Santos Católicos Que Morreram Jovens

Como Se Tornar Santo Na Igreja Católica?

A igreja católica ao longo da sua história canonizou e beatificou mais de vinte mil pessoas, a maioria delas precisou passar por um longo processo para que se alcançasse primeiramente a beatificação e depois a canonização. Esse processo passa por três etapas, primeiro, comprovasse virtudes heroicas da pessoa, depois essa passa pelo processo de beatificação, e somente depois pelo de canonização. A primeira etapa é essa pessoa ser indicada para o processo, isso geralmente ocorre por via do bispo da diocese onde ele era atuante, essa “indicação”, ocorre geralmente alguns anos após a morte da pessoa, sendo difícil que aconteça antes de cinco anos de morte.

Esse bispo, ou a pessoa que deseja indicar, irá levar a sua proposta para a Congregação para as Causas dos Santos, que irá aprovar ou não a iniciação do processo para reconhecer as virtudes heroicas de tal pessoa, para que seja aprovado, é necessário que estejam reunidas provas de que tal pessoa praticava atos dignos de santidade, essas provas podem ser cartas, relatos, depoimentos, etc. Haverá um promotor para analisar o que lhe foi mostrado, para que se prove ou não as virtudes do possível santo. Há diversos teólogos e consultores que podem opinar sobre o processo, assim como o papa. Se no fim dessa análise comprovar-se as virtudes heroicas, ele será encaminhado para que haja a comprovação de um milagre.

Em suma, quando é apresentado o “caso”, há relatos de diversos milagres que ocorreram por intercessão a essa pessoa, mas não basta apenas os relatos, é necessário a comprovação real do tal milagre. Para isso há uma grande equipe médica, além de outros especialistas, eles analisam o caso, fazem diversos testes com a pessoa que foi curada pelo milagre, é um processo longo e demorado, pois os médicos devem realmente comprovar que aquela cura não poderia ter sido por causas naturais ou por intercessão médica. Após a comprovação do milagre, a pessoa se torna beata, e depois, para que seja considerado santo, é preciso que se comprove um outro milagre.

Jesus Cristo

Jesus Cristo

Há também a possibilidade da pessoa ser considerado um mártir, o mártir é alguém que morreu em decorrência da sua fé, ou seja, morreu sem renunciar a sua crença em Deus, quando a pessoa é considerado mártir da igreja católica, não precisa se comprovar um milagre dela, ela se torna Venerável, e depois abre o seu processo de beatificação sem que haja a comprovação do milagre.

Porque Tal Fé Em Santos?

Os cristãos tem uma forte ligação e admiração com os santos, eles depositam neles sua fé pois acreditam que essas pessoas seguiram o caminho do senhor, e dessa forma conseguiram um certo poder, por isso rezam por intercessão deles para que as bençãos em suas vidas se realizem. Quando se esta cultuando um santo, na verdade está também cultuando a Deus por meio desse, há uma forte ligação entre eles. Acreditam que o santo irá interceder por nós diante de Deus, ou seja, ele seria uma espécie de “mensageiro”, através dele nossos desejos chegariam a Deus. O culto das imagens desse santos refere-se ao fato de que eles são uma imagem que devemos seguir, nos espelharmos em nossas vidas.

Conheça Alguns Santos Que Morreram Jovens 

Não há idade para uma pessoa se tornar santo, alguns morreram depois de muitos anos de trabalho em suas vidas, outros, com uma vida pequena, conseguiram impressionar as pessoas com quem eles se preocupavam e acabaram se tornando santos e beatos. Nesse artigo vamos conhecer a história de alguns dos santos que morreram muito jovens: São José Luis Sánchez del Río, São Francisco e Santa Jacinta Marto, Beata Chiara Luce, São Domingos Sávio, São Tarcísio, Beata Imelda Lambertini, Santa Joana D’Arc, Santa Maria Goretti.

São José Luis Sánchez del Río nasceu em vinte e oito de maio de mil novecentos e treze, e morreu em dez de fevereiro de mil novecentos e vinte e oito, com apenas quatorzr anos, no México.

O menino, era apenas um adolescente quando ocorreu a “Guerra Cristera” no México, que lutava pela liberdade religiosa, José viu que seus irmãos estavam se juntando aos rebeldes, e ele desejava também se unir a eles, porém sua mãe não permitiu pela sua pouca idade. Com muita insistência o menino dizia que queria dar a sua vida por Cristo, e conseguiu convencer sua mãe e também o general, que o autorizou a ser o portador da bandeira da tropa. Durante uma luta no dia seis de fevereiro, o cavalo do general foi morte, José prontamente deu seu cavalo a ele, dizendo que ele era mais importante naquela luta que José, foi então capturado pelas tropas do governo.

