Santo Sebastião

A religião é um dos assuntos mais discutidos da atualidade. Isso porque o planeta é essencialmente religioso. Com um vasto leque que envolve mais de 3 mil doutrinas e seitas que se declaram religiosas, três se destacam nesse aglomerado: o Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo, sendo as três maiores religiões do planeta. 

O Cristianismo, por sua vez, é a maior religião do planeta, com uma estimativa de fiéis que ultrapassa o montante de mais de 2,2 bilhões. A religião cristã é segmentada em várias vertentes distintas, nas quais podemos destacar o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa.

Das vertentes listadas acima, a maior delas é o catolicismo, sendo a primeira vertente a surgir depois da fundação do Cristianismo pelas mãos de Jesus Cristo, considerado pelos Cristãos como o filho de Deus que foi mandado à Terra com a missão de converter o povo, além de transmitir os ensinamentos de Deus àqueles que o seguiam.

Uma das características do catolicismo é a adoção, pelos católicos, do respeito por personagens que, ao longo da história da Igreja, realizaram algum feito em prol dela e de Deus. São os chamados santos. E, hoje, iremos falar sobre São Sebastião, que é um dos mais conhecidos pelos católicos. Nesse artigo, você vai conhecer um pouco mais sobre a vida de São Sebastião, bem como algumas informações interessantes. Vamos lá?

São Sebastião

São Sebastião nasceu na cidade de Narbona, localizada na França, no ano 256 depois da morte de Cristo. Durante sua vida, foi um mártir e defensor ferrenho dos preceitos cristãos, vindo a ser perseguido pelo Imperador Romano Diocleciano, por conta de suas posições. Vale lembrar que, naquela época, o cristianismo ainda era ilegal em território do império romano, e aqueles que insistissem em seguir com as práticas cristãs era perseguido e até, em última instância, ser morto pelas forças romanas. O nome “Sebastião” é derivado do grego “sebastós”, que nada mais significa que “iluminado”, “divino”.

Sebastião teria chegado ao território romano por meio de caravanas que adentravam o Mar Mediterrâneo, sendo que tais caravanas eram realizadas com certa frequência, pois as altas temperaturas nas costas que circundavam o Mar Mediterrâneo eram intensas. 

O intuito de Sebastião ao se aventurar pelo Mar Mediterrâneo para chegar até o império de Roma era que ele se alistasse no exército romano, que, naquela época, era o mais forte do mundo. Isso aconteceu em 283, segundo os historiadores.

No entanto, como já se sabe, os romanos eram intolerantes com a prática cristã naquela época, e perseguia a todos que se submetessem a tais práticas. Sebastião, um cristão fervoroso, mesmo assim, decidiu se candidatar a uma vaga no exército. E conseguiu.

Depois de iniciar seu trabalho no exército, Sebastião começou a revelar-se um grande soldado, mas que tinha como objetivo lá dentro fomentar os corações dos cristãos, que, por causa da perseguição e tortura, tinham perdido a esperança cada vez mais. Mesmo com essa ofensiva cristã por parte de Sebastião, o soldado era querido pelo imperador Diocleciano e Maximiano, que, encantados pela sua habilidade como soldado, o queriam sempre por perto. Por conta de sua habilidade, foi designado como o capitão da Guarda Pretoriana, que nada mais era que o pelotão especializado na segurança de Diocleciano e de outras autoridades importantes. Com isso, Sebastião foi ganhando fama e influência com as autoridades romanas. 

No entanto, em 286, Sebastião foi visto como traidor pelos romanos. Isso porque ele apresentou uma atitude branda em relação a recém-prisioneiros declaradamente cristãos. Diocleciano já sabia que Sebastião nutria uma intensa relação com o Cristianismo, mas a atitude tomada pelo capitão foi considerada abusiva e com alto teor de desrespeito às leis romanas.

Com isso, Sebastião foi preso, perdendo o posto de capitão, e passou a ser tratado como infiel pela sociedade romana. Foi julgado, e sentenciado à morte. Em sua execução, foram-se utilizadas flechas, que, hoje, são símbolos de sua resistência às forças romanas. Depois de ser executado por soldados romanos, foi ordenado que seu corpo fosse jogado em um rio próximo. No entanto, diferente do que haviam pensado, Sebastião não havia morrido. Uma mulher, chamada Irene, avistou o corpo desfalecido de Sebastião e o pegou, passando a tratar de suas chagas. Essa mulher, mais tarde, também viria a ser canonizada, conhecida hoje por Santa Irene.

Depois de ter sido curado pela bondosa mulher, Sebastião, ainda crente que sua luta pela liberação do Cristianismo não seria em vão, decidiu prostrar-se diante de Diocleciano, para mostrar a ele que ainda estava vivo. O imperador, então, mais uma vez ordenou que Sebastião fosse sumariamente executado. 

Dessa vez, o imperador decretou que Sebastião fosse espancado até a morte, pelos soldados do exército romano. Depois de sua morte, o seu corpo foi jogado no esgoto público romano. Dessa vez, foi uma mulher chamada Luciana quem encontrou o corpo de Sebastião. Teve compaixão e o recolheu, o limpou e providenciou um sepultamento digno. Foi enterrado nas catacumbas. Luciana também veio a se tornar Santa, por conta de sua ação para com Sebastião.

O modo de execução de Sebastião alimenta muitas discussões sobre o lado perverso dos romanos. Por isso, as esculturas de São Sebastião serão sempre com o santo amarrado em um galho, com várias perfurações de flechas. Isso simboliza a resistência cristã perante a opressão romana da época.

O culto a São Sebastião teve início no século IV, com o início da decadência do Império Romano, e teve o seu auge durante a Baixa Idade Média.

A história de São Sebastião quase que se confunde com a de São Jorge, por conta de seus trabalhos em favor do cristianismo, bem como seus martírios por conta de suas escolhas religiosas. 

São Sebastião no Brasil

Santo Sebastião não é um santo cultuado apenas pela instituição católica, mas também pela Igreja Ortodoxa e pela Umbanda. No Brasil, o santo é cultuado por vários locais, sendo inclusive padroeiro de várias cidades, como São Sebastião do Paraíso, Pedralva (ambas em Minas Gerais), Sengés , Jacarezinho (no Paraná), entre outros locais. 

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Categoria(s) do artigo:
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