Malaquias

A religião sempre foi de extrema importância para aqueles que seguem alguma doutrina ou seita de cunho religioso. Tanto é que várias pessoas realizam algumas ações ou pequenos sacrifícios (como não comer carne na sexta-feira da Paixão de Cristo, para os cristãos católicos) para se manter vivo na fé religiosa.

A maior religião do planeta é a fundada por Jesus Cristo, nos primeiros anos depois de seu nascimento. Sim, é o Cristianismo, que angaria mais de 2,2 bilhões de pessoas em suas três vertentes principais: Igreja Católica, Igreja Protestante e Igreja Ortodoxa, sendo a primeira delas a com maior número de fiéis de todo o mundo.

E a Bíblia é, além de ser o livro mais comercializado do mundo, a publicação que rege a organização cristã do mundo. É dele que as lideranças cristãs retiram os ensinamentos a serem passados aos fiéis. Curiosamente, a Bíblia é composta por vários livros, que, somados, chegam a 72. Um deles é o Livro de Malaquias, de autoria do Profeta Malaquias. No artigo de hoje, você vai conhecer um pouco mais sobre a história do profeta, e um pouco também sobre o seu volume bíblico. Vamos lá?

O Profeta Malaquias

Para começar, Malaquias tem o significado de “mensageiro divino”, nome que veio bem a calhar para um profeta. É considerado o último profeta menor dos volumes literários presentes no Antigo Testamento, mas tal denominação não tem absolutamente nada a ver com a sua estatura, mas sim com a sua contribuição bíblica, já que seu volume contém apenas quatro capítulos.

Por ser menor, seu livro não fazia muitas referências a reis e outras personalidades da época, o que dificulta o trabalho de estudiosos bíblicos e historiadores para identificar o período e os anos que aconteceram as ações relatadas por Malaquias.

O profeta era realmente visto como o Mensageiro de Deus, já que, naquela época (segundo um histórico contexto), os judeus de Israel estavam sob o domínio dos persas, ainda que tivessem retornado do território da Babilônia. Por conta dessa situação, muitos dos judeus foram sendo tomados por sentimentos de desânimo, e, ao mesmo tempo, a vontade de se estabelecer na terra comandada pelos persas, sob o manto de um rei poderoso, só crescia. É relatado, também, que os Judeus se rebelaram contra Deus ao retornarem aos seus pecados costumeiros, que indiciava a infidelidade do povo judeu ao Senhor. 

Como o aparecimento do “rei ideal” nunca acontecia, talvez pela grande soberania persa, Malaquias foi sendo visto como uma esperança pelo povo Judeu e, a partir daí, começou a sua pregação para tais povos. A eles, o profeta Malaquias pregava o amor e a compaixão de Deus a todos aqueles que seguissem os seus mandamentos e amassem intensamente o próximo.

O profeta criticava as autoridades pelo desrespeito às leis vigentes na época. Em sua concepção, Malaquias defende que, como não são seguidas as leis, o pecado aumenta proporcionalmente. E, naquela época, o povo Israelense estava descrente do amor divino, por conta de todo o seu sofrimento, o que não é de se espantar.

A fome e a seca atingiam a região e os judeus, acuados diante do império Persa, começaram a duvidar do amor e até mesmo da existência de Deus. Os religiosos costumam utilizar tal acontecimento com as turbulências que comumente aparecem na vida dos fieis. 

Muitos relatam que, durante uma conversa com um fiel, são muitos os relatos de desânimo, de frustração e, até mesmo, de revolta com Deus, por conta do sofrimento, seja ele físico ou emocional, que o fiel vem passando em sua vida. Complementando, alguns religiosos dizem ainda que, ao tentarem modos alternativos para se escapar de tal sofrimento, lá na frente, porém, se transforma em uma armadilha.

Malaquias também prega que o dízimo é fundamental para o elo entre Deus e os homens, visto que a contribuição é um sinal de agradecimento pela vida e conquistas que os fieis alcançaram. Nos dias de hoje, o dízimo é visto com diferenças entre os cristãos católicos e protestantes. Enquanto na Igreja Católica o dízimo não tem um valor estipulado, na Igreja Protestante o fiel deve doar 10% de seus rendimentos, como manda a Bíblia. No entanto, o significado do Dízimo continua o mesmo para ambas as congregações. 

O Livro de Malaquias

Como já é de conhecimento, Malaquias é o responsável pela criação do Livro de Malaquias, que pertencia aos últimos volumes menores da Bíblia. Escrito por volta do ano de 430 antes de Cristo, Malaquias descrevia em seu pequeno volume que era necessário uma série de reformas antes da vinda do Salvador, que era Jesus Cristo obviamente. No entanto, o seu nome, hoje, não aparece mais em publicações recentes da Bíblia.

Como também já é de conhecimento, o pecado, o amor divino e a corrupção que rondavam as contribuições dos fiéis aos sacerdotes faziam parte das pregações de Malaquias.  Em suas últimas palavras em seu livro, ele exalta a importância de a família se arrepender dos pecados e a se converter em Deus para que ela seja a base de uma sociedade desenvolvida e igualitária. 

Abordando o assunto do dízimo, foi aquele que mais rendeu polêmica. Isso por causa da corrupção envolvida nesses casos. De acordo com a Bíblia, o ato de se doar uma parte de seus vencimentos a Deus com o intuito de ajudar os mais necessitados, já se arrastava desde a época de Moisés. Só que, na época de vivência de Malaquias, os dízimos não chegavam a ser repassados aos levitas, sendo barrados pelos sacerdotes dos templos.

Tal dinheiro era uma ajuda aos órfãos, aos desabrigados e às viúvas levitas, que sofriam muito pela falta de dinheiro. Essa situação levou Malaquias a denunciar ferozmente os responsáveis pelo templo, afirmando que esse roubo não feriria apenas aos necessitados, os destinatários corretos da ajuda, mas sim a Deus, e que os que praticavam os atos corruptos iriam ter um castigo divino muito grande. Talvez seja um dos profetas menores mais atuantes em sua época. 

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Categoria(s) do artigo:
Curiosidades

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