Os soldados tentaram o forçar a renunciar a fé cristã, mas ele negou com muita firmeza, duas pessoas presenciaram a fé de José, que se manteve firme fiel ao seu Cristo. Enfurecidos com o menino, os soldados cortaram as solas de seu pé, e o obrigaram a ir caminhando até o cemitério. Durante a árdua caminhada o menino caminhou o percurso gritando “Viva Cristo Rey”, no final, foi fuzilado pelo exército inimigo. Em janeiro de dois mil e dezesseis foi comprovado um segundo milagre que ocorreu por intercessão do menino, fazendo com que ele fosse canonizado numa cerimônia no dia dezesseis de outubro de dois mil e dezesseis. Foram canonizados no dia vinte de fevereiro de dois mil e dezessete.

São Francisco e Santa Jacinta Marto foram os meninos que juntamente de Lúcia avistaram Nossa Senhora de Fátima.

Francisco nasceu em mil novecentos e oito, e Jacinta nasceu em mil novecentos e dez, os dois adoeceram fortemente em mil novecentos e dezoito, Francisco morreu no dia quatro de abril de mil novecentos e dezenove, e Jacinta morreu em vinte de fevereiro de mil novecentos e vinte. A história dos três pastorinhos é muito conhecida na igreja católica, eles viviam sempre juntos, brincando e orando. No dia treze de maio de mil novecentos e dezessete, na cidade de Fátima, apareceu para eles uma “senhora” mais brilhante que o sol, que apareceu após um relâmpago, nessa aparição a Virgem falou para os três irem até o mesmo local por seis meses seguidos, todo dia treze, e também aconselhou os meninos a rezarem o terço todos os dias para que alcançasse a paz no mundo e o fim da guerra. A Virgem continuou aparecendo para os meninos todo dia treze, ela também disse que levaria os meninos Francisca e Jacinta para morar no céu, além disso ela passou a revelar os segredos de Fátima.

Durante as aparições houveram muitos espectadores que conseguiam também ver um clarão no céu, na sua ultima aparição, no dia treze de outubro, haviam cerca de setenta mil fiéis no local. Depois dos ocorridos, os meninos seguiram com suas vidas normalmente, mas Jacinta e Francisco sabiam que o seu tempo de vida seria curto. Apesar de serem apenas crianças, muitos fiéis iam até eles para pedirem ajuda e orações, os meninos também seguiam o seu caminho na fé de Deus. Mesmo tão jovens se mostraram extremamente devotos ao senhor e aquela Virgem que apareceu para eles. No fim de suas vidas, os irmãos não sofreram com a morte, pelo contrário, acreditavam que estavam sofrendo em intercessão dos pecados do mundo.

Beata Chiara Luce nasceu no dia vinte e nove de outubro de mil novecentos e setenta e um, e morreu no dia sete de outubro de mil novecentos e noventa.

A jovem italiana era bonita, alegre, praticava esportes e tinha diversos amigos, quando tinha apenas dezessete anos, foi diagnosticada com um tumor nos ossos. A jovem, que já praticava em sua vida o ato de ajudar a todos, passou a ser ainda vai serena e transmitir paz e alegria, mesmo com todo o sofrimento que passava, ela confiou sua vida a Deus, ela dizia que se Jesus queria que ela passasse por isso, então ela também queria. Chegou a rejeitar morfina para que pudesse oferecer suas dores a Deus. Chegou ao fim de sua vida como um exemplo para que todos seguissem, e um bispo que a conheceu pessoalmente iniciou o seu processo de venerável. Foi proclamada beata no dia vinte e cinco de setembro de dois mil e dez.

São Domingos Sávio nasceu em dois de abril de mil oitocentos e quarenta e dois e morreu em nove de março de mil oitocentos e cinquenta e sete, com seus quatorze anos. O menino desde muito pequeno já gostava de frequentar a igreja e rezar, com apenas quatro anos já fazia orações diárias e lembrava aos pais que deveriam fazer também, com cinco anos já era coroinha e com sete anos já havia feito sua primeira comunhão, ele vivia sua vida em amor a Deus. Com doze anos, conheceu São João Bosco, e passou a ser aluno dele, inspirado pelo seu mestre, fundou a Companhia da Imaculada Conceição, com vontade de ajudar aqueles que necessitavam de Deus. Porém com apenas quatorze anos foi tomado pela tuberculose, e morreu junto de seus pais. Ele foi beatificado em mil novecentos e cinquenta e canonizado no dia doze de junho de mil novecentos e cinquenta e quatro.

São Tarcísio viveu, mas acredita-se que tenha sido entre os anos de duzentos e sessenta e três a duzentos e setenta e cinco depois de Cristo. Ele morreu com apenas doze anos, num ato de coragem imensa para um garoto daquela idade. Ele era acólito onde vivia, numa época onde os cristãos estavam sendo ferozmente perseguidos por sua fé, o Papa desejava levar hóstias a prisioneiros que iriam morrer devido a ser cristão, mas não conseguia encontrar uma forma de fazer com que elas chegassem até eles, Tarcísio então se ofereceu para leva-las, emocionado com a fé e a força do garoto, o papa entregou-lhe uma caixa com as hóstias e o abençoou.

