O Cerco de Jericó

A religião é um dos assuntos de maior complexidade do mundo todo. Em todo lugar, há alguma entidade de cunho religioso que está disposto a doutrinar e a ensinar aqueles que se predispõem a aprender. São os chamados fiéis.

A maior religião em atividade hoje no planeta é o Cristianismo, que é seguido bem de perto pelo Islamismo e pelo Hinduísmo. As duas primeiras religiões seguem o sistema monoteísta, ou seja, acreditam apenas em uma entidade divina, que no caso, é Deus (no entanto, as características e costumes variam de religião para religião).

Com uma leva de mais de 2,2 bilhões de pessoas, ou 31% da população mundial, o cristianismo nasceu dos preceitos judaicos, pois foi fundada por Jesus Cristo, que cresceu seguindo as tradições do judaísmo. E, do cristianismo, existem as vertentes que seguem os seus princípios, nos quais podemos destacar o catolicismo, o protestantismo e a Igreja Ortodoxa.

No artigo de hoje, vamos conhecer um pouco mais sobre um dos eventos mais conhecidos pelos católicos cristãos, que é o Cerco de Jericó. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre os Cercos, bem como algumas informações interessantes acerca desse evento. Vamos lá?

A Origem do Cerco de Jericó

O Cerco de Jericó nada mais é do que um círculo de oração que consiste na reza ininterrupta de sete dias e seis noites, acontecimento este que tem a presenta do santíssimo sacramento exposto para todos rezarem.

A prática teve início no ano de 1979, na Polônia, país de origem de um dos papas mais populares da história da Igreja Católica: Karol Vojtyla, mais conhecido pelo seu nome papal: João Paulo II, que foi canonizado em 2014, juntamente com outro Papa, João XXIII. 

Conta-se que, naquele ano, a 8 de maio, o então recém eleito Papa João Paulo II deveria comparecer ao país polonês por conta do nonagésimo primeiro aniversário do martírio de Santo Estanislau,  que foi Bispo de Cracóvia. Anteriormente, ainda em 1978, cerca de sete semanas depois do conclave que elegeu Karol como o novo Papa da Igreja, a Santíssima Virgem revelou o que deveria ser a preparação para a festa de recepção do novo Papa, pela primeira vez em sua terra natal depois do conclave, para as festividades de São Estanislau. Por meio de mensagem, ela disse que era necessário organizar, em Jasna Gora, um rosário congressista, que deveria realizar-se na primeira semana de maio. Tal rosário deveria ser executado durante sete dias e seis noites, como forma de purificação dos fiéis, preparando o espirito para a festa de recepção de João Paulo II.

No entanto, a origem do Cerco de Jericó é baseada em acontecimentos que foram narrados na Bíblia, que é o livro sagrado para os cristãos mais vendido de todo o mundo. Presente no Antigo Testamento, o relato conta que, após a morte de Moisés, profeta responsável pela libertação dos hebreus das mãos dos egípcios, abrir o mar vermelho e guia-los até chegar à Terra Prometida, viagem essa que durou 40 anos, Deus escolheu como substituto do mesmo Josué. Depois da escolha, Deus o incumbiu de ajudar o povo hebreu atravessar o Rio Jordão para, enfim, tomar posse da Terra Prometida, que era Jericó. 

No entanto, por ser uma cidade bastante fortificada, a entrada dos hebreus foi dificultada. Então, ao chegar perto das majestosas muralhas que cercavam a cidade, Josué mirou seus olhos para cima, e viu um anjo portando uma espada. Era um mensageiro de Deus, que veio até ele para repassar um recado divino. Deus, então, aconselhou o povo hebreu para que, durante seis dias, todos caminhassem em torno da cidade murada e, no sétimo dia, que tal ação fosse repetida por sete vezes.

Quando, da última das setes voltas do sétimo dia em torno das muralhas, uma trombeta começou a tocar e o povo, em clamor à Deus, viu, instantaneamente, as muralhas todas caírem. Por conta desse milagre, é chamado o Cerco de Jericó, na qual a reza é feita em uma semana, como forma de “derrubar” as muralhas do coração do coração do fiel, para que ele possa receber o amor e Deus de uma forma plena. Por esse motivo, que foi se instituído o rosário em maio de 1979, para receber, de braços e corações abertos, o papa João Paulo II, que visitava, pela primeira vez como Chefe do Vaticano, o seu país de origem, a Polônia. 

A Cidade de Jericó

Não há como falar do Cerco de Jericó sem contar um pouco da história da cidade que deu seu nome para o evento. A cidade de Jericó é a mais antiga do mundo, tendo sido fundada há mais de 9 mil anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Com uma pacata população de 20.500 habitantes, Jericó está localizado a cerca de 8 km da parte seca do Mar Morto, e a quase 30 km de distância da cidade de Jerusalém, que é a mais importante para cristãos e judeus. Na Bíblia hebraica, Jericó é descrita como uma “cidade das palmeiras”, onde há fartura de água, pela presença de várias nascentes que fizeram do lugar assento humano por milhares de anos.

Os objetos e construções mais antigos encontrados no território de Jericó são muitos, nos quais podemos destacar foices, martelos, picaretas, madeiras e ossos, muralhas bem conservadas e torres que utilizavam uma construção que estava muito à frente de seu tempo. Por conta desses achados, deduz que a civilização antiga de Jericó era muito estratificada, podendo haver divisões sociais e até mesmo, de renda. 

Segundo escavaloes realizadas ao longo dos milênios, foi se estimado que o apogeu da civilização de Jericó deu-se durante os períodos de 1800 a 1500 a.C,  tempo este que a sociedade de Jericó desenvolveu-se tanto culturalmente quanto tecnologicamente.

Alguns pesquisadores dizem que o local passou alguns períodos sem habitantes, dizendo que o mais provável que possa ter acontecido seria um terremoto de grandes proporções, que podem ter ocasionado a destruição das muralhas e construções, fazendo com que a população da época tenha se extinguido por causa do episódio. 

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Categoria(s) do artigo:
Religiosidades

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