exemplos de gentios que trouxeram problemas para os israelitas. Há bons e maus gentios assim como também há bons e maus judeus.

Um exemplo disso são as esposas estrangeiras do rei Salomão que o levaram a um caminho de idolatria desviando a sua fé do único Deus dos judeus e abrindo caminho para que povos pagãos tentassem destruir a nação de Israel. Rute é um exemplo bastante emblemático de que os gentios podem ter tanta fé quanto os judeus, ela preferiu seguir a Deus ao invés de retornar ao seu próprio povo.

Ainda Existe Distinção Entre Judeus e Gentios?

 Judeus e Gentios

Judeus e Gentios

Jesus colocou fim a toda e qualquer distinção entre as pessoas, Ele deixou claro que a salvação é uma possibilidade para todos. No começo os cristãos tiveram dificuldades para compreender essa nova forma de pensar. Por algum tempo os cristãos judeus acreditaram que os gentios não podiam ser salvos e os cristãos gentios deveriam seguir as regras judaicas para que tivessem o direito a ser salvos.

Por sua vez os cristãos gentios não conseguiam entender como deveriam agir e que leis deviam cumprir para que pudessem ser salvos. Com o passar do tempo a mensagem de Jesus de que todos merecem a salvação se espalhou e hoje se entende que uma das bases do cristianismo é amar ao próximo. Os apóstolos ensinavam que os rituais judeus não precisavam mais ser feitos porque Jesus já havia purificado a todos.

Qual Era a Religião dos Gentios?

Antes do estabelecimento do judaísmo e posteriormente do cristianismo a religião era um tema pertinente a tribos e nações, não se tratava de uma preocupação inerente aos indivíduos especificamente.

Havia deuses nacionais e tribais, não deuses pessoais, contudo, esses sistemas de religião não satisfaziam plenamente as aspirações dos indivíduos. A seguir vamos apresentar alguns detalhes sobre as religiões dos povos gentios no Ocidente nos tempos de Jesus.

Cultos Pagãos

Alguns povos realizavam cultos pagãos que faziam uma combinação de elementos de mitologia helênica e latina. Havia tradição e patriotismo nesses cultos.

Culto ao Imperador

Nos tempos de Jesus muitas nações tinham um sistema político em que o imperador era entendido como um deus, algo que incomodava muito os judeus assim como os primeiros cristãos. Inclusive a busca pela manutenção dessa deificação do homem deu origem a inúmeras perseguições as igrejas realizadas pelo governo romano.

Astrologia

Astrologia

Astrologia

Uma pseudociência criada na Babilônia e que se tornou uma religião espalhada por todo o Império Greco-Romano. Inclusive até os dias atuais muitas pessoas ainda mantém essa crença cercada por superstição.

Religiões Focadas no Misticismo

O ser humano deseja ter explicações até para aquilo que parece inicialmente inexplicável, obviamente que o campo das religiões não fica de fora, não é mesmo? Religiões com toques de mistério foram criadas para suprir essa necessidade de apresentação de uma explicação pertinente para tudo.

Algo interessante de mencionar é que essas religiões de mistérios encerraram as crenças nacionais dando origem então a cultos pessoais. A base dessas religiões é alguma lenda em que se explica a história da vida, porque as pessoas morrem e a ressurreição de um deus. O mitraísmo que segue essa linha durante um bom tempo foi uma religião bastante aceita e que estabelecia competição com o culto cristão.

Os mistérios deixaram de dizer respeito a nação e passaram a ser de cunho pessoal e fraternal dando origem ao surgimento de irmandades religiosas e também a sociedades secretas. Essas religiões se caracterizam por ter cerimônias de iniciação complexas, em muitos casos há a realização de rituais estranhos e por vezes violentos. Algo que praticamente todas as religiões de mistérios oferecem é a salvação dos devotos.

Concessões de Paulo

Paulo de Tarso foi imprescindível para a difusão do Cristianismo após a morte de Jesus. O apóstolo objetivava salvar o maior número de pessoas através da conversão das mesmas então fez algumas concessões para os potenciais convertidos que seguiam religiões de mistérios. Essas concessões visavam tornar mais fácil a compreensão dos ensinamentos de Jesus por essas pessoas.

Paulo ensinou aos convertidos que existia uma redenção moral, a salvação pela ética. Os cristãos convertidos adquiriram um novo sentido para a sua vida e passaram a buscar um novo ideal. Através dos ensinamentos de Paulo essas pessoas deixaram de praticar rituais mágicos e cerimônias com foco em encantamento. O cristianismo não prometia salvar as pessoas da morte ou das suas tristezas, mas sim livrá-las dos seus pecados.

Paulo de Tarso

Paulo de Tarso

Passou a existir uma correlação entre seguir uma religião e ter uma vida pautada pela ética de comportamento. Os gentios não costumavam exigir de figuras em posições de destaque religioso um comportamento ético. Paulo promoveu uma grande transformação por meio de seu trabalho de difusão da palavra de Jesus.

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