Levítico

A religião é um dos assuntos mais discutidos no mundo atualmente. Isso porque várias são as entidades e seitas que se denominam religiosas, cada uma com uma ideologia a seguir. O Cristianismo, por exemplo, é a maior religião do planeta, tendo em seu leque mais de 2,2 bilhões de fiéis (Algo em torno de 30% da população mundial).

As suas três vertentes principais, que são a católica, a protestante e a ortodoxa, são responsáveis por esse grande número de adeptos. Particularmente, a católica é a principal nesse quesito, visto que ela é a maior vertente cristã. Um exemplo é o Brasil, que é o país com o maior número de católicos no mundo.

Por falar em Cristianismo, um dos livros mais conhecidos pelos Cristãos – ou, até mesmo por quem não é cristão ou não segue nenhuma doutrina religiosa – é a Bíblia. Sua fama é tamanha que ela é o livro mais vendido de todo o mundo. No artigo de hoje, iremos falar um pouco sobre um dos volumes presentes no livro cristão, que é o Levítico. Você vai conhecer um pouco mais sobre ele e alguns aspectos interessantes relacionados a ele. Vamos lá?

O Livro do Levítico

O Livro do Levítico é o terceiro livro presente na Bíblia, sucedendo o Livro do Êxodo e antecedendo o Livro dos Números. É parte do Pentateuco, que reúne os cinco primeiros livros bíblicos, sendo que sua autoria comumente é atribuída àquele que, segundo a Bíblia, libertou os escravos hebreus das mãos dos egípcios: Moisés.

O nome “Levítico” provém da Tribo de Levi, onde a Lei dos Sacerdotes – que está presente no volume – foi promulgada, e, também, porque a tribo foi a determinada para que os seus sacerdotes guiassem o seu povo.

Sendo considerado um livro Teocrático – ou seja, tendo um caráter legislativo – o Levítico (conhecido como Vayikrá pelos judeus) possui 27 capítulos, estando localizado no Antigo Testamento. Seus textos rementem aos rituais de sacrifício, as características que vêm a diferenciar o puro do impuro, a agenda litúrgica e muitos outros assuntos. 

Voltando ao assunto do autor do livro, apesar de ser atribuído a Moisés, algumas instituições questionam a veracidade da informação. Alguns afirmam que Moisés, além de ter escrito o Levítico, escreveu também todos os outros livros do Pentateuco, e que a sua inspiração para escrever tais livros veio diretamente de Deus. Outros sustentam, no entanto, que Moisés redigiu tais escrituras somente em seu exílio, que ocorreu na Babilônia.

As leis e demais regras presentes no livro do Levítico são interpretados pelos cristãos como uma maneira de se aproximas de Jesus, assim como os judeus queriam se aproximar do Messias. Eles acreditavam que, se seguissem corretamente as Leis de Moisés, o seu encontro com o Salvador viria mais rápido. 

Os Rituais de Sacrifício Presentes no Livro do Levítico

Como já mencionado anteriormente nesse artigo, o Livro do Levítico é recheado de normas, regras e, também, de rituais de sacrifício. Você vai conferir agora quais são e como acontecem tais rituais.

Sacrifício de Comunhão: A intenção era encontrar a comunhão em Deus. Por isso, era necessário o derramamento de sangue da vítima escolhida em um altar feito exclusivamente para esse fim. Além do derramamento de sangue, a imolação e a imposição das mãos da vítima se fazem presentes no processo, assemelhando-se ao rito do holocausto, o qual iremos falar mais adiante.

A parte mais nobre da vítima (geralmente, a qual havia mais carne), era destinada a Deus, e, portanto, era incinerada. As outras partes, por fim, eram consumidas pelo sacerdote que realizou a cerimônia de oferenda e pelo responsável pela oferta. Comiam num banquete considerado sagrado e de conexão com Deus por meio da comunhão. 

Holocausto: Citado no rito anterior, é relacionado à entrega da vítima a Deus, não restando pouco mais que a pele ao sacerdote e ao oferente. Como era necessária a oferta da vítima a Deus, a mesma era totalmente incinerada, e não somente uma parte, como está colocado no rito do Sacrifício de Comunhão.

Antes da incineração, o sacerdote colocava as mãos sobre a vítima, sinalizando a Deus que ela o pertencia e, imediatamente, a degolava, sendo, por fim, queimada em um altar específico. O significado de tal ritual era de que Deus era o rei de tudo e de todas as coisas criadas.

Oferta Vegetal: Tinha por intenção a oferenda de vegetais a Deus (um dos ritos que não envolvem sangue ou mortes). Geralmente, a oferta era feita por meio de farinha misturada com azeite, sendo os produtos, geralmente, provenientes da primeira colheita, considerada por muitos como a melhor. Intimamente ligada com a oferta de farinha na festa Pentecostal, tornou-se um símbolo corrente, sendo que sua oferta passou a ser simultaneamente ao processo de imolação animal. 

Pães da Oferenda: Pães são utilizados em atos de louvor à Deus. Comumente, eram colocados doze pães sobre o altar, que tinham como significado as doze tribos que mantinham uma aliança religiosa com Deus. Oferenda renovada a cada 7 dias (no sábado, majoritariamente), somente os sacerdotes tinham autorização para comer dos pães.

Sacrifício do Pecado: Consistia apenas em oferecer uma vítima animal qualquer para a absolvição de pecados. Geralmente, os mais pobres usavam como oferenda pequenos roedores e aves. Sua diferença em relação aos demais é que o sangue da vítima é o principal componente do sacrifício, já que a aspersão dele era feita com o intuito da expiação da vida, que o sangue simboliza. Outro sacrifício que é semelhante a esse é o Sacrifício da Reparação de Ofensa.

Ofertas de Incenso: O incenso era o principal elemento de sacrifício. Em honra do Senhor, o incenso, que era considerado como um dos perfumes mais agradáveis, era colocado para queimar de manhã até a noite, todos os dias, sem exceção, em sinal de respeito e gratidão à Deus. O incenso era utilizado por seu cheiro e pela fumaça que, para os sacerdotes, voava alto e alcançaria a plenitude do Senhor. 

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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