Bnei Noah

A religião é um dos assuntos mais complexos que existem no planeta. Isso porque, com uma população estimada em mais de 7 bilhões de pessoas, com estimativas de chegar em 9 bilhões daqui a alguns anos, o número de religiões existentes também é bem grande, mais de três mil delas, entre seitas e doutrinas. Pode-se imaginar que o leque de possibilidades se tratando em religião é enorme.

Dentre essas 3 mil religiões, as que mais se destacam são o Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo, sendo que a religião fundada por Jesus Cristo é, de longe, a maior de todas, com um número estimado de fiéis que beiram os 2,2 bilhões de pessoas. Logo atrás, vem o Islamismo, com seus 1,9 bilhões de seguidores, sendo uma das religiões que mais crescem no mundo, e, mais atrás, o Hinduísmo aparece com pouco mais de 850 milhões de seguidores no planeta.

Como dito no início desse artigo, as mais de 3 mil seitas e religiões existentes fazem com que o mundo seja bem variado, religiosamente falando, o que contribui para as diversas culturas também existentes nessa vasta bola azul vagando no universo. No nosso artigo de hoje, para não perder o costume sobre as diversas seitas, iremos conhecer um pouco mais sobre o Bnei Noah, suas peculiaridades e curiosidades.

O Bnei Noah

O Bnei Noah é uma tradição monoteísta, ou seja, que acredita em um só Deus, de não-seguidores das tradições judaicas, que tem por intenção seguir os ensinamentos baseados nas Sete Leis de Noé. Ainda de acordo com as tradições de origem judaica, os que não são adeptos do judaísmo não precisam, necessariamente, se converter à religião, mas, sim, seguir os preceitos defendidos nas Sete Leis de Noé.

É sabido que, na tradição da religião judaica, todos nós somos descendentes diretos de Noé, a partir do momento que ele consegue, com a ajuda de Deus, sobreviver ao grande dilúvio que assolou o planeta, e o fez chegar à terra firme. Então, o profeta se estabeleceu e começou a fazer a população humana se construir novamente.

Isso se deu, obviamente, pela ajuda Divina em alertar Noé para que construísse uma arca tão grande que fosse possível transportar um casal de animais de cada espécie, inclusive a família do profeta. Já que Deus havia se aborrecido com a decadência humana daquela época, e resolveu destruir tudo o que tinha vida, menos a Noé e sua família, por crer que o profeta era o único justo presente entre as pessoas da época.

Com a construção da arca, o respectivo dilúvio e o consequente repouso da barca no Monte Ararat, como está descrito na Bíblia, Noé e seus descendentes puderam perceber que a Terra deveria se repovoada novamente, e começaram a erguer construções e a trabalhar para sua própria subsistência.

Deus, em sinal de que nunca mais faria algo semelhante com o planeta, ou seja, não iria arrasá-la novamente por meio de um dilúvio, fez um pacto com Noé. Logo após o desembarque de Noé e sua família apareceu uma formação no céu que continha variadas cores, como uma “aliança” com Deus. Tal formação é conhecida hoje por Arco Íris, e sempre se forma após uma chuva. É um espetáculo muito bonito de se ver.

Segundo a tradição judaica, juntamente com essa aliança surgida do pacto de Deus com Noé, se deu, também, a observância quanto as sete leis estabelecidas em comum acordo com Deus e Noé, que ficou conhecido como as “Sete Leis de Noé”. Confira, a seguir, quais são elas.

Quais São as Sete Leis de Noé?

As Leis de Noé não são muito conhecidas por praticantes do Cristianismo, mas os seus fundamentos se assemelham, e muito, aos Dez Mandamentos talhados por Moisés na pedra a mando de Deus. As leis, como se espera, ditam sobre um modo de vida santo e mais próximo de Deus, assim como os Dez Mandamentos. Veja:

  1. Não matar;
  2. Não se render à idolatria;
  3. Não praticar roubo;
  4. Não cometer atos imorais relacionados ao sexo;
  5. Não cometer blasfêmia;
  6. Não cometer nenhum tipo de violência contra animais;
  7. Constituir justiça e construir um sistema de regras.

Como já dito no início desse artigo, os que não eram judeus não tinham a obrigação de se converter ao judaísmo para viver a religião em sua intensidade. Bastava, somente, seguir essas sete leis ditadas por Noé e Deus. Um outro fato é que, enquanto os não judeus poderiam seguir essas leis, os seguidores do judaísmo deveriam se submeter a Torá, que nada mais é do que um escrito com mais de 613 leis a serem seguidas. Cujo o seu resumo mais fiel se caracteriza nos Dez Mandamentos expedidos por Deus à Moisés.

No entanto, os Judeus também podem optar por seguir essas mais de 600 leis ou, também, as Sete Leis de Noé. Muitos estudiosos acreditam que as Sete Leis de Noé vieram como um pacto de leis universal a ser seguido pelos religiosos.

Noé e a Arca

Muito se tem especulado sobre a veracidade dos fatos que envolvem o profeta Noé e a construção da imponente arca que, acredita-se, foi responsável por salvar a vida no planeta. No entanto, muito se tem questionado se, de fato, tal acontecimento existiu. Muitos rechaçam a ideia de que no grande navio de madeira houve espaço suficiente para tantos animais – especulam-se mais de 70 mil deles na embarcação de Noé – bem como se havia alimentação e água adequada para todo mundo.

Outro fato intrigante é que, até hoje, não foi confirmada a descoberta de nenhum resquício da Arca no Monte Ararat, que fica na Armênia. Embora tenha surgido na internet vários pesquisadores que acreditam terem chegado até a fantástica construção de Noé. E você? Qual a sua opinião sobre a arca e o Bnei Noah, ou seja, as Sete Leis de Noé? Conte-nos o que pensa a respeito nos comentários abaixo.

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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