Irmã Dulce – Oração

Conhecida como o ‘anjo bom da Bahia’, Irmã Dulce, foi beatificada em 2011 tendo a sua trajetória de caridade e amor reconhecida pela igreja católica a qual dedicou toda a sua vida. Conheça mais sobre a história da religiosa que enfrentou a oposição dentro da própria igreja por seu desejo de ajudar os mais necessitados e doentes. Muitas vezes a irmã se colocou em risco para que aqueles que precisavam dela pudessem ser atendidos.

Biografia de Irmã Dulce

Nascida sob o nome de batismo de Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes no dia 26 de maio de 1914 em Salvador, Irmã Dulce, iniciou ainda muito jovem seu trabalho de resgate e auxílio aos mais necessitados. Ainda adolescente acolhia os mais doentes e pobres em sua casa para evitar que tivessem complicações em seu estado de saúde. Aos 13 anos de idade ela já manifestava o desejo de se dedicar a vida religiosa, algo que se intensificou após visitar áreas carentes da capital baiana com uma tia.

A menina pedia em orações que Santo Antônio lhe desse sinais se ela deveria tornar-se freira ou se deveria se casar. Nessa época ela tentou ingressar no Convento de Santa Clara do Desterro, mas foi recusada pelo fato de ser muito jovem. Maria Rita era filha de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes (a inspiração para seu nome religioso) e do Doutor Augusto Lopes Pontes que além de dentista era professor na Universidade Federal da Bahia.

A Portaria de São Francisco

A família de Maria Rita apoiava sua inclinação para a caridade e permitiu que ela acolhesse necessitados na casa da Rua Independência, n° 61, no bairro de Nazaré. O número destacado de carentes que procurava pelo auxílio da casa fez com que a residência ficasse conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’.

O Noviciado e os Votos

A jovem Maria Rita formou-se professora em 1932 e no dia 08 de fevereiro de 1933 entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Os seus votos perpétuos foram feitos no dia 13 de agosto de 1933 após ter passado por seis meses de noviciado. O nome religioso escolhido, Irmã Dulce, foi uma homenagem a sua mãe. Com apenas 19 anos de idade Maria Rita já havia decidido usar o hábito e levar ainda mais a sério a sua vocação para a caridade.

O retorno para Salvador aconteceu em 1934 quando ela foi incumbida da missão de ensinar numa escola que era mantida pela congregação na Cidade Baixa além de prestar assistência para as comunidades carentes da região. As obras de Irmã Dulce não demoraram a começar sendo que com apenas 22 anos, no ano de 1936, ela fundou ao lado de frei Hildebrando Kruthanp a União Operária São Francisco que foi o primeiro movimento cristão operário do estado.

Prosseguindo a parceria com frei Hildebrando criou o Círculo Operário da Bahia que era mantido através da arrecadação de três cinemas que foram criados por eles a partir de doações. O objetivo dessas obras assistenciais era oferecer a difusão de cooperativas assim como a promoção da cultura e a defesa dos direitos dos operários. O ano de 1939 foi marcado pela fundação do Colégio Santo Antônio para atender aos operários e aos seus filhos.

A Luta Pelos Necessitados

Em 1939, Irmã Dulce, também demonstrou que era capaz de ir além do esperado de uma religiosa para atender o maior número possível de necessitados. Para não deixar pessoas carentes na rua ela invadiu cinco casas na chamada ilha do Rato, em Salvador. Não demorou para que ela e os doentes fossem expulsos, depois desse acontecimento houve uma década de peregrinação em busca de um local em que pudesse instalar seu centro de atendimento.

Irmã Dulce conseguiu transformar o galinheiro do Convento Santo Antônio num albergue para atender aos doentes que não tinham condições para se manter. Houve alguma resistência do convento para essa transformação, mas com jeito a caridosa irmã conseguiu levar adiante a sua obra assistencial. Passados alguns anos o albergue deu origem a um complexo médico, educacional e social para o atendimento dos mais pobres. Embora tivesse uma saúde bastante frágil à irmã continuou realizando seu trabalho filantrópico com destaque especial para as Obras Sociais Irmã Dulce.

Hospital Santo Antônio

Dentre todas as obras de Irmã Dulce o hospital merece destaque por ter a capacidade de atender a 700 pacientes além de 200 casos ambulatoriais. Trata-se de um complexo médico que oferece atendimento de diversas especialidades como geriátrica, cirúrgica, infantil, feminina assim como estrutura para a realização de alguns exames.

A Visita do Papa João Paulo II

Durante a visita do Papa João Paulo II, no ano de 1980, Irmã Dulce foi convidada a subir ao altar junto dele para receber uma benção especial. O Papa lhe deu de presente um rosário e disse a ela que continuasse sua obra. Em 1988 a religiosa foi indicada para o Prêmio Nobel da Paz pelo então presidente José Sarney recebendo então o apoio da Rainha Silvia da Suécia. Recebeu o título de Serva de Deus no ano 2000 pelo Papa João Paulo II.

A Visita do Papa João Paulo II

A Visita do Papa João Paulo II

A Partida de Irmã Dulce

A religiosa dedicou cinco décadas da sua vida a realização de obras de caridade sendo que no dia 11 de novembro de 1990 começou a manifestar problemas respiratórios graves. Ela foi internada no Hospital Português da Bahia e em seguida foi transferida para a UTI do Hospital Aliança.

Com o fim próximo a irmã foi transferida para o Hospital Santo Antônio onde recebeu uma nova visita do Papa João Paulo II no dia 20 de outubro de 1991. O Papa concedeu a extrema unção a religiosa que faleceu no dia 13 de março de 1992. O corpo de Irmã Dulce foi sepultado na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia sendo levado posteriormente para a Capela do Hospital Santo Antônio.

A Beatificação de Irmã Dulce

O anúncio da beatificação de Irmã Dulce se deu no dia 27 de outubro de 2010 sendo a religiosa a primeira Bem-Aventurada da Bahia reconhecida pelo Vaticano. O anúncio da beatificação oficial foi feito no dia 22 de maio de 2011 sendo reconhecida pelo título de ‘Bem-Aventurada Dulce dos Pobres’.

Oração para Irmã Dulce

“Senhor Nosso Deus,

Desejo agradecer a todas as graças que tenho recebido

Recordando o amor e caridade da incansável Irmã Dulce

Amorosa com os mais necessitados dedicou a sua vida a tornar

A existência dos outros mais feliz e confortável

Com foco na obra maravilhosa dessa religiosa reitero meus agradecimentos. Amém”

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Categoria(s) do artigo:
Santos

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