Porém o jovem foi identificado pelos soldados inimigos, que o questionaram sobre o que ele estava fazendo ali, o menino recusou-se a falar, o que levou os soldados a a baterem nele e o apedrejarem até sua morte. Um soldado que era um cristão disfarçado recolheu o seu corpo, onde puderam-lhe enterrar com honrarias. Sua festa é comemorada no dia quinze de agosto.

Imagem de São Tarcísio

Imagem de São Tarcísio

 Beata Imelda Lambertini nasceu em mil trezentos e vinte e dois e morreu no dia doze de maio de mil trezentos e trinta e três. Ela entrou com apenas oito anos para o convento, naquela época eram comum se admitir crianças nos conventos, apesar disso seus pais se surpreenderam com o desejo da filha, mas desde antes disso eles percebiam o quanto a pequena era devota a Deus. Ela passou a viver com as freiras e com dez anos recebeu o hábito de monja dominicana. Imelda se sentia muito impressionada com a comunhão, porém ela era muito jovem para que pudesse recebe-la, ela indagava a todos como podiam tomar o corpo de Cristo e não morrerem de felicidade.

Há dois tipos de relatos que levaram o padre a autorizar Imelda a tomar a comunhão, um deles diz que o padre da capela viu Imelda de joelhos e em cima dela flutuava uma eucaristia, o outro, com mais detalhes, conta que após as religiosas receberem sua comunhão, uma hóstia voou pela capela e pairou sob a cabeça de Imelda. De qualquer forma, o padre recebeu um sinal para dar a ela o que ela tanto desejava. Imelda tomou sua primeira comunhão com um sorriso no rosto, e se botou de joelhos para adorar a Deus, as irmãs a deixaram curtir o seu belo momento de paz. Depois, quando foram falar com ela, perceberam que ela havia morrido, sim, de felicidade por ter recebido o corpo de jesus. O seu corpo é incorrupto, ou seja, não passou por decomposição, ele encontra-se até os dias atuais intacto, na Capela de São Sigismundo. Sua festa é comemorada no dia treze de maio.

Você deve conhecer a história da Santa Joana D’Arc, nasceu em mil quatrocentos e doze e morreu no dia trinta de maio de mil quatrocentos e trinta e um, com dezenove anos. Teve uma vida curta, mas heroica. Joana D’Arc era muito religiosa desde muito jovem, orava constantemente, ela relata que começou a ouvir vozes divinas quando tinha treze anos, elas lhe davam conselhos, essas vozes disseram a ela ir até Paris, levantar o domínio que havia em Orléans. Joana foi uma chefe militar ativa na Guerra dos Cem Anos, quando decidiu que iria lutar pelo seu país, foi até a cidade onde se encontrava o rei e o seu exército. Desconfiados da capacidade da moça, decidiram aplicar-lhe um teste, o rei se disfarçou em meio aos súditos, e ela foi até ele e falou “Senhor, vim conduzir os seus exércitos à vitória”, sem nunca te-lo visto.

Com uma bandeira branca, ela conduziu quatro mil homens que derrubaram os ingleses na cidade de Orléans. Depois dessa conquista, ela aconselhou o rei com algumas estratégias que o levaram a ganhar outras batalhas. Joana havia cumprido a missão que as vozes lhe deram, porém, ela percebeu que a guerra ainda não estava ganha, e ficou junto do rei. Mas em mil quatrocentos e trinta ela foi capturada por aliados dos ingleses, e depois vendida a eles. Iniciou um processo contra ela, que resultou no seu fim, queimada viva numa fogueira em praça publica. Esse processo foi revisado trinta anos mais tarde, e ela foi considerada inocente. Em mil novecentos e nove ocorreu sua beatificação, e em mil novecentos e vinte sua canonização.

Santa Maria Goretti nasceu no dia seis de outubro de mil oitocentos e noventa, e morreu no dia seis de julho de mil novecentos e dois. A família de Maria era extremamente pobre, por isso todos trabalhavam desde muito pequenos, a jovem cuidava da cozinha e da sua irmã mais nova, era uma vida sofrida, mas a família se mantinha unida no amor de Deus. A família dividia a casa com outra família, pois eram todos pobres, essa outra família tinha um filho, Alessandro, de vinte anos, um dia, ele voltou para a casa e Maria se encontrava sozinha costurando, ele então falou para ela fazer o que ele mandasse pois se não iria mata-la.

Santa Maria Goretti

Santa Maria Goretti

Ele tinha a intenção de estuprar a pequena menina, ela se colocou ajoelhada e começou a bradar que aquilo era um pecado, que Deus não gostaria daquilo, resistiu muito. Ele então pegou uma faca e a apunhalou onze vezes, fraca e caída no chão Maria tentou alcançar a porta, e ele a apunhalou mais três vezes e depois fugiu. Ela foi levada ao hospital, passou por uma cirurgia, e conseguiu recobrar os sentidos. Disse que perdoava seu agressor, contando também que ele já havia tentado estrupa-la outras vezes, mas que apesar disso esperava encontra-lo no céu, morrendo em seguida. Ela foi beatificada em mil novecentos e quarenta e sete, e canonizada em mil novecentos e cinquenta.

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Categoria(s) do artigo:
Santos

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