A Bíblia é um dos livros que mais vendem nos quatro cantos do planeta. Também, não é para menos: o Cristianismo é a religião com maiores adeptos do mundo, com estimativa de mais de 2,2 bilhões de fiéis, distribuídos entre a Igreja Católica, a Igreja Protestante e a Igreja Ortodoxa, que seguem os preceitos cristãos.
Apesar de o Cristianismo ter enfrentado uma queda significativa de adeptos, sua influência ainda é muito grande, tanto é que todas as escolhas e decisões tomadas são de âmbito internacional. Prova disso é o conclave que elegeu o 265° papa em 2013: O Arcebispo de Buenos Aires Jorge Mario Bergóglio, conhecido pela alcunha de Papa Francisco.
De volta á Bíblia, várias são as passagens e textos onde figuras importantes que remontam o Cristianismo estão presentes. Podemos citar Jesus Cristo, Moisés, Noé e também Abraão, que é considerado o pai dos cristãos. Nesse artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre a sua fé e, obviamente, sobre a sua história de vida segundo o livro mais conhecido e vendido do mundo.
Abraão na Bíblia
Segundo a bíblia, Abraão faz parte da 9° geração de Sem, homem que tem como pai Noé, patriarca que, ainda segundo o livro, foi o escolhido por Deus para salvar sua família e os animais do Grande Dilúvio através de sua enorme arca, construída por ele usando madeira.
Abraão, como já foi dito no início do nosso artigo, é considerado o pai de todos os cristãos. Isso porque o personagem bíblico é notável pela sua fervorosa fé em Deus, não medindo esforços para provar o seu amor e devoção ao Senhor Deus.
No entanto, se engana quem pensa que Abraão, por ser um escolhido de Deus, tinha uma vida tranquila e sossegada. Segundo as passagens bíblicas, o profeta levava uma vida mansa e humilde, como muitos homens comuns da época e, claro, por não ter uma vida regada a dinheiro e outras regalias. Abraão sempre passou por dificuldades, tanto no âmbito financeiro quanto no pessoal.
Segundo o livro sagrado, Abraão nasceu no ano de 2018 antes de Cristo, na cidade de Ur, e, na época, a localidade era uma das mais conhecidas da Mesopotâmia, por sua grandiosidade e prosperidade, além da devoção por grandes ídolos daqueles tempos. Não sabe ao certo, mas há boatos que o pai de Abraão, Tera, era um dos adoradores de tais ídolos. Então, Abraão, ao tornar- se maduro suficiente para tomar as próprias decisões, resolveu adorar apenas a Jeová, e não mais aos ídolos costumeiros daquele tempo, que eram considerados verdadeiros deuses.
Apesar das dificuldades que o acompanharam durante a sua vida, Abraão a possuiu de uma forma totalmente plena e, até certo ponto, empolgante. No entanto, algumas coisas que ocorriam não possuíam um sentido totalmente claro. Veja alguns deles:
– Quando ainda residia em Ur, na Mesopotâmia, Abraão recebeu um chamado de Deus, que ordenava que ele e sua esposa, Sara, pegassem todas as suas coisas e se mudassem para uma região indicada por ele. Apesar de não ter uma indicação totalmente correta do motivo de estarem mudando e para onde iria, o casal não hesitou e obedeceu a Deus, juntando todos os seus pertences e seguindo os sinais impostos por Deus. No fim, viveram em Canaã, como verdadeiros forasteiros (por viverem em tendas), por toda a sua longa vida.
– Um fato curioso é que Abraão e Sara não possuíam filhos, por um problema de esterilidade por parte de Sara. Jeová, em uma de suas mensagens, disse que iria fazer de Abraão um pai de uma grande nação, e disse ainda que sua descendência seria tão numerosa quanto às estrelas que existiam no céu.
– Quando Jeová disse que a descendência de Abraão seria numerosa, Jeová cumpriu uma de suas promessas, a de que Abraão e Sara teriam um filho. Tecnicamente, isso seria impossível, por conta da idade avançada dos dois (Abraão tinha 99 anos, e Sara tinha 90). Mas, eles acreditavam que, para Jeová, nada, absolutamente nada era impossível. E isso se concretizou quando Abraão completou 100 anos: Sara engravidou e deu a luz a um menino, na qual Abraão deu o nome de Isaque. Deus disse ainda que, por intermédio de Isaque, a humanidade seria grandemente abençoada.
-Deus resolveu por à prova toda a fé e adoração que Abraão tinha a ele. Em certo dia, com Isaque criança, Deus pediu, em mensagem, que Abraão levasse o pequenino até um monte indicado por ele, construísse um altar e oferecesse seu único filho em sacrifício para provar sua fé. Abraão, como sempre, não hesitou e levou Isaque para ser sacrificado. O levou até o monte indicado por Deus, preparou o altar e amarrou o filho. Ao sacar o punhal e, prestes a golpear Isaque, um dos anjos de Deus chamou Abraão, e disse para não causar a ele mal nenhum, pois ele provou a Deus que o coloca em primeiro lugar, seja qual for o caso. Em troca do filho, Abraão ofereceu um cordeiro que encontrou preso em um dos arbustos próximos do local do sacrifício.
– Uma das últimas promessas de Deus a Abraão, era de que ele teria uma vida muito longa e, que no momento derradeiros de sua vida, ele teria uma grande e serena paz. Isso realmente foi cumprido: Abraão veio a falecer com mais de 170 anos (ele morreu, segundo a Bíblia, com 175 anos) e, nos últimos momentos de vida, ele teve paz e tranquilidade como nunca teve antes.
Ao ver alguns dos acontecimentos da vida de Abraão, percebemos que ele teve uma vida muito extensa, vívida e, ao mesmo tempo, sofrida e com várias glórias. Basta ver uma das promessas divinas a ele, que era torná-lo pai aos 100 anos (impossível, do ponto de vista da ciência).
Por conta disso e de outras promessas descritas nesse artigo, Abraão pode ser considerado, de fato, o pai dos cristãos, por seu grande exemplo de fé em Deus, e a vida simples que levava, um dos pilares dos mandamentos que a Bíblia tem nela escrito.
