Diversos são os religiosos que nos chamam a atenção atualmente devido seus grandes feitos em vida. Alguns se tornam consagrados devido suas condutas de amor e pregações de paz quando estavam peregrinando pela terra e se tornam exemplos a serem seguidos por muitos devotos que buscam seguir seus caminhos com excelentes boas ações. Muitos tem sua morte marcada por terem dado suas vidas por uma causa sobre a qual acreditavam fielmente. Padre Eustáquio foi um dos bons exemplos que merecem ser destacado nos dias atuais, pois viveu uma vida difícil e ainda assim acreditava que o melhor a se fazer em terra era seguir com condutas de amor para com o próximo. Vamos tratar nesse texto um pouco mais acerca da vida e morte de Padre Eustáquio.
Humberto Van Lieshout, conhecido como Padre Eustáquio nasceu na Holanda, na cidade de Aarle Rixtel, em 3 de novembro do ano de 1890. Humberto cresceu em meio a uma família grande, possuía oito irmãos e desde cedo era reconhecido entre seus pais e irmãos por sérum menino amável, caridoso, piedoso que procura praticar o bem em suas atitudes.
Quando mais velho ele decide ser padre e se matricular no Seminário. Essa decisão foi influenciada por sua leitura a respeito da vida missionária de Padre Damião. Humberto se identifica com a vida que Padre Damião levou e por isso decide seguir seus passos se direcionando a estudos no seminário. É conhecido como Padre Eustáquio pois quando foi noviciado trocou seu nome de batismo para a forma como é mais conhecida nos dias de hoje.
Conseguiu atingir parte de seu ideal de vida quando conseguiu realizar missões assim como Padre Damião, quem era seu exemplo a seguir. Foi aos 25 anos que Padre Eustáquio conseguiu ser um missionário e foi direcionado ao Brasil junto a outros dois outros missionários. Ao chegar aqui foi convidado a assumir o Santuário de Nossa Senhora da Abadia, em Água Suja, interior do estado de Minas Gerais. No ano seguinte Padre Eustáquio já era vigário em três paróquias.
As pessoas que frequentavam sua paróquia eram pessoas simples, sem muitos bens e alguns até viviam em condições penosas. Não foi fácil para o padre Eustáquio ganhar a confiança dos moradores locais, mas com suas boas ações e bom coração aos poucos foi conquistando a confiança e respeito local. Ele não só fazia seu trabalho em levar a palavra a qual acreditava, como também levava alimentos a pessoas carentes, distribuía vestuário a quem necessitava e acudia pessoas que se encontravam em situações precárias. Também se envolvia em problemas familiares buscando resolver e aconselhar da melhor forma. Socialmente auxiliou na reabertura de escolas do munícipio, influenciando e estimulando a educação das crianças da região. Foi nessa região que primeiro se instalou no Brasil que ganhou excelente fama devido boa conduta e passou a ser conhecido como santo e milagreiro.
Após um bom tempo no interior de Minas Gerais o Padre Eustáquio é mandado para Poá, no estado de São Paulo, mas devido sua influência positiva em Água Suja a população não permite sua saída, mas alguns meses depois, quando a população se acalmou, o Padre Eustáquio pode seguir seu caminho e ir para Poá ser vigário na paróquia Nossa Senhora de Lourdes. Assim como ocorreu no interior de Minas Gerais, aconteceu em Poá, e sua boa fama foi estendendo devido suas pregações e bênçãos. Essa fama passou a atrair diversas pessoas de outras regiões, criando um elevado fluxo de pessoas para Poá.
Devido esse elevado fluxo Padre Eustáquio foi transferido para ser vigário na Paróquia de São Domingos em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, onde continuou a fazer seu bom trabalho com seu excelente desempenho.
Morte de Padre Eustáquio
Padre Eustáquio andava visitando paróquias e famílias da redondeza para realizar suas pregações, ensinamentos e auxiliar nos problemas locais. Nos seus deslocamentos entre diversas vilas foi picada pelo carrapato de transmite o tifo exantemático. Essa doença ocorre por transmissão de uma bactéria transmitida por algum vetor e causa lesão na pele, febre, diarreia, tosse, calafrio, dentre outros sintomas. Na época não havia cura para essa doença e por isso veio a falecer em 30 de agosto de 1943.
Do ano de 1943 até o ano de 1949 diversas pessoas de diversos locais do Brasil iam visitar seu túmulo, mas em 1949 foi feito o translado de seu túmulo para a Igreja dos Sagrados Corações, cuja construção foi iniciada pelo próprio padre Eustáquio no mês de maio de 1943.