A religião é um dos assuntos mais discutidos atualmente, e isso se dá, justamente, por causa da grande religiosidade que é exalada, tendo no planeta mais de três mil congregações que são reconhecidamente religiosas. Levantamentos mostram que mais da metade da população mundial, que já está em 7 bilhões de pessoas, possuem algum tipo de religião, sendo que a maior de todas é o Cristianismo.
O Cristianismo surgiu há mais de dois mil anos atrás, sendo fundada por Jesus Cristo, que, segundo a tradição bíblica, foi o messias que anunciou a existência do reino de Deus, e que veio para a Terra com o objetivo de salvar a todos do pecado. No entanto, essa não é a religião mais antiga do planeta, já que antes do nascimento do então filho de Deus já existiam outras seitas, como o judaísmo, no qual o próprio Jesus foi criado, ou seja, cresceu sob os ensinamentos e aprendizado que os Judeus possuíam.
Um dos braços mais antigos do Cristianismo no mundo é a sua vertente católica, ou seja, que faz parte da Igreja Católica Apostólica Romana – a ICAR – e que, embora tenha perdido grande parte de sua influência de outrora, ainda hoje causa frisson no planeta, tanto é que, qualquer anuncio que seja feito no Vaticano, o menor país do mundo incrustado em Roma, Itália, e que é a sede oficial da Igreja Católica, é motivo de especulação e cobertura internacional.
O nosso artigo de hoje irá falar um pouco sobre uma figura católica bastante conhecida dos brasileiros, sobretudo, pelos que moram no Sul de Minas e no interior de São Paulo: iremos falar sobre o Padre Vitor Coelho de Almeida, além de outras informações pertinentes sobre o tema. Confira a seguir:
O Padre Victor Coelho De Almeida
Victor Coelho de Almeida é filho de Maria Sebastiana Alves Moreira e Leão Coelho de Almeida. Nasceu na cidade mineira de Sacramento, em vinte e dois de setembro do ano de 1899. Leão, o pai, chegou a morar na França, em Paris, para fazer o curso de artes decorativas. Inicialmente, não tinha qualquer base religiosa, sendo considerado um “católico” não praticante. No entanto, isso veio mudar no ano de 1911, quando ele alcançou um pedido feito que era de que seu filho, Victor, pudesse entrar num colégio católico. A matriarca da família, Maria Sebastiana, era bastante conhecida por sua bondade e meiguice. Se casou com Leão em 1897, tendo, além de Victor, mais quatro filhos. Leão se tornou professor primário na região hoje conhecida como “Triângulo Mineiro”, em Minas Gerais. Sebastiana, no entanto, não ficou muito tempo acompanhando os filhos e o marido; veio a falecer bastante jovem por conta de uma enfermidade. Leão, por sua vez, viveu por mais de noventa anos, podendo ver o seu filho se tornar um sacerdote de respeito.
Victor foi, dos cinco, o segundo filho a chegar na família, e logo se destacou dos demais quando seu temperamento se revelou bastante extrovertido, o que foi uma verdadeira “cruz” na vida familiar, já que ele não tinha qualidades do tipo “piedoso” ou “docilidade”, o que era esperado de toda criança naquela época. Teve diversos encontros com a morte, já que adoecera a níveis alarmantes diversas vezes, como quando ficou três dias de cama, com uma febre alta que não cedia, e que, por pouco, não comprometeu seriamente os seus dois pulmões; em 1921, também, adquiria a temida tuberculose, enquanto estava estudando teologia na Alemanha. A doença não atacou o rapaz apenas uma vez em sua vida: Em 1940, novamente, ela deu as caras, enquanto o já sacerdote estava em missão na cidade paulista de Ribeirão Preto.
Como se sabe, sua mãe partira jovem, tendo ele ficado órfão de mãe aos oito anos. Naquela época, seu pai não conseguiria dar a educação que ele merecia, por conta de seu árduo trabalho como professor. Então, ele decidiu deixar a criança aos cuidados da avó materna, que também não conseguiu educa-lo de uma maneira satisfatória. Com isso, ele se tornou um “moleque” insuportável, que era o verdadeiro terror das pessoas. Um primo seu, que já era sacerdote, tentou leva-lo para a vida religiosa, mas, assim como sua avó, também falhou na missão.
Foi nessa época, em 1911, que o garoto fora internado em um Colégio Católico, fato que este converteu o seu pai para a religião. No começo, o garoto demorou para se acostumar com a rotina do lugar. Mais tarde, porém, entendeu o que tinha acontecido com ele e, por mais que não houvesse vontade alguma de seguir a profissão de padre, Vitor decidiu continuar no caminho religioso, se transformando num seminarista reformista. Em 1917, recebeu o ato redentorista e, no ano seguinte, em 1918, foi concebida sua ordenação como sacerdote em 2 de agosto.
Com isso, o padre fora ampliando o seu conhecimento sobre a religião, ministrando missas, realizando casamentos, batizados e todas as atribuições normais a um sacerdote. Em 1949, quando já estava curado do segundo contágio da Tuberculose, Victor mudou-se para Aparecida, em São Paulo, e se tornou um propagador da Palavra de Deus tanto nas missas do Santuário quanto nas transmissões da Rádio Aparecida, sendo ele um dos mentores para a fundação da estação de rádio religiosa. Em 1951, a rádio começou a funcionar e, dali a voz do padre ecoou por longínquos 36 anos.
Seus pronunciamentos nas rádios angariavam mais e mais fieis, sendo que a audiência de seu programa era bastante alta. A todo tempo, o sacerdote lutava com sua “personalidade interna”, o qual julgava ruim e, por isso, não deveria ser merecedor, nem mesmo, do título de padre. Desde dessa época do rádio, o padre já era chamado de “santo” pelos fiéis, por conta das grandes mensagens e lições que o padre passava em suas missas, homilias, entre outras coisas. Mostrava uma devoção ferrenha à Nossa Senhora Aparecida., já que considerava ela como responsável pela reviravolta em sua vida. Morreu na cidade homônima, em 1987, aos 87 anos de idade, sendo, até hoje, lembrado com carinho pelos que acompanham os trabalhos da Rádio Aparecida, bem como pelas missas que foram ministradas pelo sacerdote.