A religião é um dos assuntos que estão mais em evidência no mundo, já que a influência exercida por ela é muito grande. Tanto é que a maior religião dentre as mais de três mil existentes, o Cristianismo, abrange uma parcela da população que passam os 2,2 bilhões de pessoas.
Por falar em religião, muitas delas têm regimentos e regras que devem ser seguidos por todos aqueles que se predispõem a adotá-la em sua vida, além, é claro, da presença da ética e da moral em seus ensinamentos. E é exatamente sobre isso que iremos falar no nosso artigo de hoje. Aqui, você vai saber um pouco mais sobre a relação existente entre a religião e a moral, além de claro, da ética. Vamos lá?
A Religião Como Um Todo
A Religião é, como já é de conhecimento, uma doutrina que possui uma história, geralmente, bem antiga, onde estão relacionadas histórias de pessoas que realizaram alguns feitos em benefício próprio ou de terceiros, e recebeu destaque por conta de suas realizações.
A partir daí, começam a existir os embasamentos para a fundação de uma religião. É o caso, por exemplo, do Cristianismo, que teve início quando (segundo a Bíblia, livro sagrado para os cristãos), Jesus Cristo, filho de Deus enviado por Ele para pregar a sua palavra e ensinar os mandamentos divinos ao povo, começou a sua vida pública, pregando ao povo e realizando milagres.
Mas, os percalços para que a criação de tal religião fosse possível, começaram milhares de anos antes do nascimento de Cristo, com os chamados profetas, que, escolhidos por Deus, deveriam também pregar a palavra e anunciar que o Salvador (no caso, Jesus Cristo), estava para chegar.
Em toda religião, como também já é de conhecimento, existem uma série de normas e regras que devem ser seguidas por todos aqueles que são adeptos dela. E, são nessas imposições que, geralmente, alguns embates acontecem por quem questiona as doutrinas.
Nos tempos de hoje, podemos perceber que as pessoas estão mais questionadoras e dão opiniões contrárias àquelas que as doutrinas e seitas pregam como sendo a verdade absoluta.
Podemos destacar um exemplo que está tendo muito enfoque na mídia, ultimamente: a questão do aborto. Muito se tem falado sobre uma lei que viabilizaria as mulheres que não quisessem ter filhos, pudessem optar pelo aborto realizado pelo Sistema Único de Saúde – o SUS, já que, mesmo sem uma lei que regulamente o aborto, muitas mulheres procuram clínicas clandestinas para realizar tal procedimento, o que faz a sua saúde ficar em risco.
No entanto, a elaboração da lei e a tramitação da mesma estão sendo impedidos por movimentos religiosos presentes na câmara dos deputados e, também, pela pressão popular (deve-se destacar que o Brasil é o maior país cristão do mundo, sendo que mais de 60% da sua população segue o catolicismo).
Muitos consideram que o aborto é um atentado contra a vida, e, sendo assim, a mãe poderia ser considerada como assassina, o que vêm sido veemente questionado por movimentos (geralmente feministas) que lutam pelos direitos da mulher. Algumas pessoas são a favor da ação religiosa no congresso, dizendo que a vida deve ser retirada somente pelas mãos de Deus, e não pela mão do homem. Já outros, argumentam que fundamentos religiosos não deveriam ter validade na confecção de leis e regimentos, já que o Brasil é um estado declaradamente laico (ou seja, que respeita todas as religiões, não adotando nenhuma doutrina ou seita como sendo o oficial da nação).
Argumentam, ainda, que muitas pessoas cometem um aborto ao abandonar um filho ou entregá-lo a um abrigo, fazendo com que o sofrimento de tal criança seja aumentado. E acrescentam, ainda, que a legalização do aborto seria somente para viabilizar um tratamento adequado para as mulheres (serviço esse oferecido para todas, lembrando sempre que não são obrigadas a realizar tal ação) ajudando a eliminar as clínicas clandestinas.
Outro grande tabu envolvendo a religião com o modo de vida da sociedade é o casamento de pessoas do mesmo sexo. Apesar de o processo estar legalizado no Brasil (pelo menos na esfera Civil), a medida ainda esbarra nos movimentos religiosos que dizem que a família tradicional criada por Deus, é formada inicialmente por um homem e por uma mulher, não por dois homens ou duas mulheres. Isso infringe alguns mandamentos presentes na Bíblia.
Os movimentos que lutam pela igualdade de direitos dos homossexuais (sempre conhecidos pela alcunha de movimentos LGBT) discordam, dizendo que muitas famílias não seguem a que é dita tradicional, como uma mãe solteira ou pai solteiro que cria seus filhos, e que muitos casais homossexuais adotam crianças que foram abandonadas, justamente, por casais heterossexuais. Outros dizem que não faz sentido lutar contra os direitos dos homossexuais, já que eles não estariam se unindo perante uma religião, mas apenas perante o estado que, como já é de seu conhecimento, é laico, não possuindo qualquer religião oficial.
A Religião e a Moral
Por conta desses episódios relatados anteriormente e muitos outros, muito se tem discutido sobre a separação da religião da Moral e da Ciência, dizendo que muitos pontos que são considerados comuns em um determinado movimento, podem ser totalmente contrariados em outro. Isso pode ser evidenciado na época da Idade Média, quando Galileu Galilei, grande astrônomo daquela época, confirmou uma teoria de outro cientista que diz que a Terra, como erroneamente a sociedade acreditava e a Igreja Pregava, não era o centro do universo, mas sim o Sol, que estava no centro e a Terra girava ao seu redor. Naquela época, a Igreja perseguiu Galilei que, vendo que poderia acabar sendo condenado a ser morto na fogueira cedeu, e retirou a sua teoria.
Um dos assuntos que também mexeu com os ânimos científicos e religiosos foi a pesquisa com células tronco. Comprovadamente eficaz no tratamento de algumas enfermidades, as pesquisas esbarraram nas opiniões religiosas contra tais ações, o que despertou uma imensa polêmica que se arrasta até os dias de hoje.